Governo do Estado exclui novas categorias do rodízio durante a quarentena
O Governo de Pernambuco incluiu, nesta quinta-feira, novas categorias entre as que não se submeterão ao rodízio de veículos durante a quarentena de 16 a 31 de maio no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe e São Lourenço da Mata. Os funcionários de supermercados, padarias, farmácias e postos de gasolina, além dos trabalhadores em vigilância e zeladoria, assim como funcionários de empresas de serviços públicos de transporte coletivo e metroviários, todos considerados serviços essenciais básicos, precisarão portar uma declaração do empregador no caso de serem abordados nos pontos de fiscalização.
Por seu relevante trabalho social e espiritual à sociedade, o decreto esclarece que os líderes de todos os segmentos religiosos fazem parte das atividades essenciais e, por isso, podem se deslocar aos templos ou estúdios a fim de gravar ou transmitir celebrações via internet ou por outros meios de comunicação. A medida vale também para as equipes técnicas envolvidas nessas transmissões.
As profissionais que tomam conta de crianças nas casas de trabalhadores da saúde e da segurança também passam a ser consideradas essenciais. O objetivo é assegurar que essas duas categorias possam continuar se dedicando a garantir a segurança e a salvar vidas durante a quarentena. O decreto incluindo todos esses serviços na lista dos essenciais, no período de quarentena, será publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do Estado.
A mobilidade recifense passa pelo rodízio.
Com quase 700 mil veículos emplacados apenas no Recife e com mais de 1 milhão circulando pela cidade diariamente, a capital pernambucana, que é uma das menores do país em termos territoriais, está a beira de um colapso viário.
Ciente desta dificuldade, o prefeito Geraldo Julio acertadamente criou a secretaria de Mobilidade e Controle Urbano, comandada pelo engenheiro João Braga, profundo conhecedor do tema e técnico altamente competente e respeitado por todos.
No carnaval tive a oportunidade de conversar com Braga sobre a possibilidade de ser adotado o rodízio de veículos na cidade nos moldes implantados em São Paulo, porém, o secretário havia refutado a ideia sob a alegação de que naquela modalidade não haveria eficácia.
Agora o secretário decidiu implantar o rodízio, sendo que de uma forma diferente da que nós pensávamos. A PCR vai realizar a proposta de outra forma, os carros com terminação par não poderão circular das 6:30 às 8:30 hs e das 17:00 às 19:00 hs nos dias ímpares, enquanto os que tiverem terminação ímpar não poderão sair nos dias pares.
A lógica é inteligente porque retira os veículos na hora do rush no Recife, porém, ela não pode ser uma ação isolada. Além disso precisa-se de novas vias e novas modalidades de transporte. Além disso, precisa que o ônibus seja atrativo financeiramente em relação ao carro (isso já é.), mas principalmente que seja similar do ponto de vista do conforto. Uma solução seria retomar a colocação dos “geladões” em várias linhas.
Neste contexto, também se faz necessária uma campanha de conscientização para que os recifenses troquem o carro pelo ônibus. E o principal: proibir o estacionamento no centro da cidade. Diminuir as vagas de Zona Azul, não construir edifícios-garagem, etc.
A lógica do transporte indivual precisa ser combatida para que o coletivo prevaleça, porém, para isso as ações têm que ser efetivas e respeitosas com a sociedade. O rozídio é importante, mas ele sozinho não resolve.