Em 2007 na mudança de PFL para Democratas, o partido escolheu o então deputado federal no terceiro mandato Rodrigo Maia, à época com 37 anos, para presidir o “novo” partido que estava surgindo. Mas que vinha sofrendo um processo de esvaziamento tremendo durante o auge do lulismo. Foi sob o comando de Rodrigo Maia que o Democratas viveu seu pior momento, sobretudo em 2011 com a criação do PSD de Gilberto Kassab, quando o esvaziamento daria ao partido em 2012 o pior resultado da sua história, quando nomes como o próprio Maia e Mendonça Filho, em disputas pelas prefeituras do Rio e Recife, respectivamente, ficaram com menos de 3% dos votos válidos.
A salvação do ex-PFL foi a vitória de ACM Neto em Salvador, mesmo assim o esvaziamento continuou, quando em 2014 elegeu apenas 28 deputados federais e três senadores, vivendo o pior momento da história do partido. O hoje ministro da Educação Mendonça Filho foi o penúltimo a se eleger na sua coligação feita com o PSB em 2014, partido que o derrotou em 2006 quando governador. Já Rodrigo Maia se elegeu pela média no Rio de Janeiro, com apenas 53 mil votos.
Com a derrocada de Eduardo Cunha em 2016, Rodrigo ascendeu ao cargo de presidente da Câmara numa disputa fratricida com Rogério Rosso (PSD/DF), mas prevaleceu no cargo por ser genro de Moreira Franco, homem de confiança do presidente Michel Temer. Seis meses depois foi reeleito presidente da Câmara para o biênio 2017/2018.
Hoje está na linha sucessória da presidência da República, podendo assumir o cargo caso Temer seja afastado. De moribundo politicamente, o ex-PFL ascenderá ao governo federal, fato que nunca ocorreu desde que a Arena saiu do governo com a redemocratização. Para as eleições de 2018, o DEM deverá eleger ACM Neto governador da Bahia, também poderá ter Fernando Bezerra Coelho disputando o governo de Pernambuco, e com a presidência da República, será um player importante no jogo nacional, pois na janela aberta em abril, deverá receber uma boa quantidade de deputados federais, e há quem fale que o partido poderá mais do que duplicar a sua bancada nas eleições, tanto do Senado quanto da Câmara.
Pra quem escapou de ser extirpado por Lula, o Democratas, que poderá novamente mudar de nome, via Rodrigo Maia, ressurge das cinzas como uma fênix, pois quem tem a inhaca do poder, jamais perde a capacidade de voltar.