Armando vive uma situação confortável para 2018
O senador Armando Monteiro foi derrotado por Paulo Câmara em 2014 e ficou muito abatido pelo resultado, pois achava que naquele ano seria a sua chance de realizar o sonho de ser governador que é acalentado há anos. Passados quatro anos, muita coisa aconteceu, Armando foi alçado ao ministério de Dilma Rousseff e após o impeachment teve que voltar ao Senado num momento igualmente difícil. Ele deu o freio e arrumação, se reaproximou das bases que estava afastado e viu nas eleições municipais de 2016 a consolidação do seu espaço político no estado.
Armando Monteiro conseguiu manter seu pedaço eleitoral e político no estado, conquistando cidades importantes com aliados, como São Lourenço da Mata, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes, Ipojuca, Caruaru, Garanhuns e outras cidades importantes que lhe deram a condição de ator estratégico para 2018. Hoje ele tem a nítida dimensão de que não há a menor condição de entrar numa disputa sem uma ampla frente, e certamente não terá palavra de rei na decisão do candidato que enfrentará Paulo Câmara em 2018.
Hoje uma reeleição para o Senado seria um caminho menos traumático, uma vez que estão em disputa duas vagas, e por ter um recall de 2010 e 2014, Armando largaria com plenas chances de vitória. Vale ressaltar que numa campanha curta como a que é desenhada para 2018, prevalecerá aquele que tiver maior conhecimento da população, o que deixaria Armando em situação confortável numa disputa pelo Senado.
Dialogando com possíveis adversários do PSB em 2018 como Mendonça Filho, Bruno Araújo e Fernando Bezerra Coelho frequentemente, Armando busca uma reedição da União por Pernambuco que elegeu Jarbas por dois mandatos. Com Armando tentando o Senado e Fernando Bezerra Coelho o governo, a aliança entraria com grande força em todo o estado. Mas ainda que Armando queira o caminho mais difícil, que é o governo, ele teria boas chances porque é conhecido em todo o estado e não paira sobre sua cabeça nenhum envolvimento na Lava-Jato.
De todos os atores políticos do estado, exceto Fernando Bezerra Coelho que não arriscaria mandato em 2018, Armando Monteiro é de longe o político mais confortável de Pernambuco para as próximas eleiçōes.
Recifobia – Uma das causas do pânico que as pessoas sentem em Recife é a precária iluminação que o prefeito Geraldo Julio oferta aos recifenses. Se houvesse um investimento para iluminar as ruas e fazer uma boa manutenção, certamente os incidentes violentos na capital pernambucana seriam diminuídos.
Matadouro – Os órgãos de fiscalização sanitária e o Ministério Público de Pernambuco deveriam realizar uma fiscalização no matadouro de Taquaritinga do Norte. Pessoas reclamam das condições precárias de higiene encontradas lá, que colocam em risco a saúde dos consumidores dos produtos que são comercializados no local.
Gravatá – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral ministro Gilmar Mendes marcou para a próxima terça-feira, dia 27, o julgamento do processo que envolve o prefeito de Gravatá Joaquim Neto (PSDB) por abuso de poder econômico. Joaquim foi a Brasília tentar reverter o quadro que se desenha para a sua cassação, mas dizem que o processo é cabeludo.
Miguel Coelho – Além de realizar um São João elogiadíssimo por todo mundo, o prefeito de Petrolina Miguel Coelho na quinta-feira demonstrou duas facetas até então desconhecidas, foi repórter e cantor por um dia, entrevistando e cantando junto com o maior artista do Brasil na atualidade Wesley Safadão.
RÁPIDAS
Vertentes – O prefeito Romero Leal (PSDB) recebeu a visita do ministro da Educação Mendonça Filho ao hospital e maternidade da cidade, onde o ministro atuou diretamente para a liberação de leitos de retaguarda para as pessoas da cidade. O ministro também conheceu uma escola municipal recém-construida com recursos próprios da prefeitura e alinhou a liberação de convênios com o MEC.
Adutora – O deputado estadual Alberto Feitosa, o ex-prefeito de Capoeiras, Carlos Batata, e o Ministro da Educação, Mendonça Filho, estão em tratativas com o Ministério da Integração Nacional para a construção de uma adutora que irá abastecer os municípios de Capoeiras e Caetés, ambos no Agreste pernambucano. Com a conclusão da obra, as cidades serão abastecidas pela Barragem de Cajueiro, em Garanhuns.
Inocente quer saber – Jarbas vai mesmo desistir de disputar o Senado na chapa de reeleição de Paulo Câmara?