Partidos sinalizam frente contra Bolsonaro
As eleições presidenciais de 2022 estão distantes, porém as circunstâncias políticas para enfrentar o bolsonarismo no próximo ano têm contribuído para que partidos até então adversários e antagônicos busquem uma convergência para derrotar o que classificam de um mal comum, que seria a permanência de Jair Bolsonaro na presidência da República.
Opositores do presidente falam em frente ampla contra o bolsonarismo, que poderá compreender PT, PDT, PSDB, Democratas, PSB e outros partidos de centro-direita e centro-esquerda com um objetivo comum. Porém, a situação esbarra em projetos pessoais, uma vez que existem ao menos três players que podem querer um voo próprio. São eles: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT), este último de longe o mais competitivo adversário de Jair Bolsonaro.
Chegar ao denominador comum e alcançar a unidade de enfrentamento a Jair Bolsonaro será o grande desafio da oposição, que tem o PT como protagonista e a preço de hoje seria o adversário do presidente no segundo turno, cenário em que é tido como o ideal para o atual presidente ter chances de conquistar o segundo mandato.
Mais do que tratar de nomes, os partidos de centro-esquerda e centro-direita terão que apresentar um projeto que tenha forte apelo popular, mas que também aponte para um caminho de reconstrução do país no pós-pandemia, uma vez que não será tarefa fácil o país se recuperar mesmo que a pandemia perca força ao longo de 2021.
Partidos – O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, comunicou aos ministros as providências que o Tribunal está planejando para acelerar o processo de exame e julgamento das prestações de contas dos partidos políticos. Barroso afirmou querer melhorar a análise das prestações de contas na Corte, por ser um setor, para o ministro, que “não funciona bem”. Barroso disse que “a questão passa tanto por soluções administrativas do próprio Tribunal quanto por alterações de ordem legislativa”.
Força sertaneja – O deputado Antonio Fernando (PSC) foi elogiado pelos colegas parlamentares ao conduzir, pela primeira vez, a Presidência de uma Sessão Ordinária na Casa Joaquim Nabuco, nesta quinta-feira. Antonio Fernando marcou um ponto simbólico: botou Ouricuri de volta ao maior posto da Alepe, exercendo a presidência da sessão. Desde Felipe Coelho (o “Tigre do Araripe”) nenhum parlamentar da cidade havia ocupado a presidência da Assembleia Legislativa, mesmo que interinamente.
Perda – O senador Major Olímpio (PSL/SP) foi o terceiro senador a falecer vítima de Covid-19 aos 58 anos. Antes dele, haviam falecido Arolde de Oliveira (PSD/RJ) e José Maranhão (MDB/PB) por conta da pandemia que já vitimou quase 300 mil brasileiros.
Inocente quer saber – Teremos PT, DEM e PSDB juntos contra Jair Bolsonaro em 2022?