É uma engenharia complexa, mas pode se justificar diante de uma eventual negativa do ex-ministro Fernando Bezerra Coelho de ser o senador na chapa da Frente Popular. O deputado Eduardo da Fonte se tornou a alternativa reserva para o cargo, porém o objetivo de Eduardo Campos já teria sido alcançado.
Ciente de que o PP deve ficar com Dilma Rousseff no plano nacional, Eduardo Campos fustigou Eduardo da Fonte para ser um possível candidato a senador na chapa da Frente Popular. Isso naturalmente gerou atrito na possível frente que estava se montando em torno de Armando Monteiro com PTB, PT e PP. Hoje, Armando não confia mais em Eduardo da Fonte como confiava até pouco tempo.
A vaga de senador pode ser uma barganha que Eduardo terá a oferecer ao PDT para embarcar no seu projeto nacional. Com isso Wolney Queiroz se tornaria o nome ao Senado, garantindo na chapa majoritária o Agreste, que em 1990 teve Roberto Fontes na vice de Joaquim Francisco, em 1994 Jorge Gomes na vice de Miguel Arraes, em 1998 e 2002 Mendonça Filho na vice de Jarbas Vasconcelos e em 2006 e 2010 João Lyra Neto na vice de Eduardo Campos.
Além disso prestigiaria o PDT na chapa majoritária, já que foi o primeiro partido a declarar apoio ao seu projeto quando tinha apenas traços nas pesquisas.
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