PP confirma vocação proporcional e terá papel determinante na governabilidade
O PP de Pernambuco, presidido pelo deputado federal Eduardo da Fonte, decidiu permanecer na Frente Popular após ensaios de rompimento para apoiar a postulação de Marília Arraes. Além do reforço ao projeto de Danilo Cabral, existem nuances que colocam o partido numa posição estratégica para o futuro governo que se iniciará em janeiro de 2023.
Com dez deputados estaduais, o partido detém hoje 1/5 da Assembleia Legislativa de Pernambuco, sendo vital para os projetos de interesse do Palácio do Campo das Princesas. A expectativa do partido é ampliar este desempenho para mais de dez parlamentares na Casa Joaquim Nabuco e na bancada da Câmara dos Deputados chegar a cinco parlamentares, mas um desempenho de quatro eleitos seria suficiente para dobrar seu tamanho atual.
Assim como acontece no governo federal, onde seu principal expoente, o senador Ciro Nogueira, assumiu a chefia da Casa Civil e teve papel determinante na governabilidade do presidente Jair Bolsonaro, o PP de Pernambuco também se tornou um aliado estratégico para a governabilidade do PSB, não só no tocante ao governo Paulo Câmara como também num eventual futuro governo Danilo Cabral.
Mesmo apoiando Danilo, e engajado no seu projeto atendendo a esmagadora maioria dos integrantes do partido, o PP continuará sendo extremamente importante num eventual governo dos pré-candidatos da oposição, Anderson Ferreira, Marília Arraes, Miguel Coelho e Raquel Lyra, pois nenhum deles conseguirá formar maioria de imediato na Alepe e dependerá significativamente do PP que assim como fez com o PSB e com Bolsonaro no âmbito nacional, será determinante para garantir a governabilidade do futuro ocupante do Palácio do Campo das Princesas.
Araripina – Preocupado com a baixa adesão à pré-candidatura da sua esposa, Socorro Pimentel, o prefeito Raimundo Pimentel convocou todos os comissionados para uma reunião nesta terça-feira quando exigirá um maior engajamento na campanha da primeira-dama, que tentará voltar à Casa Joaquim Nabuco após ser derrotada em 2018.
Intolerância – O crime envolvendo um policial federal e um guarda municipal por questões políticas, ocorrido em Foz do Iguaçu, reforça o clima de intolerância que se estabeleceu no Brasil nos últimos anos cuja escalada tomou maior proporção em 2014, agravou-se em 2018 com a facada no então candidato Jair Bolsonaro e permanece até hoje na polarização política cada vez mais violenta e intolerante.
Engajamento – A ex-candidata à prefeitura do Recife pelo Podemos, Delegada Patrícia Domingos, lançou-se pré-candidata a deputada estadual pelo PSDB. A postulante está totalmente engajada no projeto de Raquel Lyra e circulou no final de semana com a ex-prefeita de Caruaru em comunidades da capital pernambucana.
Chapa – Por falar em Raquel Lyra, ninguém tem mais dúvidas que sua chapa será composta pela deputada estadual Priscila Krause (Cidadania) como vice-governadora e o ex-senador Armando Monteiro (PSDB) que tentará voltar à Câmara Alta após quatro anos. A grande questão agora se dará sobre o prazo de anúncio, se já nos próximos dias ou apenas na convenção que homologará o nome de Raquel na disputa pelo governo pelo PSDB.
Inocente quer saber – Quando teremos um fim da intolerância política, religiosa, sexual ou racial no Brasil?