O Secretário-Executivo da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), recebeu um convite especial do presidente Lula para integrar a comitiva oficial em uma visita aos estados de Pernambuco e Bahia nos dias 18 e 19 de janeiro. [Ler mais …]
Coluna da Folha desta segunda-feira
Miguel Coelho reforça estadualização da disputa
Pré-candidato a governador de Pernambuco pelo União Brasil, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, vem defendendo que o eleitor pernambucano discuta os problemas e soluções para o estado, e que não se deixe levar pela disputa nacional, onde há forte polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula.
Na sua tese, Miguel afirma que não será Lula nem Bolsonaro que governarão Pernambuco a partir de 2023 e que aquele que for eleito governador terá que estabelecer diálogo com qualquer que seja o presidente. Herdeiro político de uma família tradicional, que sempre dialogou com o governo federal independente de quem fosse o presidente, Miguel viu ao longo dos anos sua cidade Petrolina se transformar pelas mãos de diversos homens públicos da sua família como o ex-governador Nilo Coelho, o ex-deputado federal Osvaldo Coelho e o seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, que sempre priorizaram o desenvolvimento da sua cidade sem fazer distinção de ideologia política ou partidária.
A tese de Miguel tem fundamento, porque não é de hoje que a divergência política entre governo estadual e governo federal tem trazido prejuízos para Pernambuco, vide o governador Paulo Câmara que teve que enfrentar três presidentes de oposição, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro, e na década de 90, Miguel Arraes acabou sendo prejudicado por divergências políticas com o governo FHC entre 1995 e 1998.
Apostando nisso, Miguel Coelho tentará reforçar o discurso na mente dos pernambucanos de que independente de quem seja o presidente da República, caso seja eleito governador, ele estabelecerá um diálogo republicano e democrático, colocando os interesses de Pernambuco acima de qualquer que venha a ser a cor partidária do ocupante do Palácio do Planalto. A grande dúvida é se a tese de Miguel ganhará adeptos, uma vez que nas últimas eleições o cenário nacional acabou tendo forte impacto na disputa estadual.
Substituto – O deputado federal Sebastião Oliveira, durante evento em Santa Cruz, no sertão do Araripe, anunciou que seu irmão Waldemar Oliveira será seu substituto na disputa por uma vaga na Câmara dos Deputados. Sebastião deverá ser oficializado como pré-candidato a vice-governador, com grandes chances de ser na chapa de Marília Arraes (Solidariedade).
Caruaru – O presidente Jair Bolsonaro estará de volta a Pernambuco no próximo dia 23, véspera de São João, onde prestigiará a festividade em Caruaru. O prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) já se prepara para receber a visita presidencial ao maior São João do mundo e promete oferecer toda hospitalidade ao chefe do Planalto.
Diálogo – Por falar em Rodrigo Pinheiro, o gestor tem surpreendido ao estabelecer forte diálogo com diversos atores da política caruaruense. Recentemente encontrou-se com José Queiroz e Wolney Queiroz, colocando os interesses da cidade acima de qualquer divergência de ordem política. Pinheiro costura bem o diálogo visando 2024 onde tentará ser reeleito e pretende imprimir uma marca não só de trabalho, como também de quem dialoga com todo mundo.
Inocente quer saber – A disputa pelo governo de Pernambuco será estadualizada, como defende Miguel Coelho?
Coluna da Folha desta quinta-feira
Ciro Gomes atrapalha esquerda contra Bolsonaro
A cada pesquisa que é divulgada, fica latente a recuperação do terreno do presidente Jair Bolsonaro, que tem diminuído sua rejeição e reprovação e aumentado suas intenções de voto, consequentemente aproxima-se do líder nas pesquisas, o ex-presidente Lula. Faltando quase cinco meses para o pleito, não dá para desmerecer a força do bolsonarismo, que foi extremamente resiliente durante o pior momento da pandemia e da própria máquina federal, que poderá ajudar o governo a se recuperar a ponto de se reeleger em outubro.
O presidente Jair Bolsonaro retomou o eleitorado que havia se inclinado pelo ex-ministro Sergio Moro, que recentemente deixou a disputa, mas é pertinente frisar que em 2018 ele obteve quase 47% dos votos válidos no primeiro turno e mais de 55% dos votos válidos no segundo turno, o que demonstra que o atual presidente ainda poderá no decorrer da campanha recuperar o eleitor insatisfeito com a condução do governo durante a pandemia e por isso seus adversários não podem menosprezar a capacidade de mobilização do atual presidente.
Patinando entre sete e oito pontos das intenções de voto em todos os levantamentos, o ex-ministro Ciro Gomes, com elevado grau de conhecimento do eleitorado por já ter disputado três eleições presidenciais, presta um grande desserviço à esquerda brasileira ao manter sua postulação, isso porque, em tese, esse eleitor tende a ser de Lula caso Ciro não esteja na disputa, o que poderia aproximar ainda mais o ex-presidente de uma vitória em primeiro turno.
É muito pouco provável que Ciro Gomes ou qualquer outro nome da terceira via consiga decolar nos próximos meses, o que naturalmente deverá consolidar a tendência de recuperação do presidente da República, que desta vez terá um robusto guia eleitoral e palanques representativos nos estados. Por isso, uma desistência de Ciro ajudaria a esquerda e a Lula a fazer um enfrentamento ao presidente, e sua manutenção no páreo somente deverá prejudicar a esquerda como aconteceu na eleição de 2018, quando no segundo turno ele viajou para Paris no segundo turno, e como Pôncio Pilatos, lavou as mãos, contribuindo para a vitória de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad.
Educação e retomada – O governador Paulo Câmara sanciona, nesta quinta-feira, no Palácio do Campo das Princesas, a Lei de Admissão de Professores Quilombolas e divulga diversas ações em benefício da comunidade. À tarde, no âmbito do Plano Retomada, ele anuncia novos investimentos para a Mata Norte. Nos municípios de Itaquitinga e Tracunhaém serão liberados recursos para áreas como desenvolvimento urbano, educação e assistência social.
Prioridade – Durante entrevista ao programa Folha Política, na Rádio Folha, o presidente estadual do PDT, deputado federal Wolney Queiroz, não descartou diálogo com postulantes ao governo da oposição, em especial Marília Arraes, Miguel Coelho e até mesmo sua conterrânea Raquel Lyra. Porém, deixou claro que a prioridade do PDT é a permanência na Frente Popular para ajudar a eleger Danilo Cabral governador em outubro.
Inocente quer saber – Ciro Gomes será convencido a deixar a disputa presidencial para ajudar a derrotar Bolsonaro?
Coluna da Folha desta quinta-feira
Republicanos trabalha para montar chapa competitiva à Alepe
Na reta final das articulações com vistas ao prazo de filiações, que se encerra no dia 2 de abril, portanto, daqui a pouco mais de quinze dias, há uma movimentação liderada pelo deputado federal Silvio Costa Filho no sentido de viabilizar a chapa do Republicanos para a Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Apenas quatro partidos montarão chapas proporcionais para eleger seguramente representantes à Casa Joaquim Nabuco, além do PSB, partido do governador Paulo Câmara e do pré-candidato a governador Danilo Cabral, e da federação liderada pelo PT composta também por PCdoB e PV, mais dois partidos deverão viabilizar chapas competitivas, o PP do deputado federal Eduardo da Fonte e o Republicanos do deputado federal Silvio Costa Filho.
Neste contexto, o Republicanos, que tem apenas um deputado estadual filiado ao partido, William Brígido, e o deputado João Paulo Costa de malas prontas para a legenda, tem buscado viabilizar uma chapa alternativa, que almeja eleger de seis a sete parlamentares. De acordo com Silvio Costa Filho, que está por dentro dessa montagem, quem tiver 25 mil votos tem grandes chances de se eleger, entre deputados estaduais de mandato e pré-candidatos a deputado, a expectativa é muito grande, pois a maioria das chapas exigirão mais de 30 mil votos para ser eleito, em especial na própria Frente Popular.
Ainda de acordo com Silvio, a chegada de postulantes a um mandato possibilita a segurança de fortalecimento do conjunto de forças que darão sustentação ao projeto representado pelo pré-candidato a governador, Danilo Cabral.
Recuo – Com a decisão do STF que possibilitou sua permanência na presidência da Alepe em caso de novo mandato, o deputado estadual Eriberto Medeiros tem sido incentivado pelos próprios colegas a ser candidato à reeleição e poder ser novamente presidente na próxima legislatura.
Gesto – Caso se concretize a permanência de Eriberto na disputa por mais um mandato de estadual, ele não lançaria ninguém da sua família a deputado federal, possibilitando que suas bases ajudem o PSB a resolver a vida de outros parlamentares, tanto na disputa de federal quanto de estadual.
Casa cheia – O almoço oferecido pelo presidente da Alepe no buraco frio ao pré-candidato a governador Danilo Cabral, reuniu mais de vinte deputados para prestigiá-lo. Diversos deputados fizeram questão de abraçá-lo e enaltecer o seu projeto rumo ao Palácio do Campo das Princesas.
Destino – A federação que tem PT, PCdoB e PV deverá receber os reforços do deputado federal Wolney Queiroz e dos deputados estaduais José Queiroz e Joaquim Lira. Todos deverão seguir para o PV, presidido pelo deputado Clodoaldo Magalhães, que tentará cadeira na Câmara dos Deputados.
Dobradinha – O pré-candidato a deputado federal Clodoaldo Magalhães oficializou dobradinha com o deputado estadual Marco Aurélio, que ainda está filiado ao PRTB. A dobradinha deverá render bons frutos para os dois parlamentares, uma vez que estão bastante sintonizados.
Inocente quer saber – Qual chapa receberá mais nomes nesta reta final de filiações?
Coluna da Folha deste sábado
PSDB vê sua hegemonia em São Paulo ameaçada
Responsável pela viabilização do Plano Real que culminou na ascensão do então senador Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto em 1994, o PSDB conseguiu uma hegemonia significativa no principal estado da federação, com sete eleições vencidas em São Paulo e que completará em 2022 a marca de 28 anos de longevidade. A hegemonia se iniciou com Mário Covas em 1994, interrompendo um ciclo de três vitórias seguidas do MDB entre 1982 e 1990, tendo a sua reeleição em 1998, passando por Geraldo Alckmin em 2002, José Serra em 2006, Alckmin em 2010 e 2014 e João Doria em 2018.
Uma das maiores lideranças do partido no estado, Geraldo Alckmin foi completamente descartado por João Doria, que decidiu lançar o seu vice Rodrigo Garcia para o posto. Alckmin, por sua vez, deixou o ninho tucano para se filiar a outra legenda e disputar a vice-presidência na chapa encabeçada por Lula. Na disputa, pelo menos três nomes surgem com força significativa, o ex-governador Marcio França (PSB), o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas (PL), que possuem boa perspectiva de crescimento contra Garcia, que apesar de suas credenciais, está sendo dragado pela baixa popularidade do atual governador.
A própria eleição de 2018 já foi um recado aos tucanos, quando Doria foi eleito contra França por uma margem ínfima de votos, sendo alavancado pela popularidade de Jair Bolsonaro, através do “BolsoDoria”, o que evidencia o enorme desafio que será desempenhado por Rodrigo Garcia no sentido de, pela força da máquina quando assumir o Palácio dos Bandeirantes, crescer a ponto de desbancar seus principais adversários.
A hegemonia tucana no principal colégio eleitoral do país, responsável pela pujança econômica do Brasil, se for encerrada, será um tiro de misericórdia num dos partidos que mais contribuíram com o futuro do Brasil, o PSDB, que vem diminuindo seu tamanho paulatinamente a cada eleição e teve seu eleitorado tomado pelo surgimento do bolsonarismo nas eleições de 2018.
Liderança – Representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) enalteceram o modelo de gestão implementado pelo prefeito Anderson Ferreira à frente da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes. Na última quinta-feira, foi firmada uma parceria-publico-privada na área da saúde entre a gestão municipal, o BNDES e o IFC, braço do Banco Mundial, no valor de R$ 750 milhões. A desburocratização do processo e o preparo técnico da equipe montada por Anderson, segundo agentes do BNDES, despertou a atenção pela celeridade no trâmite.
Oposição – Após ocupar a liderança do PDT, o deputado federal Wolney Queiroz (PDT) assumiu a liderança da oposição ao governo Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. A função será extremamente relevante em um ano eleitoral e garantirá uma visibilidade ao parlamentar que poderá lhe render frutos eleitorais.
Lançamento – Pré-candidato a governador de Pernambuco pelo PSB, o deputado federal Danilo Cabral recebeu a sinalização de apoio do PP a sua postulação em evento na sede do partido ontem. Na próxima segunda-feira Danilo terá seu nome oficialmente lançado em evento no Recife Praia Hotel, que terá público restrito por conta das regras sanitárias da Covid-19.
Inocente quer saber – Quem vencerá a disputa pelo governo de São Paulo em outubro?
Coluna da Folha desta sexta-feira
Conjuntura nacional é equivalente para postulantes ao Senado na Frente Popular
A Frente Popular tem pelo menos quatro postulantes ao Senado de partidos que integram a base de sustentação do PSB, todos eles são deputados federais, André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (PP), Wolney Queiroz (PDT) e Silvio Costa Filho (Republicanos), além do próprio PT, que não tem um nome natural para indicar mas possui envergadura política caso decida indicar uma opção.
O fato é que a conjuntura nacional aponta para neutralidade dos partidos dos postulantes ou alinhamento com adversários de Lula, a exemplo do Republicanos de Silvio Costa Filho, que está entre apoiar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro ou ficar neutro, no caso do PSD de André de Paula, o partido de Gilberto Kassab flerta com Lula mas tem a pré-candidatura de Rodrigo Pacheco colocada e não descarta ficar neutro na disputa presidencial. O PDT de Wolney Queiroz, por sua vez, recentemente confirmou que manterá a postulação de Ciro Gomes a presidência da República e por fim o PP de Eduardo da Fonte estará com a reeleição de Jair Bolsonaro, que tem em seu presidente nacional, o senador licenciado Ciro Nogueira, a condição de ministro da Casa Civil e coordenador da reeleição do presidente.
Portanto, todos os postulantes estariam, ao menos no âmbito nacional, em condição de igualdade, o que exigiria algum movimento diferente para consolidar o senador, a exemplo da formalização do apoio do partido à postulação de Lula, ou ainda que isso não acontecesse, tivesse uma benção conjunta de Lula e do governador Paulo Câmara para consolidar a candidatura. Passado o processo de definição do candidato do PSB a governador, essa questão do Senado deverá levar em conta fatores de ordem política, pessoal e até mesmo de projetos futuros, para sair a definição de toda a chapa completa, que pode acontecer até o próximo dia 10 de fevereiro, de acordo com uma fonte que integra a Frente Popular.
Circulando – Em busca do terceiro mandato na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a deputada estadual Roberta Arraes (PP) tem intensificado suas agendas em diversas regiões do estado. Seu objetivo é ampliar sua votação e ter uma reeleição segura para a Casa Joaquim Nabuco, a parlamentar é uma das principais aliadas do deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do seu partido.
Miguel Coelho – Acometido pela Covid-19, o prefeito de Petrolina e pré-candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, está com sintomas leves e deverá retomar suas andanças pelo estado na próxima semana após cumprir alguns dias de isolamento. Miguel teve a notícia da avaliação de 88% de aprovação da sua gestão em Petrolina que ajuda a impulsionar sua postulação ao Palácio do Campo das Princesas.
Campeão – No primeiro mandato como deputado federal, André Ferreira, que está de malas prontas para se filiar ao PL, foi o deputado mais votado da oposição com 175 mil votos. Para a reeleição este ano, já se projeta uma votação para o parlamentar na casa dos 200 mil votos, figurando novamente entre os mais votados.
Inocente quer saber – Qual será o fator determinante para a escolha do senador da Frente Popular?
Coluna da Folha desta quarta-feira
Eduardo da Fonte no páreo para o Senado
No quarto mandato como deputado federal, Eduardo da Fonte comanda um dos partidos mais importantes da Frente Popular, o PP, não só pelo seu robusto tempo de televisão, como também por ser a maior bancada da Assembleia Legislativa de Pernambuco com onze deputados, mesmo número do PSB.
Desde 2006, quando Eduardo Campos elegeu-se pela primeira vez governador de Pernambuco, que o PP integra a Frente Popular, tendo apoiado a sua reeleição em 2010 e as duas eleições de Paulo Câmara entre 2014 e 2018. Nas quatro ocasiões, o PP acabou não emplacando vaga na majoritária mas teve papel importante nas vitórias do PSB em Pernambuco.
O parlamentar está na disputa interna da Frente Popular pela vaga ao Senado Federal e tem uma série de ativos na tentativa de ser confirmado como majoritário na coligação liderada pelo PSB. No plano nacional, o PP formalizará apoio à reeleição de Jair Bolsonaro, inclusive com grande probabilidade de indicar o vice, então a dissidência do diretório estadual de Pernambuco para apoiar Lula poderá ser um ativo inclusive no âmbito nacional, pois estará emitindo um sinal de divisão num dos partidos mais importantes da coalizão bolsonarista e num estado extremamente importante para Lula.
O nome de Eduardo da Fonte sempre esteve na bolsa de apostas para o Senado Federal pela Frente Popular, mas nos últimos dias o presidente estadual do Partido Progressista intensificou as articulações no sentido de convencer não só o PSB e o PT como outros partidos da coligação socialista para ser o escolhido para a Câmara Alta em outubro.
Geraldo Julio – Pela primeira vez, o governador Paulo Câmara falou sobre a decisão do secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, de não ser candidato a sua sucessão em outubro. De acordo com o governador, o ex-prefeito do Recife pediu para não ser colocado como opção para a disputa, afunilando a escolha para os deputados federais Danilo Cabral e Tadeu Alencar e o secretário da Casa Civil, José Francisco Neto.
Perfil – O governador também falou do perfil do candidato, evidenciando que pretende escolher um nome com capacidade administrativa comprovada mas que também tenha experiência política. Apesar de alguns interpretarem como óbice à escolha de José Francisco Neto, um aliado do governador sublinha que a passagem pela Casa Civil por três anos sem qualquer tipo de aresta aponta para a experiência política de Zé Neto para tentar suceder Paulo Câmara em outubro.
Consórcio – O governador Paulo Câmara foi empossado como presidente do Consórcio Nordeste em substituição ao governador do Piauí, Wellington Dias. A escolha consolida o protagonismo regional exercido pelo governador de Pernambuco ao longo dos seus sete anos de mandato.
Alternativa – Caso não integre a chapa majoritária da Frente Popular, o deputado federal Wolney Queiroz poderá levar o PDT a apoiar a pré-candidatura de Miguel Coelho (União Brasil) a governador. Levando o robusto tempo de televisão do PDT, Wolney chegaria na condição de postulante majoritário, podendo disputar o Senado na chapa do prefeito de Petrolina.
Inocente quer saber – Quem tem mais chances de ser o senador da Frente Popular?
Coluna da Folha desta segunda-feira
A interessante disputa pelo Senado Federal
As eleições para o cargo de senador da República em Pernambuco ficaram marcadas pelo fato de ser uma disputa secundária em relação ao cargo de governador, algumas vezes considerada um prêmio de consolação para quem não conseguiu encabeçar a chapa na condição de governador. Nomes como Miguel Arraes e Eduardo Campos não quiseram disputar a Câmara Alta após o término de seus mandatos como governadores, tendo apenas Jarbas Vasconcelos ao concluir seus mandatos como governador decidido disputar e vencer a vaga pelo Senado Federal no já distante ano de 2006.
Em 1986, por exemplo, outra situação interessante. Então governador de Pernambuco, Roberto Magalhães renunciou para disputar uma das duas vagas naquela ocasião para o Senado Federal, mas acabou derrotado para Antonio Farias e Mansueto de Lavor, candidatos com o apoio de Miguel Arraes, que encabeçava a chapa para o Palácio do Campo das Princesas.
Apesar de historicamente não receber o valor devido em Pernambuco, um senador da República tem um grande papel em Brasília. Além dos oito anos de mandato, dobro de um deputado federal, um senador possui atribuições bastante interessantes como legislar sobre a nomeação de integrantes para diversas cortes, no âmbito das emendas parlamentares, os senadores possuem um montante maior do que os deputados federais, e outras atribuições que fazem com que muitos políticos sonhem em ocupar o Senado Federal.
Apesar de representar muito prestígio ser senador da República em Brasília, a disputa deste ano ainda está completamente aberta. O atual mandatário da vaga, Fernando Bezerra Coelho, não deverá ser candidato à reeleição para viabilizar a candidatura do seu filho Miguel a governador. O governador Paulo Câmara, também nome naturalíssimo e extremamente competitivo, poderá não renunciar ao cargo de governador para disputar o Senado em outubro, o que deixa a disputa bastante interessante.
De olho na vaga estariam os deputados federais André de Paula (PSD), Eduardo da Fonte (PP), Silvio Costa Filho (Republicanos) e Wolney Queiroz (PDT), todos pela Frente Popular, enquanto pela oposição nomes como Armando Monteiro (PSDB), Anderson Ferreira (PL), Daniel Coelho (Cidadania) e Gilson Machado (PSC) não descartam tentar ocupar o Salão Azul a partir de 2023. Por ser historicamente uma disputa secundária em Pernambuco, a definição dos candidatos a senador deverá acontecer somente após a confirmação de quem disputará o Palácio do Campo das Princesas.
Salto – Os deputados estaduais Clodoaldo Magalhães (PSB), Guilherme Uchôa Junior (PSC), Lucas Ramos (PSB) e Teresa Leitão (PT) tentarão mandato na Câmara dos Deputados em outubro. Já o atual presidente da Alepe, Eriberto Medeiros (PP), ainda está indefinido quanto a esta possibilidade, porém poderá oficializar a tentativa. Todos possuem excelentes chances de vitória.
Dificuldade – Muitos partidos iniciam 2022 com muita preocupação para a montagem das chapas proporcionais. Em Pernambuco, apenas PSB, PT, PP e PL despontam com chances de eleger bancadas representativas, os demais terão que se reinventar para conseguir emplacar parlamentares na Assembleia Legislativa de Pernambuco e na Câmara dos Deputados em outubro.
Inocente quer saber – Quem possui as melhores condições de se eleger senador em outubro?
Coluna da Folha desta segunda-feira
O futuro do PDT em Pernambuco após rompante de Ciro Gomes
Na semana passada, o pré-candidato a presidente da República, Ciro Gomes, decidiu atacar o ex-presidente Lula, de quem foi ministro da Integração Nacional. O tom beligerante de Ciro contra o líder nas pesquisas não passou despercebido em Pernambuco e poderá trazer desdobramentos na conjuntura eleitoral de 2022.
Atualmente o PDT integra a Frente Popular, indicando a vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, e aliados na capital e no estado. A conjuntura de ataques ao PT poderá dificultar a situação do PDT na Frente Popular e consequentemente prejudicar o partido nas eleições para deputado federal e estadual.
Nas eleições de 2014 e 2018 o partido passou por situações semelhantes, e mesmo sendo aliado prioritário do PSB, teve que estar formalmente em outros palanques, exatamente por conta da conjuntura nacional. Nas duas ocasiões, Wolney Queiroz acabou escapando, sendo reeleito para a Câmara dos Deputados. Mas em 2022, a situação poderá não ser tão fácil. O partido possui atualmente dois deputados federais, o próprio Wolney e Túlio Gadelha, que acabou sendo uma das surpresas da última eleição, mas naquela conjuntura havia o advento da coligação proporcional, o que não se repetirá em 2022.
Mantidas as votações de Túlio e Wolney Queiroz, eles teriam cerca de 160 mil votos, o que seria suficiente para garantir apenas uma vaga em Brasília, o que suscita dúvidas se os dois permanecerão na sigla, uma vez que há rumores de possível filiação de Túlio Gadelha ao PT ou ao PSOL. Não é apenas a questão proporcional que preocupa o partido, também há uma forte expectativa para o destino da sigla, que se porventura for obrigada a deixar a Frente Popular pelo projeto nacional, terá que decidir se viabilizará um projeto próprio ou se avançaria para um projeto oposicionista, que poderia ser o do pré-candidato do União Brasil a governador, Miguel Coelho, cabendo ao PDT até mesmo a possibilidade de uma candidatura majoritária de senador ou vice.
Reeleita – A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, foi reeleita para o cargo de presidente nacional do PCdoB. A pernambucana está na presidência da sigla desde 2015 e foi a primeira mulher presidir a agremiação. Caberá a Luciana a decisão sobre qual partido o PCdoB realizará a federação, se o PT ou se será o PSB.
Adiamento – A CPI da Pandemia no Senado adiou o último depoimento marcado para esta segunda-feira para o dia de amanhã. Com isso a leitura do relatório final fica sem data determinada para apresentação. A decisão foi de Omar Aziz, presidente da CPI, e de acordo com Renan Calheiros, relator, o adiamento ajudará o grupo a chegar a um denominador comum.
Homenagem – Ao completar 77 anos de idade no último sábado, o secretário-geral do PSB, Adilson Gomes foi homenageado pelo partido pela passagem do seu aniversário e também pelos mais de 50 anos de vida pública, tendo contribuído diretamente para o fortalecimento do partido em Pernambuco, ao lado de Jarbas Vasconcelos, Miguel Arraes e Eduardo Campos.
Inocente quer saber – Para onde irá o PDT de Pernambuco?
Coluna da Folha desta quarta-feira
Disputa pelo Senado anima postulantes governistas
No próximo ano o eleitorado brasileiro renovará 1/3 do Senado Federal, os senadores eleitos em 2014 estarão encerrando seu mandato. Em Pernambuco, será a vaga de Fernando Bezerra Coelho (MDB) que estará em jogo em 2022. Entusiasta da candidatura do prefeito Miguel Coelho a governador, Fernando está cada vez mais distante de pensar na reeleição, uma vez que não é interessante disputar o Senado pela oposição, e no caso de Miguel Coelho ser o nome oposicionista para governador, Fernando deverá ser candidato a deputado federal junto com Fernando Filho.
Neste contexto, a vaga de senador estará livre para que alguns nomes possam sonhar com ela. Candidato natural ao Senado após concluir seu mandato como governador, Paulo Câmara dificilmente tentará a Câmara Alta pelo fato de o PSB ter a prerrogativa de indicar o candidato a governador da Frente Popular e sabe que para ser uma ampla coligação deverá ofertar as vagas de vice e de senador a outros partidos.
Na história das últimas eleições desde 1982 quando voltamos a ter disputa para governador e senador em Pernambuco, em apenas uma ocasião o primeiro colocado para governador não elegeu seus senadores, uma característica peculiar do estado, que foi em 1994 quando Miguel Arraes não elegeu Armando Monteiro Filho na sua chapa, dando lugar a Carlos Wilson, que quatro anos antes havia sido vice de Arraes e assumido o cargo, fazendo com que o eleitor associasse mais Cali do que Armando ao vitorioso daquele pleito. Em 2006, Mendonça Filho foi o primeiro colocado do primeiro turno para governador, enquanto Jarbas Vasconcelos ficou com a vaga de senador na disputa vencida por Eduardo Campos na segunda etapa.
Sabendo da possível não tentativa de reeleição de Fernando Bezerra Coelho para o Senado Federal na oposição e da provável não candidatura de Paulo Câmara a senador, diversos nomes governistas sonham acordados com esta vaga, são eles: Eduardo da Fonte (PP), Silvio Costa Filho (Republicanos), André de Paula (PSD) e Wolney Queiroz (PDT), todos deputados federais e presidentes de partido que acreditam serem grandes as chances do nome escolhido pela Frente Popular emplacar o Senado em 2022.
Ações – A defesa do ex-presidente Lula (PT) pediu que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, encerre a ação do sítio de Atibaia e dois processos envolvendo o Instituto Lula. Nos três casos, o petista é acusado pela Lava Jato de recebido supostas vantagens indevidas de uma empreiteira. As anulações, caso concedidas, pavimentam mais ainda o caminho do ex-presidente para uma candidatura em 2022.
Noronha – O PDT foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a realização da 17ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás Natural pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), que envolve áreas próximas a Fernando de Noronha. A legenda alega que a União burlou regras ao “ignorar a obrigatoriedade de Avaliações Ambientais”. A ação foi assinada pelo advogado Walber Agra, que atuou na campanha de Marília Arraes (PT) em 2020.
Inocente quer saber – Quem seria o candidato a senador pela oposição em 2022?
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