Os movimentos do governador Paulo Câmara de se aproximar do ex-presidente Lula trazem efeitos muito claros no estado. O primeiro deles é a retirada da candidatura de Marília Arraes pelo PT, e o consequente afastamento de outros nomes da Frente Popular, como Jarbas e Augusto Coutinho.
Porém o principal efeito se dá no sentido de que a eleição que estava colocada para três candidaturas mais robustas, no caso PSB, PT e PTB como se desenhava e que beneficiava Paulo pois dividiria a oposição, caminha para ser plebiscitária.
Se entendendo com Lula, Paulo Câmara está mandando Jarbas, Armando, Fernando e os ministros se entenderem.
Numa eleição de apenas dois nomes pelo governo, como em 2014, prevalecerá a avaliação do governo e do governador, como Eduardo Campos montou algo que isolasse Armando, a sua boa avaliação e a comoção gerada pela sua morte impulsionaram a candidatura de Paulo Câmara.
Numa eleição novamente plebiscitária, prevalecerá a avaliação de Paulo Câmara, que hoje não é boa perante os pernambucanos. Há suspeitas de que a decisão do governador de se reaglutinar com o PT para melar a candidatura de Marília Arraes e isolar Armando Monteiro não foi a mais correta a ser tomada.