Em 1992 conheci Eduardo Campos e me interessei em participar de sua campanha. Nela conheci Pedro Eugênio e Edmar Moury Fernandes. Atuei na juventude da campanha.
Após as eleições resolvi me filiar ao PSB, em 1993, onde conheci Adilson Gomes e outros dirigentes do partido. Em 1994 trabalharmos juntos na eleição de Arraes para governar pela terceira vez o Estado de Pernambuco. Adilson sempre muito sagaz e sereno. Arraes se elege governador e monta seu gabinete com Maria Evangelina Campos, a Vanja, como sua chefe de gabinete e cria duas chefias de gabinete adjunta. Uma para Adilson e outra para Ivan Rodrigues. Vanja cuidava da agenda e a dupla Adilson/Ivan da parte política.
Tive a honra de ser oficial de gabinete de Arraes e ter Adilson como meu chefe juntamente com Dr. Ivan. São mais de 30 (trinta) anos de amizade com Didi! Através dele, conheci Dilsinho, seu filho, a quem reputo como um irmão da vida. Vivemos muitas coisas juntos, vitórias e derrotas e muito aprendizado nessas três décadas. Infelizmente preciso citar que nesse período perdemos muitos amigos em comum: Honorato Leitão, Pedro Eugênio, Edmar Moury, Ariano, Dr. Arraes, Dr. Ximenes, Eduardo Campos, Cláudio Cegonha, Jorge Montenegro, Carlinhos de Joca, Dr. Ivan Rodrigues, Pedro Mendes, dentre outros! Ficaram as boas lembranças desses companheiros.
Diziam que Arraes tinha apenas 3 amigos, Fidel Castro, Francois Mitterrand e Adilson Gomes. Ele detestava essa brincadeira. Outro “bullying” que Adilson sofria era do próprio Arraes que o chamava de Jarbista infiltrado! Sim é verdade. Quem apresentou Adilson a Arraes foi Jarbas Vasconcelos! E com Arraes ele ficou!
Mas Adilson nunca perdeu o bom humor, sempre tirava de letra os problemas que surgiam. Dr. Arraes tinha um modo peculiar de colocar seus assessores para competirem entre si para extrair o melhor deles. O método da intriga, que por sinal Eduardo copiou. Adilson e Ivan perceberam esse “método” e ao invés de competirem entre si para ver quem mostrava o melhor serviço, deram um balão no experiente Arraes que chegou a reclamar que os dois assessores nunca brigavam!
Dotado de um faro político ímpar, Adilson sempre fora escalado para missões consideradas impossíveis, e ainda hoje conhece como ninguém a geografia política do Estado. Uma memória viva, um ativo político de alta relevância, e a pessoa que torna seu partido orgânico, mas acima de tudo um querido e grande ser humano.
Hoje esse querido amigo completa mais um ano de vida, e que possamos celebrar tantos outros! E quem sabe um dia possamos vê-lo assumir, ainda que interinamente, o Senado Federal já que hoje é o primeiro suplente do Senador Fernando Dueire que vem exercendo com muita maestria seu mandato que ainda perdurará por mais 6 (seis) anos.
Salve Adilson! Muita saúde e bênçãos meu amigo, chefe, Didi!
Bruno Brennand
Tony Neto diz
Texto muito bom. A amizade é o fio condutor de tempos imemoriais. Contudo, há um equívoco: o Senador Duere só tem pouco mais de 3 anos de mandato, e não 6, como no texto acima.