Os sinais de que a candidatura de Marília Arraes a governadora pode ganhar ares de oficialização estão sendo emitidos pela própria executiva estadual do partido, que considerava a hipótese de aliança com o PT, quando começam a se reunir com Avante e PROS já pensando na formalização da coligação proporcional entre os três partidos com vistas às eleições. Outro indicativo dado é o de que Humberto Costa será candidato de todo jeito ao Senado, uma vez que Marília tem demonstrado competitividade para o governo e poderá casar o voto com Humberto para senador que também aparece bem posicionado nas pesquisas. A executiva estadual do partido, orientada por Gleisi Hoffmann, já entendeu que o melhor caminho para o PT é a candidatura própria de Marília que permite uma chance real ao partido de chegar ao Palácio do Campo das Princesas.
Coluna do blog desta quinta-feira
Com três nomes ao governo, eleição para o Senado fica imprevisível
Desde a redemocratização em 1985 tivemos oito eleições estaduais, sendo quatro eleições em que estavam em disputa duas vagas de senador, como a atual. Em todas as ocasiões os governadores foram eleitos no primeiro turno, exceto em 2006 quando a disputa foi realizada em dois turnos e foi vencida por Eduardo Campos.
Historicamente, todos os governadores mais votados levaram os senadores, exceto Miguel Arraes, que viu Armando Monteiro Filho ser derrotado por Carlos Wilson em 1994. Na eleição de 2006, Mendonça foi o mais votado do primeiro turno assim como Jarbas Vasconcelos que foi eleito senador com votação histórica, sendo até então o senador mais votado de Pernambuco, perdendo a posição somente em 2014 quando Fernando Bezerra Coelho chegou ao Senado com a maior votação de todos os tempos.
Nas eleições deste ano, caso se confirme a candidatura de Marília Arraes a governadora, teremos três candidatos competitivos ao Palácio do Campo das Princesas e seis nomes com chances lançados para o Senado. Com a entrada de Marília, praticamente fica sacramentada a existência de dois turnos, uma vez que todas as pesquisas divulgadas apontam Paulo Câmara bem abaixo da soma de seus adversários, cristalizando a existência de um segundo turno.
Neste contexto de dois turnos é provável que Paulo Câmara, governador e primeiro colocado nas pesquisas, chegue a segunda etapa com Jarbas Vasconcelos sendo eleito para o Senado, uma vez que Jarbas lidera com certa folga todos os levantamentos para a Câmara Alta. Se Marília Arraes chegar ao segundo turno, é extremamente plausível a hipótese de um senador da sua chapa ser eleito, que poderia ser Silvio Costa ou o próprio Humberto Costa, caso decida disputar na chapa de Marília. Se porventura o nome de Armando Monteiro chegar ao segundo turno no lugar de Marília, é plausível a hipótese de Mendonça Filho chegar à Câmara Alta, como também se Armando amargar o terceiro lugar, Mendonça poderia repetir João Paulo em 2014 e ser puxado para baixo pelo petebista.
É pouco provável que na hipótese de três candidaturas ao governo, um candidato a governador leve os dois senadores, porque não há indícios de que algum candidato atinja os 60% dos votos válidos para levar as duas vagas, fato que historicamente ocorreu com Arraes em 1986, Jarbas em 2002 e Eduardo em 2010.
Escola – Aliado do ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes, que protagonizou um episódio que ficou conhecido como “Véi do Bote” quando tomou o celular de um morador em 2016, o prefeito de Moreno Vavá Rufino envolveu-se numa confusão ontem na sede da prefeitura, cuja repercussão tomou conta das redes sociais. Pelo visto Elias segue fazendo escola.
Prestígio – Pré-candidato a senador, o deputado federal Jarbas Vasconcelos foi homenageado pelo Caxangá Ágape num ato bastante prestigiado que contou com a presença do governador Paulo Câmara, do prefeito Geraldo Julio e de pessoas do mundo político na comemoração dos seus 47 anos de vida pública.
Força – Eleito em 2014 com 115.926 votos, ficando em nono lugar entre os 25 eleitos, Sebastião Oliveira tem ampliado suas bases de deputado federal e deverá figurar entre os cinco mais votados com mais de 150 mil votos. Herdeiro político de Inocêncio Oliveira, Sebastião tentará o segundo mandato na Câmara Federal.
Afastamento – Apesar de serem primos, os deputados Kaio Maniçoba (SD) e Rodrigo Novaes (PSD) não falarão a mesma língua nestas eleições. Em alguns municípios eles estarão afastados porque Rodrigo optou por formalizar uma aliança com Felipe Carreras para deputado federal. A relação entre Kaio e Rodrigo nunca foi muito tranquila, mas agora o afastamento parece ser definitivo.
RÁPIDAS
Reforço – O deputado estadual José Humberto (PTB) continua somando apoios à sua reeleição. Desta vez o reforço vem do município de Santa Maria do Cambucá, no Agreste Setentrional, onde contará com o apoio do ex-prefeito Eliseu Tunino, do empresário Jacó e dos ex-vereadores Bem, George e Reginaldo.
Barreiros – O pré-candidato a deputado federal Davi Muniz (Patriota) conquistou importantes apoios em Barreiros, que fica na Mata Sul. O vereador Irmão Wellington, os conselheiros tutelares André e Niel e o sindicato dos servidores municipais se integraram ao projeto de Davi, que tem grandes chances de trocar a Casa José Mariano pela Câmara dos Deputados.
Inocente quer saber – Se Mendonça Filho for vice de Geraldo Alckmin, quem serão os senadores de Armando Monteiro?
Antonio Campos critica uso da máquina para beneficiar sobrinho João Campos
O advogado Antonio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos, concedeu entrevista exclusiva ao blog onde falou sobre sua pré-candidatura a deputado estadual, a avaliação sobre as eleições estaduais e nacionais, a pré-candidatura do sobrinho e outros assuntos. Confira:
EDMAR LYRA – O senhor é candidato a deputado estadual pelo Podemos?
ANTONIO CAMPOS – Sim. Acho que o legislativo merece renovação de quadros e a minha pré candidatura pelo Podemos tem esse propósito. Estou lançando até o dia 31 de julho uma prestação de contas da minha atuação política e 10 propostas básicas para minha atuação parlamentar. Estarei lançando também uma plataforma virtual Pernambuco Quer mudar, para dialogar com o eleitor pernambucano e já comecei uma agenda de visitas pessoais.
EL – Como vê o cenário da sucessão em Pernambuco?
AC – Uma eleição em que os três pré-candidatos estão praticamente empatados, mas que as oposições têm vantagem. Paulo tem uma alta rejeição e um índice baixo para um governador de intenção de voto para reeleição, mas tem a máquina na mão. Temos a real possibilidade da candidatura de Marília Arraes pelo PT, que é uma candidatura competitiva e a candidatura de Armando a Governador. O cenário para o Senado ainda está muito em aberto porque depende muito da definição dos candidatos a governador.
EL – O Brasil terá esse ano uma eleição fragmentada ou polarizada?
AC – Inicialmente, teremos uma eleição fragmentada, já tendo cerca de 10 pré-candidatos. A partir de agosto, começará a polarização entre as forças que orbitam perante o PT, Bolsonaro e as forças que irão liderar o centro democrático. Apoiarei a candidatura de Alvaro Dias.
EL – Como Presidente do IMA-Instituto Miguel Arraes, qual seu foco no momento?
AC – Temos feito várias atividades e, possivelmente, daremos entre o 2º semestre de 2018 e o 1º semestre de 2019 uma nova formatação ao IMA. O nosso foco atual é terminar de aprovar o projeto de lei que inclui o nome de Arraes no Livro dos Heróis da Pátria, que está para ser votado no Senado. Esse é um reconhecimento relevante na existência de um líder político e coroa o seu trabalho.
EL – E a utilização da imagem de Arraes na eleição?
AC – Tenho uma ação ordinária contra a utilização por Paulo Câmara e o PSB da imagem de Arraes ou para delimitar a forma de utilização, no TRE-PE. Deverá ser julgada em breve. A tese é que existe um conflito de interesses ante a candidatura de Marília Arraes a Governadora e a minha a Deputado Estadual pelo Podemos, com a de Paulo Câmara a Governador, o que leva a vedação ou ao disciplinamento na utilização dessa imagem por parte de Paulo Câmara e o PSB estadual. A bandeira de Arraes nessa eleição está com Marília ante o viés ideológico e político de sua linha.
EL – E a eleição do seu sobrinho João Campos?
AC – Acho que Eduardo Campos merece ter um filho Deputado Federal. Contudo, o legado de Eduardo é maior que o desgoverno de Paulo Câmara. A grande estrutura montada pelo Palácio e a máquina para gerar votos para João pode lhe expor. Ele não precisa disso para se eleger.
EL – No próximo dia 13 de agosto, faz quatro anos do acidente que vitimou Eduardo Campos. Há perspectiva de finalização do inquérito?
AC – O Delegado Federal Rubens Maleiner disse que entregaria o relatório no final do mês. Recentemente, fiz uma petição sobre a importância de requerer ao CENIPA dados importantes dos motores do avião. Vamos aguardar a conclusão e depois nos pronunciaremos.
EL – Qual sua visão da eleição em Pernambuco?
AC – Uma eleição em dois turnos, em que vai prevalecer o vento da mudança.
Silvio Costa: “Marília será candidata”
Coluna do blog desta quarta-feira
PSDB garante apoio irrestrito de Armando Monteiro a Geraldo Alckmin
Apesar de o PTB integrar a coligação nacional do PSDB liderada pela candidatura presidencial de Geraldo Alckmin, o senador Armando Monteiro não vinha dando mostras de que levaria para o seu palanque a candidatura tucana. O episódio da visita de Armando ao ex-presidente Lula acabou gerando ruídos na aliança com um risco real de Bruno Araújo levar o PSDB a uma candidatura própria, tirando o principal partido da coligação de Armando.
A turma do “deixa disso” entrou em campo e tentou intervir junto a Bruno Araújo no sentido de manter a tropa unida em torno do projeto liderado por Armando Monteiro. Precisou haver uma conversa entre Bruno e Geraldo Alckmin e depois outra entre o presidenciável e Armando Monteiro no sentido de bater o martelo para que tudo voltasse a como estava há duas semanas quando o PSDB passou a sinalizar o desejo de lançar Bruno Araújo para a chapa majoritária.
No fim das contas Bruno Araújo garantiu o empenho de Armando Monteiro ao projeto presidencial de Geraldo Alckmin e ainda ficou praticamente sacramentada a presença de um nome do PSDB na vaga de senador, que poderá ser o próprio Bruno Araújo. Mesmo tendo um desfecho relativamente positivo, uma fonte tucana avalia que nada disso teria acontecido se Armando tivesse sinalizado positivamente para a candidatura de Bruno a senador quando houve gestos neste sentido e se Armando não tivesse feito aquela viagem à Curitiba para visitar o ex-presidente Lula.
Quem saiu no lucro foi Geraldo Alckmin, que no plano nacional ganhou o apoio do centrão e em Pernambuco conquistou um palanque robusto que poderá lhe garantir uma quantidade razoável de votos no estado. Para quem não tinha sinalização de apoio no estado, qualquer resultado que seja melhor do que o obtido por Aécio Neves em 2014 estará de bom tamanho.
Vice – Após a recusa de Josué Gomes, filho do ex-vice-presidente José de Alencar, para o cargo de vice na chapa de Geraldo Alckmin, o nome de Mendonça Filho ganhou força no dia de ontem para o posto, porém há quem diga que existem outras alternativas para o cargo como a senadora Ana Amélia (PP) e o empresário Flavio Rocha (PRB), da Riachuelo.
Homenagem – O Caxangá Ágape homenageará o deputado Jarbas Vasconcelos pela passagem dos seus 47 anos de vida pública. O evento ocorrerá nesta quarta-feira a partir do meio dia e contará com a presença do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara no Spettus Derby. A saudação será feita pelo vice-governador Raul Henry e a taxa de adesão é de R$ 85,00.
Conta – Nas contas da oposição Elias Gomes será eleito deputado estadual com 50 mil votos, porém o deputado federal Betinho Gomes, que tenta a reeleição, deverá ficar na suplência com no máximo 60 mil votos. A própria oposição considera que as chances de vitória de Betinho são remotas porque mesmo realizando um bom mandato em Brasília não conseguiu traduzir isso em votos.
Lupércio – Ao que parece, acabou a lua de mel entre a população de Olinda e o prefeito Professor Lupércio. Com um ano e meio de gestão, os problemas históricos da cidade voltaram a aparecer nos bairros da cidade, o que tem causado uma chuva de críticas ao prefeito, que pretende eleger sua esposa deputada estadual em outubro.
RÁPIDAS
Aposta – Muita gente voltou a apostar firmemente que Marília Arraes não será candidata a governadora. Apesar dessa aposta, é difícil cravar uma posição, uma vez que tem semana que Marília é mais candidata e tem outra que ela é menos candidata. Apesar disso, não passará do dia 5 para todos saberem o desfecho dessa novela mexicana envolvendo o Partido dos Trabalhadores.
Garantia – Nos bastidores da oposição surgiu a informação de que em nenhuma hipótese Silvio Costa estará na majoritária do palanque de Armando Monteiro no caso de Marília Arraes ser rifada pelo PT. Silvio se descolou do grupo oposicionista e numa eventual retirada de Marília, ele terá que buscar outra alternativa se ainda quiser ser candidato a senador.
Inocente quer saber – O que ficou decidido na reunião entre Paulo Câmara e Gleisi Hoffmann realizada ontem em Brasília?
João Fernando diz que Pernambuco voltará a brilhar com Marília Arraes
Não cabe a mim discutir questões internas de outros partidos.
Quanto às referências a meu nome na nota enviada por Dilson Peixoto, pessoa a qual tenho tenho profundo respeito, esclareço:
O PSB fechou questão a favor do impeachment, principalmente em Pernambuco, e nesse sentido determinou a todos seus parlamentares.
Com isso, na véspera da votação, expus a questão pessoalmente ao presidente Lula, em reunião (que sempre apoiamos em todas as suas candidaturas) e, na hora da votação, está claro no video, que não fiz teatro, proselitismo nem discurso oportunista para pronunciar o meu voto, diferente da maioria dos deputados do partido.
Hoje Presidente Lula é um preso político. Defender sua candidatura é defender a volta da normalidade democrática, do estado de direito, do equilíbrio dos poderes, do busca da justiça social. É defender a volta do desenvolvimento sustentável, da geração de emprego, do aumento da produção e da circulação de mercadorias e rendas. Lula é a volta dos programas sociais da esperança e da autoestima do brasileiro.
Ser Lula é ser pela maioria, que é a função maior do poder público em um estado democrático.
O presidente Lula, como grande conciliador que é, é o único que pode unir esse país e recoloca-lo no caminho do desenvolvimento econômico e social, do qual fomos desviados.
E em Pernambuco toda esta luta está simbolizada, cristalizada na candidatura de Marília Arraes, essa liderança jovem que tem sensibilidade social e princípios. Marília tem história, é uma lutadora, jovem, determinada e, sobretudo, atenta e comprometida com a volta da melhoria da qualidade de vida do povo pernambucano.
Não há tempo a perder.
Precisamos retomar o trilho do desenvolvimento e da justiça social.
Chega de escuridão, de andar para trás. Pernambuco vai sorrir, vai voltar a brilhar, com Marília Arraes.
Deputado Federal João Fernando Coutinho
Presidente do PROS/PE
Odacy Amorim declara apoio à Marília Arraes
Depois de retirar sua pré-candidatura ao Governo de Pernambuco na semana passada, o deputado estadual Odacy Amorim (PT) declarou apoio, neste domingo (22), à pré-candidatura da vereadora Marília Arraes (PT) a governadora.
O deputado, que ao lado do militante José de Oliveira postulava o seu nome dentro do partido a vaga de pré-candidato ao Governo, sinalizou pela candidatura própria do partido.
Coluna do blog desta segunda-feira
Saída do PSDB fragiliza ainda mais Armando Monteiro
Após o anúncio de que Armando Monteiro seria o candidato das oposições em 11 de junho, a expectativa era que o petebista pudesse criar fatos políticos positivos para a sua postulação, que reunia partidos importantes como PSDB e DEM, que em 2014 marcharam com a eleição de Paulo Câmara. Por ser o maior partido da coligação, cabia ao PSDB a vaga que quisesse na majoritária, indicando o nome que julgasse mais pertinente.
O movimento do anúncio do PSC, que rompeu com Paulo Câmara entregando os cargos, teria todas as condições de fazer de Armando Monteiro um nome bastante competitivo, isso se o petebista tivesse habilidade política para montar uma chapa competitiva. Se André Ferreira quisesse disputar o Senado e Bruno Araújo quisesse indicar o vice, era o caminho mais do que natural para a composição da majoritária, mas se porventura Bruno optasse pelo Senado, teria toda condição de ser o nome, uma vez que é o presidente estadual da sigla e maior liderança do partido, e a André Ferreira caberia ser o vice ou indicar um nome de sua confiança, que poderia ser Fred Ferreira.
Em vez de ficar satisfeito que Bruno Araújo estava disposto a entrar na majoritária, arriscando um mandato líquido e certo de federal, para demonstrar que estava entrando de corpo e alma na campanha de Armando, o petebista optou por apegar-se ao detalhe de Bruno ter sido ministro de Temer. É como se Armando tivesse vergonha de ter Bruno como aliado. O PSDB servia para dar a contribuição do tempo de televisão, mas não poderia indicar seu principal nome para a majoritária.
Armando deu demonstrações de inabilidade quando, nas especulações de que Bruno Araújo seria o nome para o Senado, afirmou ser ele o comandante da aliança e caberia a ele a escolha da chapa completa. A afirmação foi recebida como uma declaração autoritária por parte do petebista, que poderia ter enaltecido a figura de Bruno e dizer que ainda não tinha nada definido para a composição.
Não se dando por satisfeito, Armando sabe lá orientado por quem, decidiu fazer uma visita a Lula na prisão, talvez achando que por isso o eleitor que aprova Lula fosse votar nele. Ledo engano, caberia a Armando, na condição de uma frente política distanciada do PT, falar para o eleitorado não-lulista do estado. Quando Armando fez aquela visita estapafúrdia a Lula conseguiu desagradar a todos. Nem conquistou o eleitorado lulista, que não vai votar nele por causa disso, e ainda ficou mal na fita com o eleitor que desaprova Lula no estado, que agora pode querer outra opção para votar.
Bruno Araújo, relegado a uma condição de total coadjuvante no processo, ficou insatisfeito com a sucessão de erros adotada por Armando, que preocupado com a pecha de palanque de Temer, acabou por perder o principal partido da sua coligação. O ônus de ter um ex-ministro de Temer na sua majoritária seria de longe menor do que o ônus de perder o PSDB, que agora deverá lançar uma candidatura própria ao governo para tentar conquistar o eleitor que Armando com sua atitude de visitar Lula desprezou, e fragilizou ainda mais a candidatura do petebista, que na ótica generalizada da classe política corre um sério risco de minguar no decorrer da campanha porque não conseguiu se posicionar corretamente na conjuntura eleitoral.
Daniel Coelho – Agora mais do que nunca Armando Monteiro precisará de Daniel Coelho na sua chapa como candidato a senador ou a vice. Daniel é uma jovem liderança política que tem muito a contribuir com a chapa majoritária de Armando, uma vez que sempre foi o seu preferido para disputar o Senado. Daniel ficou impossibilitado de declinar do convite, pois se assim fizer, estará prejudicando seu aliado.
Chapa – Além de garantir o palanque a Geraldo Alckmin em Pernambuco com a candidatura de Bruno Araújo a governador, o PSDB terá condições de eleger pelo menos um deputado federal e dois deputados estaduais. Na coligação de Armando, indicando Bruno para o Senado, era provável que não elegesse nenhum federal e apenas um estadual.
Comemorando – Quem soltou fogos com a decisão do PSDB de sair do palanque de Armando Monteiro foi o prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Edson Vieira. Por conta da questão local, ele estava apoiando Armando Monteiro contra sua vontade. Agora fará campanha para Bruno Araújo com total entusiasmo.
Panos quentes – Muitos aliados do senador Armando Monteiro disseram que a situação entre Bruno Araújo e Armando já está contornada, porém pessoas ligadas ao tucano dizem que a situação é irreversível e que os integrantes da oposição estão apenas colocando panos quentes para não fragilizar Armando.
Serrita – A parlamentar estadual Roberta Arraes (PP) esteve prestigiando a 48° Missa do Vaqueiro, neste domingo (22), no município de Serrita. Roberta, que foi a única deputada estadual sertaneja presente no evento, estava acompanhada dos vereadores Doda Sampaio, Carlos Peixoto e Erick Balbino.
RÁPIDAS
Incentivo – Setores palacianos avaliam que o senador Fernando Bezerra Coelho está atuando fortemente nos bastidores para fortalecer Marília Arraes. A ida do PROS para a coligação de Marília, teria sido, na ótica de um palaciano, uma articulação pessoal do senador, que teria total influência nas decisões tomadas por João Fernando Coutinho.
Força – O vereador Romero Albuquerque reuniu apoiadores no Catamaran para o lançamento da sua pré-candidatura a deputado estadual. Maior expoente da causa animal em Pernambuco, Romero demonstrou força no evento e reúne todas as credenciais para ser uma das principais apostas do PP para a Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Inocente quer saber – Mendonça Filho também fará elogios a Lula como seu companheiro de chapa Armando Monteiro?
PROS fecha com Marília Arraes
O deputado federal João Fernando Coutinho, presidente estadual do PROS, bateu o martelo e apoiará a candidatura de Marília Arraes ao governo de Pernambuco. O acordo foi selado no dia de ontem e o anúncio oficial deverá ocorrer nos próximos dias. Marília já tem três partidos, PT, Avante e PROS, podendo conquistar outras legendas.
Coluna do blog desta sexta-feira
PDT pode ficar com Marília Arraes e indicar José Queiroz na majoritária
O PSB estabeleceu um diálogo muito forte com o presidenciável Ciro Gomes no sentido de formalizar uma aliança nacional, inclusive o governador Paulo Câmara o recebeu no Palácio do Campo das Princesas recentemente dando demonstrações de que a aliança poderia avançar. Na reta final, com o aceno de Paulo Câmara a Lula e ao PT, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, ficou muito chateado com a postura do governador, que na sua ótica estava agindo como biruta de aeroporto, e decidiu que só haverá aliança em Pernambuco se o PSB integrar a coligação nacional de Ciro, fato que no momento está difícil de se consolidar, pra não dizer impossível.
A insatisfação de Lupi trouxe um elemento importante para a equação em Pernambuco, pois ele poderá levar o PDT a apoiar a candidatura de Marília Arraes, que por sua vez estará com a incumbência de representar dois palanques de esquerda em Pernambuco, o do PT e o do PDT. Ao partido caberia a indicação de um nome para a majoritária, que seria o ex-prefeito de Caruaru, José Queiroz.
Tem pesado a favor da aliança os votos de legenda que Marília Arraes poderá garantir para a sua coligação, permitindo que sejam eleitos de cinco a seis deputados federais. É possível que a candidatura de Marília permita que um deputado federal seja eleito com a menor quantidade de votos dentre as três principais coligações e isso beneficiaria Wolney Queiroz, que precisa renovar o mandato e gostaria de integrar uma chapa que necessitasse de menos votos do que a Frente Popular.
A entrada do PDT na coligação de Marília Arraes além de consolidar o molho de esquerda que ela tem conquistado a cada momento, lhe daria mais tempo de televisão, uma vez que o PDT é um partido médio que agregaria alguns segundos para a apresentação do projeto dela na TV e no rádio. Se confirmada a chegada do PDT para a coligação de Marília Arraes, ficará evidenciada a fragilidade do PSB, que namorou com Ciro e com Lula e acabou perdendo os dois partidos para a oposição.
Retomada – Os partidos que integram a Frente Popular retomaram as negociações para lançar uma chapinha para deputado federal. A reunião ocorreu na sede do PP com a presença dos deputados Eduardo da Fonte, Kaio Maniçoba, Wolney Queiroz e João Fernando Coutinho, e ficou decidido que no dia 3 de agosto eles terão nova reunião para oficializar uma possível chapinha de federal.
Competitividade – Após oficializar o apoio do centrão, incluindo DEM, Solidariedade, PR e PP, Geraldo Alckmin ganhou significativa competitividade na disputa pelo Palácio do Planalto. Alckmin terá o maior tempo de televisão dentre os presidenciáveis e contará com Josué de Alencar, filho do ex-vice-presidente José de Alencar, na vaga de vice.
Avaliação – No meio político o sentimento generalizado é o de que Armando Monteiro perdeu a posição de antagonista de Paulo Câmara para Marília Arraes. Alguns ousam arriscar que Armando minguará no decorrer da eleição, porque não está conseguindo sair da pecha de candidato do palanque de Temer.
Julio Lossio – O pré-candidato a governador Julio Lossio segue dialogando com atores de todo o estado para consolidar sua candidatura ao Palácio do Campo das Princesas pela Rede Sustentabilidade. Ex-prefeito de Petrolina por duas ocasiões realizando gestões bem-avaliadas, Lossio aposta na fadiga do político tradicional para impulsionar o seu projeto como candidato a governador.
RÁPIDAS
Apoio – A pré-candidata a deputada estadual Edilene Gomes, filiada ao PRP, esposa do prefeito de Escada Lucrécio Gomes, declarou apoio a Lula em sua pré-candidatura para presidente. Edilene tem se movimentado bastante nos últimos dias e além de forte votação no seu município, Escada, tem conseguido avançar bem com apoios para sua candidatura em toda Mata Sul.
Federal – O ex-prefeito de Inajá, Leonardo Martins, oficializou que será candidato a deputado federal pelo PROS. Ele estava alinhando uma candidatura a deputado estadual, mas depois decidiu que o melhor caminho era tentar uma vaga na Câmara dos Deputados deixando o primo Claudiano Filho disputando sozinho o mandato de deputado estadual. No fim, ambos saíram no lucro, pois os dois possuem chances de vitória em outubro.
Inocente quer saber – Eriberto Medeiros terá adversários na disputa pela presidência da Assembleia Legislativa de Pernambuco?
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