O desafio de Miguel Coelho de estadualizar seu nome em 2022
Pré-candidato a governador de Pernambuco em 2022, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (MDB), obteve a maior votação proporcional do estado entre os municípios com mais de 200 mil eleitores, os números o credenciaram para almejar o Palácio do Campo das Princesas.
Miguel governa um município próspero que beira o pleno emprego e possui diversos indicadores sociais extremamente positivos, porém o que acontece em Petrolina não é necessariamente reconhecido por todo o estado de Pernambuco, além disso o sertão do São Francisco é um colégio eleitoral relativamente pequeno, com menos de 7% do eleitorado do estado. Se considerarmos todo o sertão, incluindo Pajeú, Moxotó, Itaparica e São Francisco, são apenas 18% do eleitorado, o que evidencia o grande desafio de um candidato se tornar competitivo.
Miguel Coelho tem know-how para almejar o Palácio do Campo das Princesas, uma vez que tem currículo e envergadura para o posto, porém será necessário tornar seu nome conhecido pelo eleitorado pernambucano para chegar com chances de suceder Paulo Câmara em 2022. Além disso, outro desafio será convencer o seu partido, o MDB, e toda a oposição a bancar seu projeto, tarefa que necessita muita articulação e jogo de cintura ao longo de 2021.
Unidade para 2022? – Após a aproximação do Podemos e Republicanos no Congresso Nacional e em vários estados do Brasil, os deputados federais Ricardo Teobaldo e Silvio Costa Filho estão trabalhando pelo fortalecimento da parceria em Pernambuco. Os grupos políticos dos parlamentares tiveram um ótimo desempenho nas eleições municipais e somam mais de 30 prefeitos no Estado, além de um amplo número de vereadores e do apoio de ex-prefeitos em várias regiões. Os parlamentares, que têm uma relação de amizade, estão juntos, trabalhando para levar um conjunto de ações para os municípios de Pernambuco.
Inteligência – A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), oficiou a Procuradoria Geral da República (PGR) para que investigue notícia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria produzido relatórios de inteligência a fim de auxiliar a defesa do senador Flávio Bolsonaro (Repúblicanos-RJ) em investigações criminais em curso. Flávio é filho do presidente Bolsonaro.
Cacique – O relator no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Sérgio Banhos, negou o recurso apresentado pelo cacique Marquinhos Xucuru (Republicanos), que venceu as eleições em Pesqueira. O ministro Tarcisio Vieira pediu destaque do caso, o que retirou o recurso da pauta de julgamento. Uma nova data para prosseguimento do processo será determinada pelo TSE, a partir de fevereiro. Para assumir, o cacique terá que tentar uma liminar durante o recesso do TSE, que começou sábado (20) e irá até 31 de janeiro.
Férias – Quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) informaram o presidente da Corte, Luiz Fux, que não vão folgar no recesso judiciário das próximas semanas. Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes vão continuar despachando. Isso esvazia os poderes do presidente do STF, que tradicionalmente seria o responsável pela análise dos casos urgentes na ausência dos relatores.
Inocente quer saber – Ricardo Teobaldo levará o Podemos para a Frente Popular?