Essa imagem é do ato em Ipojuca com a presença do ex-presidente Lula. Como se pode observar, pouquíssimas pessoas no evento, muito distante do que um dia já foram as manifestações a favor de Lula e do PT. Se Lula queria essas movimentações pelo Nordeste para ter um termômetro da sua candidatura, a resposta não foi das melhores. Lula já não é o mesmo.
Em café da manhã, Armando e Lula avaliam conjuntura nacional
O senador Armando Monteiro (PTB-PE) teve um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta sexta-feira (25). As lideranças tomaram café da manhã no hotel em que o petista está hospedado, no Recife. Na ocasião, Armando e Lula fizeram uma análise da conjuntura nacional e do processo político regional.
“Todas as vezes que o ex-presidente Lula vem a Pernambuco nunca deixei de recebê-lo, de visitá-lo. Nossas relações são políticas, mas também pessoais. E esse encontro se insere nesse contexto”, afirmou Armando Monteiro.
Armando Monteiro destacou que a relação com o ex-presidente vem de muitos anos, através de sua família. O petebista frisou a amizade entre Lula e o ex-ministro Armando Monteiro Filho, pai do senador.
“Temos uma relação de amizade, de civilidade e de companheirismo que sempre existiu e não mudaria agora. Continuamos a manter a melhor relação com o ex-presidente”, disse Armando Monteiro.
A estratégia de Lula no Nordeste
O ex-presidente Lula vem dando mais uma demonstração do quanto é um brilhante articulador político e porque foi eleito, reeleito e fez a sucessora duas vezes.
Lider nas pesquisas, Lula sabe que não tem condições de crescer mais do que isso no primeiro turno e por isso quer chegar no segundo turno pelo menos em viés de estabilização. Ele sabe que o PT não terá a estrutura de 2006, 2010 e 2014 que conseguiu permitir as três vitórias nas últimas eleições, portanto não quer correr risco.
Em Alagoas se aproximou do governador Renan Filho e do senador Renan Calheiros, para ter um palanque estruturado para pelo menos lhe garantir a vantagem que ele possui no estado. Não cabia a ele inventar candidato do PT pra perder. Ele sabe que o governador Renan Filho tocará a sua campanha sem precisar ele desembolsar um real.
Em Pernambuco não foi diferente, Lula estimulou a candidatura de Marília Arraes para tê-la como uma isca para atrair o PSB, que mesmo mal-avaliado detém a máquina e poderá permitir pelo menos 40% dos votos para Paulo Câmara e garantir a vantagem que Lula tem. O PSB mordeu a isca.
Assim como em Alagoas, Lula terá em Pernambuco um palanque de governador tentando reeleição sem precisar desembolsar um centavo. Na equação de Lula, Bahia, Pernambuco, Paraiba e Alagoas já dão uma maioria significativa no Nordeste que garante a sua presença no segundo turno.
Nas costuras que ele vem fazendo, ele mostra que continua sendo um exímio articulador político. Que pensa e age estrategicamente. Os “aliados” só contam com o percentual de votos que ele tem, acreditando que ele terá muito poder de transferência. Se houver qualquer fato novo, essa turma vai ter que obrigatoriamente marchar com Fernando Haddad, um ilustre desconhecido do Nordeste, pois não haverá condições para marcha a ré em pleno ano de 2018.
Paulo x Fernando à vista em 2018
De acordo com uma fonte que é próxima ao ex-presidente Lula, o caminho do PT será mesmo alinhavar a aliança com o PSB em Pernambuco com a contrapartida de os socialistas apoiarem o projeto nacional do PT, que não seria difícil uma vez que Carlos Siqueira, Paulo Câmara e Ricardo Coutinho, não possuem nenhuma ressalva pela união entre as duas siglas.
Neste contexto a candidatura de Marília Arraes a governadora seria sacrificada e sepultava qualquer possibilidade de o PT marchar com Armando Monteiro.
Este, por sua vez, tem sido aconselhado por aliados a fechar questão para a reeleição ao Senado na chapa de Fernando Bezerra Coelho, que ainda nutre o desejo de ter Jarbas Vasconcelos em seu palanque e por isso pediu um tempo a Romero Jucá para encontrar uma saída negociada, uma vez que Jarbas e Lula são como água e óleo, não se misturam.
O desenho está se confirmando para um clássico em 2018 tendo o candidato a governador e o candidato a senador da mesma chapa em 2014 disputando o Palácio do Campo das Princesas.
Lula visitará Renata Campos às 19 horas
O ex-presidente Lula fará uma visita a viúva do ex-governador Eduardo Campos, Renata Campos, às 19 horas na residência dela ao lado da viúva do ex-governador de Sergipe Marcelo Deda, a jornalista Eliane Aquino.
A visita a Renata ocorre com a oposição de Marília Arraes e de outras lideranças do PT em Pernambuco. Mas quando Lula coloca um negócio na cabeça não tem quem tire.
Os dois palanques de Lula em Pernambuco
No PT pernambucano há um entendimento que não tem condições políticas para que o partido venha a marchar com a reeleição de Paulo Câmara, porém tem quem entenda que não seria de todo mal para Lula e o PT ter dois palanques em Pernambuco, que seria o governador Paulo Câmara disputando a reeleição e Marília Arraes sendo candidata a governadora.
Num eventual segundo turno onde Marília ficasse de fora, o PT apoiaria Paulo Câmara contra o candidato da oposição. Esse assunto inclusive deve ser tema da conversa de Lula com próceres do PSB no estado.
A agenda paralela de Lula em Pernambuco
Além da agenda oficial do ex-presidente Lula que virá a Pernambuco nesta quinta-feira para fazer pré-campanha rumo ao Planalto, que foi amplamente divulgada, há pelo menos três compromissos que não foram divulgados na agenda oficial.
Lula fará uma visita a Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos, numa sinalização de que pode haver reaproximação de PT e PSB em Pernambuco.
Assim como na conversa com Renata, Lula também deverá ter uma agenda com o governador Paulo Câmara, que já conversou recentemente com Fernando Haddad.
Por fim, Lula também terá uma conversa de bastidor com o senador Armando Monteiro.
A divulgação de tais encontros só será feita se houver interesse de ambas as partes mandar algum tipo de recado, mas a princípio só ficará nas coxias até segunda ordem.
Inclusive um integrante do PT que descarta aliança com Armando Monteiro, afirma que Lula poderá ter dois palanques em Pernambuco, o de Marília Arraes e o de Paulo Câmara.
Coluna do blog desta quarta-feira
Privatização da Eletrobras é sinônimo de um novo tempo para o Brasil
O governo Fernando Henrique Cardoso implementou uma série de privatizações que já haviam sido iniciadas no governo Fernando Collor e no governo Itamar Franco, a primeira delas foi a Companhia Siderúrgica Nacional, que saltou de R$ 1,5 bilhão o seu faturamento em 1994 para R$ 12 bilhões em 2010, ainda no governo Collor.
A Usiminas quintuplicou seu faturamento, enquanto a Embraer amargou um prejuízo de R$ 321 milhões em 1994 e em quase vinte anos passou a dar lucro de R$ 600 milhões. Já a Vale do Rio Doce que era superavitária em 1997 com 325 milhões de dólares de lucro, saltou seis anos depois da sua venda para 1,5 bilhão de dólares. Além disso saltou de 19% do mercado mundial para 33%, evidenciando seu ganho financeiro atrelado a uma grande eficiência produtiva.
O caso mais emblemático foi o das Teles, onde o Brasil universalizou a telefonia, saindo do tempo das cavernas que necessitava de quatro meses para instalar uma linha telefônica para uma semana, além do mais era preciso declarar em imposto de renda uma linha telefônica porque era considerada patrimônio de tão caro que era.
Os números mostram claramente que a falácia criada contra a privatização não passa de um devaneio do PT e de seus aliados para a disputa política e eleitoral. O tempo se encarregou de mostrar que a privatização serviu para dar eficiência produtiva a empresas que serviam de meros cabides de empregos. As que seguiram nas mãos do estado, vide Correios, Eletrobrás e Petrobras, foram verdadeiramente assaltadas pelos governos de ocasião.
Os Correios estão sucateados, a Petrobras foi responsável pelo maior esquema de corrupção já visto no Brasil e a Eletrobras tem uma dívida de R$ 23 bilhões, maior do que seu valor de mercado, que é de R$ 20 bilhões. Ontem o governo federal anunciou a privatização da Eletrobras, bem como o programa de parcerias e investimentos que irá realizar 57 projetos de privatização ou concessão de portos, aeroportos, estradas e empresas públicas.
O mercado financeiro comemorou como se comemora uma Copa do Mundo, tanto que a Bovespa chegou a 70 mil pontos, um dos melhores resultados dos últimos anos. O governo Temer encontrou nas privatizações o caminho para dar um salto para o futuro do Brasil, prejudicado nos últimos treze anos por uma política estatizante e contrária a tendência de mercado mundial. O Brasil a partir da privatização da Eletrobras e de outras estatais estará caminhando a passos largos para um novo tempo e a crise econômica que gerou 14 milhões de desempregados poderá ser olhada pelo retrovisor, significando apenas um período sombrio para o nosso país que fará parte do passado.
Afinados – O senador Fernando Bezerra Coelho fez rasgados elogios ao colega Armando Monteiro durante sessão na Comissão de Assuntos Econômicos. O gesto de Fernando, que é pré-candidato a governador, não deixa nenhuma dúvida quanto a excelente relação que ambos possuem e mostra que as chances de Armando ser candidato a senador na sua chapa são maiores do que muita gente pensa.
Aliança – Durante entrevista ao Roda Viva, o vice-governador de São Paulo Márcio França afirmou que a relação do PSB com o PSDB é a melhor possível e que os partidos podem marchar juntos em Pernambuco. Resta saber se a tucanada de Pernambuco que nutre ódio raivoso pelo PSB irá engolir uma eventual ordem vinda de cima pela aliança entre os dois partidos no estado.
Paulista – Virou unanimidade nos bastidores da política de Pernambuco que o prefeito de Paulista Junior Matuto (PSB) perderá o mandato por abuso de poder econômico. Matuto faz uma gestão contestadíssima pela população de Paulista, que agradecerá aos céus pela sua queda quando for confirmada.
Aliança – Em Alagoas Lula foi recebido pelo camaleão Renan Calheiros e pelo governador Renan Filho. A aliança de ambos não tem uma única afinidade, senão o pragmatismo de Lula e Renan. Lula quer Renan pra semear discórdia dentro do PMDB, como já vem fazendo, e Renan quer Lula para impulsionar sua reeleição em Alagoas, que não está nada fácil.
RÁPIDAS
PSB – Não é apenas no comando do PSB nacional e estadual que há disputas e desentendimentos, a JSB, segmento jovem do partido do governador Paulo Câmara não se entende e deverá ter bate-chapa pelo comando da Juventude Socialista Brasileira no estado. Em 2014 houve um grande desconforto no segmento com a indicação de João Campos, e agora a situação se agravou mais ainda, pois os militantes jovens dizem que o segmento inexiste.
Troca – Foi por unanimidade, decidido através de um Recurso Contra a Expedição de Diploma, que o TRE-PE decidiu favoravelmente a posse da vereadora Cícera Maria (PSDB) em Belém de Maria. Ela assumirá o posto da vereadora Fátima de Inácio (PSB) que teve o diploma cassado por ser irmã da na época, prefeita, Socorro da Saúde. Da decisão cabe recurso que será julgado em última instância pelo TSE.
Inocente quer saber – Armando Monteiro participará de algum evento ao lado de Lula em Pernambuco durante a visita do ex-presidente?
Coluna do blog desta segunda-feira
Palácio ainda sonha com unidade da Frente Popular
A respeito das movimentações em torno de uma aliança com o PT, o Palácio do Campo das Princesas avalia que a construção não seria fácil, uma vez que há um clima de insatisfação dentro do PT em relação ao PSB que se iniciou em 2012 e as feridas não foram curadas. Na ótica de alguns palacianos o governador Paulo Câmara tem dialogado com todos os atores importantes do estado, pois faz parte da liturgia do cargo conversar com todo mundo, mas a prioridade é manter o PSB unido e consequentemente a Frente Popular que o elegeu em 2014.
Não haverá por parte do PSB local nenhum movimento de hostilidade aos Coelho, a ordem é não só respeitar as posições de Fernando pai e Fernando Filho como também tentar construir pontes que evitem a saída de ambos do PSB, uma vez que o êxodo da família colocaria em xeque a unidade da Frente Popular, pois poderia puxar um cordão de insatisfeitos difícil de ser quebrado. A oferta da vaga de vice será refeita a Fernando para ser ocupada por Fernandinho.
A mesma lógica utilizada para Fernando Bezerra Coelho e família, o Palácio pretende agir com o PSDB, utilizando figuras que circulam tanto junto ao governador quanto ao ministro Bruno Araújo no sentido de refazer as pontes através da intriga do bem, como é o caso do deputado Antônio Moraes, presidente estadual do PSDB, que integra a base governista da Alepe. O Palácio quer convencer Bruno Araújo a voltar para a Frente Popular e ser candidato a senador na chapa de reeleição do governador.
Fechando a conta dos Coelho e dos tucanos, Paulo Câmara acredita que estará colocado o melhor cenário para 2018, uma vez que Armando Monteiro e o PT vivem um processo praticamente irreversível de afastamento, e com duas candidaturas do mesmo campo que estavam juntas na eleição passada servirá apenas para dividir a oposição e beneficiar a reeleição do governador. Dos planos para a realidade falta muito, pois não basta o governador estalar os dedos que os Coelho e os tucanos voltarão para o governo, será preciso muito diálogo, muito mea-culpa do Palácio e muito jogo de cintura do governador para convencer essa turma a não romper e apoiá-lo no ano que vem.
Visita – Em encontro realizado ontem, o deputado e vice-líder da oposição na Câmara Federal, Sílvio Costa (Avante), e o ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT) discutiram o fortalecimento da participação de lideranças políticas, sociais, sindicais e comunitárias na agenda do ex-presidente Lula em Pernambuco. Em caravana pelo Nordeste, Lula estará no Recife e Ipojuca nas próximas quinta (24), sexta (25) e sábado (26) e no Sertão do Araripe, no dia 31 deste mês.
Senado – Há um movimento que ainda é incipiente no PSDB que visa convencer o governador Geraldo Alckmin a disputar o Senado por São Paulo no ano que vem e deixar o caminho livre para João Doria ser candidato a presidente. Como serão duas vagas em disputa, Alckmin seria pule de dez para emplacar o mandato. Além disso ele teria o direito de indicar um candidato da sua confiança para disputar o Palácio dos Bandeirantes e em caso de vitória de Doria, ele seria alçado a um importante e robusto ministério.
Blefe – Na Assembleia Legislativa de Pernambuco ninguém acredita que o ex-prefeito de Caruaru José Queiroz será candidato a governador ou a senador no ano que vem. A pré-candidatura não passa de um blefe para valorizar o passe e tentar viabilizar a reeleição de Wolney Queiroz. O destino de José Queiroz será mesmo a Alepe, onde tem um mandato líquido e certo.
Federal – Para não atrapalhar os planos de Tony Gel, que será candidato à reeleição, o Palácio está incentivando Laura Gomes a tentar um mandato de deputada federal para dividir os votos de Caruaru com Wolney Queiroz e João Lyra Neto. Para estadual já existem as candidaturas de José Queiroz, Tony Gel, Fernando Lucena e Erick Lessa.
RÁPIDAS
Na estrada – Além do Pernambuco em Ação, o governador Paulo Câmara, de acordo com o deputado federal Danilo Cabral, estará andando por todas as regiões de Pernambuco com mais intensidade. Paulo irá seguir com assinaturas de ordem de serviço e inauguração de obras até junho de 2018 quando ficará impossibilitado pela justiça eleitoral.
Candidato – Ainda segundo Danilo Cabral, o governador Paulo Câmara é candidatíssimo a reeleição no ano que vem, dissipando qualquer dúvida quanto à possibilidade de ele não tentar um novo mandato. O que gera esse tipo de dúvida, segundo Danilo, é o fato que o governador está preocupado com os problemas de Pernambuco e não com a eleição que só será em 2018.
Inocente quer saber – Com sua “sarrada no ar”, Lula estaria debochando da Lava-Jato que já o condenou em primeira instância?
A disrupção do estado
O termo disrupção vem sendo utilizado mundo afora pelas empresas, sobretudo as multinacionais, que reavaliam seus modelos de negócios para se adaptar as evoluções tecnológicas e humanas e continuar sobrevivendo. Na política e mais precisamente no Brasil, o termo disrupção nunca foi tão pertinente, pois o estado brasileiro deu mostras que é gigante, oneroso e ineficiente. A evolução tecnológica fez com que abdicássemos do telefone fixo para que utilizássemos o celular, que com seus avanços fortalecidos pela internet, permitiu que tivéssemos na palma da mão bancos, hotéis, serviço de transporte, transmissão de mensagens, dentre outros que acabaram ou aprimoraram diversos serviços ofertados antigamente.
No Brasil tivemos a oportunidade de experimentar oito anos de um governo semiliberal, que foi o de FHC, e quatorze anos de governos estatizantes, que foram os dois de Lula e os dois de Dilma Rousseff. As privatizações do governo FHC foram demonizadas pelos adversários e o ex-presidente foi perdendo a batalha da comunicação, mas foi graças à privatização das Teles que conseguimos praticamente universalizar o serviço de telefonia, que hoje é de fundamental importância para a vida de qualquer brasileiro, que hoje não deve se imaginar sem seu smartphone para realizar tarefas da sua vida. Os governos do PT defendiam a intervenção do estado no país, e o consequente inchamento da máquina pública. Passados quatorze anos da chegada de Lula à presidência, chegamos à conclusão de que a máquina estatal só serve para alguns beneficiários dela, como concursados e comissionados, aumentando o custo de muita coisa por conta da nossa burocracia.
O tempo se encarregou de mostrar que um estado inchado e ineficiente pode levar a vida das pessoas a um grave colapso, vide a crise econômica que vivenciamos até o presente momento, e numa amostragem mais recrudescedora da crise, temos o exemplo do Rio de Janeiro, que entrou num ocaso jamais visto devido ao grande nível de corrupção que instauraram naquele estado. A cleptocracia brasileira foi beneficiária desse sistema político que enaltece a burocracia e permite o gasto público a níveis estratosféricos. A relação pública com entes privados, colocando dificuldades pra vender facilidades custou muito caro ao nosso país. O petrolão é produto desse sistema que o PT lutou a vida inteira para instaurar no Brasil.
Presenciamos atualmente o sucateamento dos Correios, da Petrobras e de muitas estatais patrocinado por aqueles que diziam defendê-las das privatizações. O povo brasileiro engoliu a lorota de que privatizar era ruim, e a conta chegou. Estamos passando pela pior crise econômica e política de todos os tempos. Porém nem tudo é para o mal, existem coisas que acontecem de ruim na vida para que a gente possa melhorar. A tecnologia vem permitindo uma aula de disrupção de sistemas de negócios, o Uber veio para suprir um serviço ineficiente, caro e desrespeitoso com os clientes, que eram os táxis, uma aberração que dependia, e ainda depende, do estado para poder funcionar, com situações que legavam ao consumidor o pior serviço possível.
O Netflix simplesmente caminha para acabar com a lógica da TV por assinatura, que é igualmente um serviço caro, ineficiente e regulado pelo estado, hoje você pode assistir filmes e séries na palma da mão por um valor infinitamente menor do que qualquer TV por assinatura que custa os olhos da cara. O AirBnb chegou, para assim como o Uber, revolucionar o sistema de hospedagem no mundo inteiro. Os serviços como AirBnb e Uber além de serem mais baratos, permitem que o proprietário de um carro ou de um imóvel fature um dinheiro extra sendo empreendedor do seu próprio bem. O dinheiro auferido serve para complemento de renda, para pagar a parcela do carro ou do apartamento, etc.
Os exemplos das novas tecnologias que mostram uma disrupção no modo de viver da sociedade, servem inteiramente para o nosso país, que passará por uma eleição presidencial em 2018 e tem uma chance ímpar de discutir o tamanho do estado. Pra quê o governo ficar responsável por portos e aeroportos, rodovias, ferrovias, serviço postal, petróleo, bancos, dentre outros? Pra quê o Brasil ficar refém das famigeradas licitações que custam os olhos da cara ao contribuinte? O brasileiro terá a oportunidade de discutir esses temas com seriedade em 2018, pois teve a chance de desfrutar de dois modelos de governo nos últimos vinte anos, e passar a entender que além de privatização ser boa, ela pode ser moral, legal e ajudar a emagrecer o nosso estado obeso que consome desenfreadamente o dinheiro do contribuinte.
- « Página anterior
- 1
- …
- 20
- 21
- 22
- 23
- 24
- …
- 26
- Próxima página »