Após muita cobrança, o governo federal liberou cerca de R$ 3 bilhões para serem distribuídos a estados e municípios com o objetivo de socorrer o setor cultural, um dos mais atingidos pela pandemia do coronavírus. A ação, inclusive, foi cobrada pelo deputado Ricardo Teobaldo logo após o São João, período em que os profissionais da área trabalham bastante no Nordeste. O texto foi publicado no Diário Oficial de hoje (10) e também é assinado pelo ministro Paulo Guedes (Economia).
Para o deputado Ricardo Teobaldo o recurso chegará num momento muito importante para o setor. “Depois de muita luta o governo federal assinou a liberação do auxílio emergencial para o setor cultural. Esse recurso é de extrema importância para a classe, que foi afetada profundamente pela pandemia. Imagine que no nordeste nós não tivemos São João. Milhares de profissionais ficaram sem renda, que em alguns casos vale para o ano todo. O auxílio vai ajudar a diminuir um pouco a dificuldade que a classe vem passando”, destacou Teobaldo.
O parlamentar também destacou o impacto do coronavírus na cadeia produtiva da cultura. “A gente não pode pensar o setor cultural tendo como foco só o artista que sobe no palco para cantar. Ele vai além disso. Temos o tecnico de som, o pessoal dos camarins, a turma do teatro, os montadores de cenário, os grupos locais, uma grande cadeia que foi afetada nesse momento”, frisou.
O texto aprovado, e publicado hoje, traz auxílio, que será de R$ 600, pagos em três parcelas, para trabalhadores da área cultural com atividades suspensas por conta da pandemia. O auxílio poderá ser prorrogado no mesmo prazo do auxílio emergencial do governo federal aos informais. Para receber a renda emergencial, os trabalhadores devem cumprir vários requisitos, como limite de renda anual e mensal; comprovação de atuação no setor cultural nos últimos dois anos; ausência de emprego formal; e não ter recebido o auxílio governamental dos informais.