Raul Jungmann não crê em impeachment de Bolsonaro
Ex-ministro do Desenvolvimento Agrário no governo FHC e da Defesa e Segurança Pública no governo Temer, Raul Jungmann participou do programa Folha Política de ontem. Durante a entrevista, o também ex-deputado federal por Pernambuco fez duras críticas à condução do governo Jair Bolsonaro no tocante à pandemia da COVID-19, enfatizando o negacionismo do governo e sua postura beligerante tanto no âmbito interno quanto na política externa.
Apesar disso, Jungmann reconheceu que o instrumento do impeachment é um processo traumático e segue distante de se concretizar por uma série de fatores, primeiro o da ausência de povo nas ruas pelas razões óbvias da pandemia, segundo porque apesar dos pesares, Bolsonaro ainda conta com um forte apelo popular, mesmo que ele esteja diminuindo a cada mês, e por fim a ausência de movimento robusto no Congresso Nacional para dar prosseguimento ao processo de afastamento do presidente.
Jungmann também enfatizou a ausência de um adversário forte para Jair Bolsonaro em 2022, e avaliou que em condições atuais, o principal adversário do atual presidente continuará sendo o Partido dos Trabalhadores, o que possibilita de forma significativa as chances do atual presidente ser reeleito no próximo ano.
Sobre João Doria, o ex-ministro avaliou que ele vem crescendo politicamente na pandemia com a viabilização da vacina, porém ainda lhe falta uma dimensão nacional, que poderá alcançá-la ao longo dos próximos meses, uma vez que comanda o principal estado da federação e por natureza se torna um importante player na equação de 2022.
Importação – O governador da Bahia, Rui Costa (PT), foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) com ação contra medida provisória que criou restrições para a importação e a distribuição de vacinas contra a covid-19 ainda não registradas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o governador, os dispositivos “cerceiam a atuação dos estados no combate à pandemia, ao impedir a importação de vacinas ainda não certificadas”. O relator será o ministro Ricardo Lewandowski.
Monitoramento – A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), requisitou informações da Presidência da República sobre a produção, pelo Governo Federal, de relatórios elaborados a partir do “monitoramento de redes sociais de parlamentares e jornalistas”. Na decisão, a ministra solicita que as informações “sejam enviadas, com urgência e prioridade, no prazo máximo e improrrogável de 48 horas”. A ação foi protocolada pelo Partido Verde, com base em matéria na imprensa.
Retomada – O Tribunal de Contas da União (TCU), presidido por Ana Arraes, retomou nesta quarta (20) as sessões plenárias, após o recesso de fim de ano. O Tribunal continuará seguindo o modelo de reuniões telepresenciais, via Internet, conforme vinha fazendo em 2020 pela pandemia.
Carta – O presidente Jair Bolsonaro enviou carta endereçada ao novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Nela, o chefe brasileiro enalteceu a parceria entre os países e deu boas vindas ao chefe americano. Bolsonaro é aliado do agora ex-presidente Donald Trump.
Inocente quer saber – Como será a relação de Jair Bolsonaro com o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden?