O líder do Governo, Waldemar Borges, comentou ontem (25), na Tribuna da Assembleia Legislativa, a matéria publicada no último sábado (23.04) pelo Jornal O Estado de S. Paulo com o título “Pernambuco foi do boom ao caos em cinco anos”. O parlamentar inclusive destacou que quem falou na Alepe sobre o assunto foi o deputado Silvio Costa Filho e ele.
Borges disse que a matéria pode ter alguns números errados, mas que ela não traz inverdades. “A leitura dela é que tem que ser feita de uma maneira honesta. A matéria faz parte de uma série de reportagens chamada Retratos da Crise, que tem analisado o efeito dessa crise nacional em vários estados brasileiros. Começou pelo Rio de Janeiro, depois analisou o Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Agora ela mostra o estado de Pernambuco e aponta corretamente que nós somos atingidos duplamente pela crise. Primeiro, porque temos novos segmentos importantes da economia atrelados às grandes empreiteiras que estão envolvidas na questão do escândalo do Petrolão e a segunda pela crise da própria Petrobrás, que foi arruinada”, revelou.
“O que a matéria não fala é sobre o esforço que tem sido feito aqui em Pernambuco para, apesar de tudo isso, o estado conseguir atravessar essa crise nacional de uma maneira diferenciada em relação, inclusive, a outros estados sobre os quais a série de reportagens já falou. Nós aqui temos conseguido atravessar essa crise com danos menores, inclusive conseguindo novos investimentos. Esforços que tem sido feitos e que tem, de certa maneira, nos ajudado a superar e enfrentar esses adversos tempos em função do desmantelo da economia nacional”, ressaltou.
O líder do Governo chamou a atenção também do Governo Federal nesse momento. “Por que não discutimos, inclusive, a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem à frente o ministro pernambucano Armando Monteiro Neto?” questionou. “Eu não estou aqui indo no caminho de querer culpar uma pessoa individualmente, eu não faria isso, mas há uma política nacional de desmantelo. Então a gente não vai aceitar que quem está envolvido nessa política nacional venha apontar o dedo como se a crise tivesse surgido em Pernambuco”, completou.