O presidente Lula optou por adiar uma possível reforma ministerial neste início de ano, desconsiderando a ideia cogitada no fim de 2023. [Ler mais …]
Lula sanciona lei que endurece punição a crimes contra crianças e adolescentes
O presidente Lula sanciona lei nesta segunda-feira (15) que endurece as punições a crimes contra crianças e adolescentes. A nova legislação inclui os crimes de bullying e cyberbullying no Código Penal, e eleva as penas para outros crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
O bullying é definido como a intimidação sistemática, individual ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais. [Ler mais …]
Ricardo Lewandowski assume Ministério da Justiça e Segurança Pública
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (11) a substituição de Flávio Dino pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski no comando do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Assim, a troca foi oficializada em um pronunciamento no Palácio do Planalto. Flávio Dino deixa o cargo para assumir uma vaga no STF, cadeira essa que ficou vaga com a aposentadoria de Rosa Weber. Lewandowski, por sua vez, saiu do STF em abril deste ano. [Ler mais …]
Coluna da Folha desta terça-feira
IPESPE: Quadro embolado e os ativos de cada postulante para a eleição
O IPESPE em parceria com a Folha de Pernambuco trouxe um quadro de estabilidade em relação ao levantamento anterior, que consolidou a liderança de Marília Arraes (Solidariedade) com 31% das intenções de voto e um empate técnico entre quatro postulações, Raquel Lyra (PSDB) 13%, Anderson Ferreira (PL) com 12%, Danilo Cabral (PSB) com 11% e Miguel Coelho (UB) com 10%.
Se por um lado Marília desponta com franco favoritismo para chegar ao segundo turno, os demais nomes têm armas que justificarão suas postulações ao longo da campanha propriamente dita que começa a partir de hoje. Raquel Lyra mostra que estabilizou nos 13%, números que evidenciam que ela está longe de ficar fora do jogo, pois possui boa imagem e conta com a simpatia do eleitorado por um perfil feminino já observada nas duas opções que tentam o governo de Pernambuco. A tucana terá agora a missão de não só consolidar seus números, como ampliá-los devido a sua forte inserção no segundo maior colégio eleitoral do estado, o agreste.
Na terceira colocação, Anderson Ferreira conta com a vinculação do voto com o presidente Jair Bolsonaro, a medida que o eleitor bolsonarista tiver que se decidir, deverá avaliar com atenção a opção de casar o voto com o correligionário do presidente. Este apelo certamente será muito forte para alavancar Anderson em busca da segunda vaga no segundo turno.
Quarto colocado, Danilo Cabral tem três ativos importantes: a vinculação com Lula, o maior guia eleitoral dentre os candidatos e a ampla frente política que lhe dá sustentação. O socialista já atingiu dois dígitos e poderá dobrar suas intenções de voto até o dia 2 de outubro por ter o maior volume de campanha dentre os postulantes. Será surpresa se Danilo não consolidar as expectativas e buscar a ida ao segundo turno.
Mais jovem dentre os postulantes, Miguel Coelho também tem o que comemorar, pois tem o maior guia eleitoral da oposição, uma gestão aprovada para defender e ostenta dois dígitos mesmo sendo o candidato mais desconhecido dentre as opções. Miguel também conta com a rejeição mais baixa, o que poderá ajudá-lo, a medida que vencer a barreira do desconhecimento, a crescer e lutar pela segunda vaga ao segundo turno. Todos estes nomes, com suas armas, possuem condições reais de chegar a segunda etapa na eleição mais atípica dos últimos tempos para governador de Pernambuco.
Senado – A polarização nacional entre Lula e Jair Bolsonaro já se replica na disputa pelo Senado, Teresa Leitão (PT) e Gilson Machado (PL), mesmo ainda com um número significativo de indecisos, já começam a polarizar a disputa por uma vaga na Câmara Alta. André de Paula (PSD) vem logo atrás, mas dependerá muito de Marília Arraes para consolidar sua postulação e sagrar-se vitorioso.
Fortalecido – O deputado federal Luciano Bivar, que inaugura seu comitê logo mais, vem ampliando de forma substancial suas bases e deverá consolidar sua reeleição pelo União Brasil. O presidente nacional da legenda tem grandes chances de ser reeleito junto com o seu correligionário Fernando Filho.
Inocente quer saber – Anderson Ferreira capitalizará o voto bolsonarista e chegará ao segundo turno?
Coluna da Folha desta quinta-feira
Rio, SP e Minas deverão determinar resultado da eleição presidencial
Dos cinco maiores colégios eleitorais do país, três estão na região Sudeste, responsável por 42,64% do eleitorado brasileiro. Com 34 milhões de eleitores, São Paulo é considerado um estado-chave para a eleição de qualquer presidente da República, seguido por Minas Gerais com 16 milhões e Rio de Janeiro com 12 milhões, que junto com o Espírito Santo, chega a 66 milhões de eleitores.
Essa região historicamente foi determinante para as disputas presidenciais e atualmente ela configura um empate técnico entre os dois principais nomes, Lula e Jair Bolsonaro, na disputa presidencial. Ter bom desempenho nestes três estados é uma partida que pode compensar eventuais fracassos em outras regiões do país, como o próprio Nordeste, que é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 27%.
Apesar da vantagem de Lula sobre Bolsonaro em todos os levantamentos divulgados, não se pode menosprezar a força destes colégios eleitorais que se penderem para um determinado lado podem consolidar o resultado da eleição. Nos três estados, Lula e Bolsonaro possuem palanques competitivos, em São Paulo, avançou a costura para que Marcio França abdique da candidatura ao Palácio dos Bandeirantes para apoiar Fernando Haddad, garantindo um palanque robusto a Lula, que terá como principal adversário o ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Em Minas Gerais, Lula costurou um apoio ao ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), que enfrentará o atual governador Romeu Zema (Novo), que converge para apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro, apesar de seu partido ter candidato a presidente. No Rio de Janeiro, Lula terá como candidato o deputado federal Marcelo Freixo (PSB), enquanto Bolsonaro será apoiado pelo atual governador Cláudio Castro (PL).
O voto casado para governador e presidente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais será buscado pelos presidenciáveis a fim de avançar rumo à vitória, uma vez que não há mais dúvidas quanto a polarização consolidada entre as duas maiores lideranças políticas do país.
Compromisso – A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado (PT), além de apoiar Danilo Cabral (PSB) para governador manteve seu compromisso com o seu antecessor Luciano Duque (Solidariedade) para deputado estadual. A postura da prefeita foi uma demonstração de lealdade e compromisso tanto com seu partido quanto com seu aliado.
Toritama – O prefeito de Toritama, Edilson Tavares (MDB), que faz uma gestão bem-avaliada no município manterá seu apoio a Raul Henry (MDB) para deputado federal e oficializou o apoio a Miguel Coelho (União Brasil) para o governo de Pernambuco. Tavares deverá alavancar seus candidatos no município pela forma que conduz a prefeitura.
Reforço – Sucessor de Luciano Bivar na disputa para a Câmara dos Deputados, o presidente estadual do União Brasil, Marcos Amaral, conquistou o apoio do prefeito de Goiana, Eduardo Honório. O União Brasil pretende eleger três parlamentares, dentre eles o próprio Amaral.
Prestação – Em busca do terceiro mandato na Câmara Federal, Daniel Coelho (Cidadania) realiza nesta quinta-feira uma prestação de contas do seu mandato no Clube Internacional a partir das 18:23 horas.
Inocente quer saber – O Auxílio Brasil começou a reduzir a vantagem de Lula sobre Bolsonaro nos rincões do país?
Coluna da Folha desta quinta-feira
Polarização nacional começa a beneficiar nomes da Frente Popular e do PL
As disputas para governador e senador em Pernambuco sempre tiveram forte influência da disputa nacional, onde a vinculação com os presidenciáveis de alguma maneira alavancava candidatos, vide Jarbas Vasconcelos e Fernando Henrique Cardoso em 1998, Eduardo Campos e Lula em 2006, e Paulo Câmara e Marina Silva em 2014 que acabaram majoritários no estado.
Na disputa de 2022 a história se repete, com dois polos claramente delimitados, o de Lula, representado por Danilo Cabral e Teresa Leitão e o de Jair Bolsonaro, que tem Anderson Ferreira e Gilson Machado Neto como expoentes do projeto de reeleição do presidente em Pernambuco. Como há uma forte presença dos dois presidenciáveis na disputa local, o que se repetirá em vários estados, os demais nomes, Marília Arraes, Miguel Coelho e Raquel Lyra terão o desafio de convencer o eleitor de um dos presidenciáveis a fazer a opção pelo seu projeto.
Isso até aconteceu na eleição de 2006, quando Eduardo Campos conseguiu suplantar Humberto Costa no primeiro turno, mas uma série de fatores acabaram beneficiando o socialista à época, que foi o alvejamento de Humberto Costa na operação dos Sanguessugas que estancou o ritmo de crescimento do petista e lhe tirou do segundo turno. Mas Eduardo se diferenciou naquela ocasião por três motivos muito importantes, era neto de Arraes e soube utilizar bem essa condição, foi ministro de Lula e também soube aproveitar e convencia como poucos tanto no guia eleitoral quanto nos debates, o que o levou à vitória.
Por isso, em que pese números distintos em pesquisas eleitorais, a pujança eleitoral de Anderson Ferreira e Gilson Machado e de Danilo Cabral e Teresa Leitão, alavancados por Bolsonaro e Lula, respectivamente, não deve ser menosprezada e poderá mudar completamente o quadro eleitoral a medida que a disputa entre definitivamente na pauta do povo.
Nova delegacia – O governador Paulo Câmara inaugura, nesta quinta-feira, mais uma Delegacia de Polícia Especializada em Atendimento à Mulher. A nova unidade está instalada no município de Salgueiro, Sertão Central. Em seguida, ele cumpre programações nas cidades de Ipubi, Ouricuri e Exu, no Sertão do Araripe, anunciando mais investimentos do Plano Retomada.
Anúncio – O pré-candidato a governador pelo União Brasil, Miguel Coelho, mesmo tendo o apoio de Podemos, Patriota e PSC, fez a opção de formar uma chapa puro-sangue e anunciará nesta quinta-feira o nome da deputada estadual Alessandra Vieira como pré-candidata a vice-governadora.
Governador – O ex-presidente e atual senador da República, Fernando Collor (PTB) bateu o martelo e será candidato a governador de Alagoas. O petebista receberá o apoio do presidente Jair Bolsonaro na disputa e participou de uma motociata ao lado do chefe do Planalto em Maceió.
Dobradinha – No segundo mandato como vereador do Recife, Alcides Teixeira Neto (PSB) apoiará novamente o deputado federal Augusto Coutinho (Republicanos) para a Câmara dos Deputados. Alcides atingiu uma expressiva votação em 2020 e deverá ajudar a alavancar o projeto de reeleição de Augusto na capital pernambucana.
Inocente quer saber – Mendonça admitirá disputar o Senado durante o anúncio de Alessandra como vice de Miguel?
Coluna da Folha desta quinta-feira
Bolsonaro pode fazer aceno a eleitorado feminino e ao agronegócio
O presidente Jair Bolsonaro, que vem encontrando resistências significativas perante o eleitorado feminino para garantir sua reeleição, poderá desistir da ideia de indicar o general Braga Netto para a sua chapa como postulante à vice-presidência e apostar num dos melhores nomes da sua equipe: a ex-ministra Tereza Cristina.
A escolha além de ampliar o palanque, que contaria com a presença do PP, partido de Tereza, na chapa presidencial, seria um reforço junto ao agronegócio, um dos pilares de sustentação do governo no setor produtivo, ajudaria junto ao eleitorado feminino, extremamente refratário ao presidente em pesquisas sucessivamente divulgadas. Ter uma mulher na chapa presidencial seria um contraponto importante ao seu principal concorrente, o ex-presidente Lula, que optou por Geraldo Alckmin como vice.
O centrão, que foi o grande pilar de sustentação do governo diante das diversas crises, tem forte simpatia pela ideia, e já trabalha abertamente pela escolha. O nome do general Braga Netto é tido como uma opção que não agregaria absolutamente nada ao projeto de reeleição do presidente, pois seria pregar para convertidos, tendo dois militares na chapa presidencial.
Tereza, por sua vez, é pré-candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, e desponta como significativo favoritismo, uma vez que a atual mandatária, Simone Tebet, abdicou da reeleição para ingressar na disputa presidencial pelo MDB. E trocar uma eleição encaminhada pela tentativa pelo Planalto não é uma equação das mais fáceis, porém em nome da perspectiva de contribuir para a reeleição do presidente, as chances de Tereza ser escolhida e topar a empreitada aumentaram substancialmente nos últimos dias.
Inserções – O presidente estadual do MDB, deputado federal Raul Henry, foi a grande estrela das inserções do partido veiculadas no estado. Apesar de ser natural, apenas o senador Jarbas Vasconcelos, em menor escala, esteve nas chamadas do partido, enquanto as mulheres pré-candidatas, Iza Arruda e Priscila Ferraz, ficaram de fora das peças.
O fico – Cada vez mais gente aposta na possibilidade de o deputado federal Eduardo da Fonte permanecer na Frente Popular. Ele, que é presidente estadual do PP, pode fazer a conta eleitoral do seu partido para garantir sua reeleição e a eleição de Lula da Fonte para a Câmara Federal, e a aliança com o PSB pode ser o melhor caminho a ser tomado.
De saída – Se por um lado Eduardo da Fonte pode ficar na aliança com o PSB, o deputado federal Sebastião Oliveira (Avante) já é dado como certo no palanque de Marília Arraes na condição de pré-candidato a vice-governador. Apesar dos rumores, Sebá nega que já tenha definido seu caminho.
Recursos – O prefeito do Recife, João Campos, esteve reunido com integrantes bancada federal em Brasília para garantir recursos para a capital pernambucana. João quer consolidar a sua gestão no segundo semestre e conta com a chegada de mais verbas federais para alavancar obras de habitação, saúde, infraestrutura e educação, áreas prioritárias para a sua gestão.
Inocente quer saber – Tereza Cristina topará ser vice de Jair Bolsonaro?
Coluna da Folha desta sexta-feira
Crescimento do PIB vira ativo de Jair Bolsonaro para a reeleição
Além do crescimento da geração de empregos no país, quando o Brasil chegou a 96,5 milhões de pessoas ocupadas, atingindo o maior número da série histórica iniciada em 2012, ontem tivemos novo resultado que consolida a retomada da economia após os efeitos nefastos da pandemia da Covid-19, que foi o crescimento de 1% do PIB no primeiro trimestre de 2022. Esse número acontece após o Brasil atingir um crescimento de 4,6% no ano de 2021. Os números atingem 1% comparado ao trimestre anterior, mas se comparado ao primeiro trimestre do ano passado, ele atinge um crescimento de 1,7%.
Inclusive isso mostra a perspectiva de revisão do crescimento do PIB de 2022, que chegou a ter projeções de crescimento negativo e que agora pode atingir um crescimento final de 1,5% nas atuais projeções, podendo findar 2022 com até 2% de crescimento, o que consolidaria a economia do país a retomada de níveis pré-pandemia, como o desemprego que já superou a marca atingida em 2016 e ainda há horizonte de chegar a um dígito.
Apesar das boas notícias com os indicadores do emprego e do PIB superando as expectativas, o Brasil ainda tem um desafio significativo, que é a inflação acumulada. Ela ainda está em dois dígitos e isso tem prejudicado o poder de compra da população, sobretudo aquela que vive com menor renda, a mais afetada pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis.
Se o presidente Jair Bolsonaro conseguir reduzir a inflação a um dígito até o período eleitoral, atrelada a essas situações de ciclo positivo do PIB e do emprego, terá um tripé econômico para justificar a renovação do seu mandato. A economia é quem dita o rumo da política, foi assim com a vitória de Fernando Henrique Cardoso em 1994 por conta do Plano Real, e a reeleição de Lula em 2006, que mesmo alvejado pelas denúncias do mensalão, foi reeleito porque a economia estava de vento em popa. Os dados do segundo e do terceiro trimestre de emprego, PIB e inflação serão determinantes para o projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Apelo – O presidente Jair Bolsonaro apareceu ontem nas inserções do PL com um discurso voltado para os jovens, família e fé, evidenciando que a pauta de costumes será novamente um dos seus ativos na busca pelo segundo mandato. “Sem pandemia, sem corrupção, com Deus no coração, seremos uma grande nação”, afirmou o presidente no vídeo.
Inserções – Quem também tem estrelado as inspeções na televisão do PSB é o pré-candidato a governador Danilo Cabral. Nas peças, o parlamentar reforça seu compromisso com a educação, os laços com Eduardo Campos e a aliança com o ex-presidente Lula para chegar ao Palácio do Campo das Princesas.
Expulsão – O Partido dos Trabalhadores decidiu expulsar todos os seus filiados com funções partidárias que declararem apoio à pré-candidata Marília Arraes (SD) a governadora. O PT quer engajamento total com o projeto de Lula, Danilo e Teresa em Pernambuco para levar a Frente Popular a nova vitória em outubro.
Inocente quer saber – Quantos deputados federais e estaduais elegerá o União Brasil em Pernambuco?
Coluna da Folha deste sábado
PSB pode eleger até vinte estaduais e reforçar Danilo Cabral
Além de representar um grupo que venceu as últimas quatro eleições para governador e as últimas três para prefeito do Recife e contar com a coligação partidária mais forte das eleições deste ano, a pré-candidatura do deputado federal Danilo Cabral ao governo de Pernambuco poderá se fortalecer nos próximos meses e na eleição propriamente dita por conta do exército de deputados estaduais e federais que disputarão apenas pelo PSB, sem contar com os postulantes dos demais partidos.
Numa conta preliminar, as chapas de deputado federal e estadual têm, respectivamente, 1 milhão de votos e 1,5 milhão. Esse números podem garantir até sete vagas para a Câmara dos Deputados e até vinte vagas para a Assembleia Legislativa de Pernambuco para as chapas do PSB. Com dois potenciais puxadores de voto, Pedro Campos para federal e Gleide Angelo para estadual, o PSB possui as melhores chapas proporcionais das eleições deste ano.
No caso específico do deputado estadual, que é o político mais próximo do eleitor dentre os postulantes desta eleição, a pré-candidatura de Danilo Cabral larga na frente porque seus partidos podem emplacar até 35 eleitos em outubro, o que poderá ajudá-lo a não só crescer nas pesquisas como consolidar sua ida ao segundo turno.
Faltando pouco menos de três meses para a oficialização das candidaturas através das convenções partidárias, ter esse exército de prefeitos, deputados estaduais e deputados federais será, sem sombra de dúvidas, um dos maiores ativos da postulação socialista, que deverá se fortalecer juntamente com o apoio oficial do ex-presidente Lula, maior eleitor de Pernambuco que estará em seu palanque.
Ausências – Além de Danilo Cabral, que testou positivo para a Covid-19, o pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin levará falta no lançamento da chapa presidencial encabeçada por Lula neste sábado. Alckmin também testou positivo e não poderá estar presente. Pré-candidata à governadora pelo Solidariedade, Marília Arraes também não poderá comparecer pelo fato de sua filha caçula estar doente.
Liberdade – Na solenidade de abertura da exposição “Liberdade e Imprensa – o papel do jornalismo na democracia brasileira”, o presidente do STF, Luiz Fux, afirmou que restrições à liberdade de imprensa “tornam a democracia uma mentira e a Constituição Federal uma mera folha de papel”. Em seu discurso, Fux salientou que a liberdade de imprensa permite a autodeterminação da sociedade brasileira para fazer suas escolhas políticas e sociais.
Recorde – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Edson Fachin, comunicou que a Justiça Eleitoral atingiu o recorde histórico de 1.738.808 atendimentos presenciais e pela Internet somente na última quarta (4). A data foi o último dia para emissão do título de eleitor, transferência ou regularização de pendências antes do fechamento do cadastro eleitoral.
Conquista – O pré-candidato a governador do União Brasil, Miguel Coelho, que já contava com o Podemos, conquistou mais um partido para a sua coligação, trata-se do PSC, que era presidido pelo deputado federal André Ferreira que migrou para o PL para disputar a reeleição.
Inocente quer saber – Pode acontecer reviravolta em alguma chapa majoritária em Pernambuco nos próximos dias?
Coluna da Folha desta quarta-feira
Lula e o PT reforçam laços com o PSB após indicações de Teresa e secretários
A Frente Popular deu novos passos no dia de ontem para reforçar o desenho que terá na chapa majoritária de outubro. O Partido dos Trabalhadores anunciou a indicação da deputada estadual Teresa Leitão para a chapa encabeçada pelo deputado federal Danilo Cabral (PSB), enquanto no governo Paulo Câmara dois quadros históricos do partido, Edilazio Wanderley e Oscar Barreto assumiram as secretarias de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude e de Cultura, respectivamente.
Além da escolha de uma mulher que representa uma trajetória de luta em defesa da educação em seus mandatos na Assembleia Legislativa de Pernambuco para disputar o Senado, sendo por enquanto a única mulher no páreo para a Câmara Alta em outubro, a chegada de Edilazio e Oscar reforça também o compromisso do governo socialista com os segmentos sociais, que tiveram pautas extremamente prejudicadas pela postura do governo Jair Bolsonaro.
As ações reforçam o avanço para que Danilo Cabral represente de forma bastante clara ao eleitor pernambucano o palanque do ex-presidente Lula no enfrentamento a Bolsonaro e naturalmente as suas pautas, o que reforça o caminho adotado pela Frente Popular construído por Miguel Arraes, Pelópidas da Silveira, Eduardo Campos e Paulo Câmara que será representado pela dobradinha em Pernambuco para eleger Danilo Cabral governador e Lula presidente em outubro deste ano. As indicações do PT também deixam muito claro que o ex-presidente Lula teve suas digitais na formatação do projeto da Frente Popular, apontando que a eleição de Danilo e Teresa será uma prioridade absoluta para o ex-presidente.
Boné e chapéu – Após o deputado federal Milton Coelho (PSB) sugerir que o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) pegasse seu boné e saísse da Frente Popular, um aliado do progressista em reserva fez a seguinte declaração: “Não teve boné mas teve chapéu”, em alusão ao chapéu de palha entregue por Marília Arraes ao ex-presidente Lula em evento do Solidariedade em São Paulo. O PP é esperado na coligação liderada pela deputada Marília Arraes.
Dobradinha – A aliança entre André de Paula e Eduardo da Fonte que rendeu a indicação do pré-candidato do PSD ao Senado sinalizou para uma aliança conjunta. Com a indicação de Teresa Leitão na Frente Popular, ninguém tem mais dúvidas que PP e PSD marcharão com a postulação de Marília Arraes, pois tanto André quanto Eduardo declararam voto em Lula para presidente da República.
Esperados – Um aliado de Marília Arraes em reserva considera que será plenamente possível a chegada dos deputados federais Sebastião Oliveira (Avante), Wolney Queiroz (PDT) e Silvio Costa Filho (Republicanos) para o palanque encabeçado pela postulante do Solidariedade. O primeiro pela proximidade com Eduardo da Fonte, o segundo pela importância do PDT para fortalecer a chapa e o terceiro pela relação do ex-deputado Silvio Costa com Marília, que já a apoiou na pré-campanha de 2018.
Inocente quer saber – Wolney Queiroz e Sebastião Oliveira ficam na Frente Popular ou apoiam Marília Arraes?