O Brasil comemorou neste domingo 15 anos de sanção da Lei 9.615, mais conhecida por Lei Pelé, aprovada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso em 24 de março de 1998. A lei teve como relator o deputado federal Tony Gel e recebeu esse nome em homenagem ao então ministro dos Esportes, Edson Arantes do Nascimento, o ex-jogador Pelé, autor do projeto.
A lei que criou novas normas para o desporto brasileiro fez valer ”questões polêmicas”, como a eliminação da cobrança de transferência dos atletas e a transformação dos clubes em empresas. “É preciso acabar com a escravidão do passe”, disse Tony Gel à época. “É preciso encontrar meios modernos para compensar os investimentos dos clubes”, defendeu o deputado.
As discussões em torno do assunto geraram opiniões divergentes, pois, no final, os jogadores acabavam sendo os principais beneficiados com o fim do passe que os prendia a determinado clube de futebol, mesmo após o fim do contrato. Antes de apresentar seu parecer sobre o Projeto, o deputado Tony Gel viajou o Brasil inteiro e se reuniu com desportistas, profissionais da imprensa e parlamentares, somando conhecimentos e ouvindo sugestões, fazendo da humildade sua principal arma, conforme noticiou a imprensa.
Tony Gel também comentou a convivência que teve com o Rei Pelé no período em que foi relator da Lei. “Pelé é uma pessoa muito simples, sabia ouvir. Ele me dizia: ‘Tony Gel, faça o que você achar que deve fazer’. Certa vez, eu estava no gabinete e alguém me ligou do Ministério dos Esportes. Passaram o telefone e ele próprio me perguntou se eu poderia almoçar com ele. É um cara muito bacana e me deu essa oportunidade de ficar conhecido nacionalmente como relator da Lei Pelé. Depois, recebi uma carta escrita por ele agradecendo por meu trabalho”, ressaltou.
Pernambuco
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tony gel foi relator de dois importantes projetos voltados para as políticas de incentivo ao esporte: o Time PE e o Passaporte Esportivo. A matéria, de autoria do Executivo, beneficia atletas e paratletas com comprovada capacidade técnica para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos.
Por meio dos programas governamentais, lançados pela Secretaria dos Esportes de Pernambuco, na semana passada, os esportistas vão receber auxílio financeiro mensal de R$ 1 mil, passagens rodoviárias ou aéreas para participar das competições, avaliações físicas e acompanhamento especializados nas áreas de nutrição e psicologia, além de seguro de vida e de acidentes.