Planalto aposta em combo para a reeleição de Bolsonaro
O Palácio do Planalto trabalha com uma série de pautas positivas para alavancar a imagem do presidente Jair Bolsonaro. Atualmente com 30% de intenções de voto em média e aproximadamente 35% de aprovação, o presidente e candidato à reeleição já prepara a estratégia para sua recuperação. A meta é crescer a aprovação em cinco pontos para pavimentar um cenário de reeleição em 2022.
As armas que o presidente espera garantir são a ampliação da vacinação ao ponto que ela seja concluída com o público-alvo a partir de 18 anos até dezembro deste ano, um programa de transferência de renda mais robusto tanto em valores reais quanto em público alcançado e no crescimento do PIB, já estimado em 6% para 2021.
A receita não é nova, foi utilizada por Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma Rousseff e todos eles lograram êxito na tentativa pelo segundo mandato. Em comum, os presidentes apostaram na transferência de renda e no crescimento da economia para garantir a reeleição. Assim como Lula, que enfrentou o mensalão, teve redução da popularidade e se recuperou por conta da economia, Bolsonaro conseguiu garantir um piso do eleitorado bastante representativo, o que lhe dá condições de viabilizar uma recuperação.
Vale salientar que historicamente os presidentes que tiveram um eleitorado duro como Bolsonaro possui, a exemplo de Lula, foram beneficiados pelo eleitorado mais ao centro, que nem aprova nem desaprova o governo, mas que acaba aplicando o voto útil em quem está no poder ou com boas perspectivas de vencer.
Audiência Pública – O advogado pernambucano Delmiro Campos estará presente em audiência pública da Câmara Federal que vem discutindo a reforma política. O advogado vai falar sobre os “Mandatos Coletivos e Candidaturas Individuais”, no dia 23, às 14h, por meio de videoconferência. Delmiro Campos é Pós-Graduado em Direito Eleitoral e membro-consultor da Comissão Especial de Direito Eleitoral do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.
Fôlego – “Mesmo em momento de crise, gestores municipais podem dar uma respirada. É que com a derrubada do veto pelo Congresso Nacional, a existência de restrições no CAUC, CADIN ou SIAFI não impedirá que as cidades com até 50 mil habitantes recebam verbas de convênios com o Governo Federal”, afirma o advogado Paulo Fernandes Pinto.
Aposentadoria – Próximo de sua aposentadoria no STF, o ministro Marco Aurélio comunicou ao presidente da Corte, Luiz Fux, que permanecerá no cargo até a data-limite para sua aposentadoria compulsória ao completar 75 anos de idade. Em março, Marco Aurélio havia informado sua saída em 5 de julho. Agora, porém, decidiu ficar “até à undécima hora” e diminuir ao máximo o número de processos que ficarão no seu gabinete para o seu sucessor.
Sigilo – Por falta de “demonstração objetiva de uma causa provável a justificar a ruptura da esfera da intimidade do impetrante”, o ministro Dias Toffoli, do STF, suspendeu a quebra de sigilo telemático e telefônico de Zoser Plata de Araújo, ex-assessor do general Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. A quebra tinha sido aprovada pela CPI.
Inocente quer saber – A economia garantirá a reeleição de Bolsonaro em 2022?