Os dois maiores institutos de pesquisa do Brasil, Ibope e Datafolha, registraram pesquisa para governador de Pernambuco com divulgação prevista para a próxima semana. O Ibope será divulgado pelo Jornal do Commercio e pelo NETV da Rede Globo na próxima segunda-feira, enquanto o Datafolha tem divulgação prevista para a próxima quarta-feira no jornal Folha de S. Paulo. O Datafolha terá 1.200 questionários e margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. O Ibope terá 1.204 questionários e a mesma margem de erro.
Só dá Marília Arraes
Um levantamento realizado pelo Ibope para consumo interno dos partidos que estão na oposição ao governador Paulo Câmara, vide PTB, PSDB e DEM, constatou um expressivo resultado de Marília Arraes para governadora. Os nomes oposicionistas aparecem com metade das intenções de voto, bem abaixo de Marília, que está empatada com Paulo Câmara. Por isso o desespero de Humberto Costa de tirar Marília do jogo, uma vez que ela se torna a única liderança política representativa do PT em Pernambuco.
Números são favoráveis para Eduardo Campos.
A rodada de pesquisas aferindo a popularidade dos governadores feita pelo Ibope constatou o óbvio ululante: todos os governadores caíram na sua aprovação. Alguns mais outros menos, mas todos caíram.
O grande beneficiado, após seis anos e seis meses de governo, foi Eduardo Campos. É claro que ele iria cair, estranho seria se sua aprovação continuasse intacta após tudo o que ocorreu com os protestos de junho. Os protestos atingiram todos os políticos independentemente de partido ou ideologia.
Dos que aparentemente sobreviveram ao tsunami de junho, apenas Eduardo Campos e Beto Richa continuaram com aprovações consideráveis. O pernambucano tem simplesmente 58% de ótimo/bom em relação ao seu governo, já sua aprovação pessoal chega a 78%. O que configura uma força para o socialista.
Por quê isso ocorre? Isso se dá graças ao nível de governo que ele faz em Pernambuco. Tem equívocos? Claro e podem ser enumerados. Afinal, ninguém é infalível porque depende de uma série de variáveis para que uma gestão dê certo. Mas o grande objetivo desta análise é explicar o motivo de Eduardo manter elevados níveis de aprovação.
Eduardo assumiu um governo em janeiro de 2007 azeitado por Jarbas Vasconcelos. Suape já vinha num grande nível de desenvolvimento, além do mais a vinda da Refinaria, do Estaleiro, da Hemobrás e de outros investimentos trazidos por Lula ajudaram para que Eduardo conseguisse demonstrar a sua capacidade de gestão. Mas não é só isso.
Eduardo soube formar uma equipe qualificada, com raríssimas exceções, que conhece a máquina pública e sabe trazer a eficiência da gestão a níveis máximos. Ter nomes do naipe de Fernando Bezerra Coelho, Geraldo Julio, Antonio Figueira, Paulo Câmara, Tadeu Alencar, dentre outros, não é pra qualquer um. Isso mostra a preocupação de Eduardo em ter um time qualificado para exercer as funções necessárias.
Na Assembleia Legislativa, dos 49 deputados estaduais, 91,8% integra a base governista. Na Câmara dos Deputados, dos 25 representantes, percentual parecido apoia Eduardo. No Senado, agora Eduardo conta com 100% dos três senadores de Pernambuco, pelo menos declaradamente, porque Jarbas Vasconcelos, Humberto Costa e Armando Monteiro se autodenominam governistas em relação a Eduardo Campos.
Esse apoio não é fruto dos sedutores olhos azuis de Eduardo Campos. Político é pragmático. Se não existe uma oposição consistente aqui é porque o nível de acerto do governador é infinitamente superior ao nível de erro. Talvez seja por isso que Eduardo desde janeiro de 2011 é considerado o melhor governador do Brasil.
Quem não gosta de UPAs? Quem não gosta de Terminais Integrados? Quem não gosta de Hospitais? Quem não gosta de Escolas Técnicas? Eduardo Campos nestes anos que governa Pernambuco fez dezenas desses equipamentos públicos.
Já o povo é ainda mais pragmático que o político. Ele quer saber se as coisas estão melhores pra ele e pra sua família. Como não achar melhor os resultados do Pacto Pela Vida? Como não gostar da Patrulha nos Bairros? Como não gostar de CNH Popular? Como não gostar de Transplantes de Órgãos? Como não gostar de coisas boas para a sua vida?
Isso explica os números de Eduardo Campos, que hoje rompeu as barreiras de Pernambuco e tem se consolidado a nível de Nordeste para posteriormente se consolidar a nível de Brasil. Eduardo tem o que mostrar para o Brasil, pelo que foi feito em Pernambuco. Vale ressaltar que aqui é um estado pobre, com inúmeras distorções sociais e estagnação político-administrativa de muitos anos.
Hoje Pernambuco é a locomotiva do Brasil e o maquinista se chama Eduardo Campos.
A discrepância das pesquisas.
Muita gente tem comentado a diferença entre as pesquisas de um determinado instituto em relação a outro de maior confiabilidade. Não é desconfiança do instituto ou coisa do gênero.
Apenas para ilustrar que as pesquisas estão equivocadas no comparativo com o Ibope, que é um instituto de confiança nacional. Alguns alegam que exista diferença de datas que não dá pra comparar, mas dá sim. A margem de erro é de 3 pontos para mais ou para menos, em média.
Vejamos.
A pesquisa do Instituto Maurício de Nassau de julho que foi a primeira pós-convenções apresentou Humberto Costa 35,5%, Mendonça Filho 20,7%, Geraldo Júlio 6,8%, Daniel Coelho 5,6%.
A pesquisa do Ibope de julho na mesma época apresentou Humberto Costa 40%, Mendonça Filho 20%, Daniel Coelho 9%, Geraldo Júlio 5%.
Humberto aparece com 4,5 pontos abaixo do Ibope na pesquisa da Nassau. Consequentemente, maior do que a margem de erro. Mendonça Filho aparece com 0,7% a mais na Nassau do que no Ibope. Geraldo Júlio surge com 1,8% a mais na Nassau do que no Ibope. Por fim, Daniel Coelho aparece com 3,4% a menos no instituto Nassau. Somadas as diferenças temos 10,4 de discrepância de uma pesquisa pra outra. Onde Humberto Costa aparece com 1,5 ponto abaixo da margem de erro, enquanto Daniel Coelho surge com 0,4 abaixo da margem de erro.
A segunda rodada do Instituto Maurício de Nassau em 9 de agosto apresenta os seguintes números: Humberto Costa 32,5%, Mendonça Filho 17%, Geraldo Julio 14,4% e Daniel Coelho 5,5%.
Já o Ibope do dia 3 de agosto apresenta Humberto Costa 35%, Mendonça Filho 20%, Geraldo Júlio 12%, Daniel Coelho 7%.
Humberto surge com 2,5 pontos abaixo na Nassau, Mendonça com 3 pontos abaixo, Geraldo com 2,4 acima e Daniel com 1,5 abaixo. No somatório temos 9,4 pontos de discrepância entre os dois institutos.
A terceira rodada do Instituto Maurício de Nassau do dia 23 de agosto apresenta Humberto Costa 31,1%, Geraldo Júlio 22,2%, Mendonça Filho 15,1% e Daniel Coelho 5,7%.
Já o Ibope do dia 16 de agosto apontou Humberto Costa 32%, Mendonça Filho 16%, Geraldo Júlio 16% e Daniel Coelho 10%.
Humberto aparece com 0,9 ponto abaixo do Ibope, Mendonça 0,9 abaixo, Geraldo 6,2 acima do Ibope e Daniel com 4,3 abaixo do Ibope. A soma total aponta uma discrepância de 12,3 pontos.
A quarta rodada do Instituto Maurício de Nassau do dia 6 de setembro apresentou os tais números: Geraldo Júlio 34%, Humberto Costa 26%, Daniel Coelho 12% e Mendonça Filho 9%.
Já o Ibope do dia 2 de setembro mostrou o seguinte: Geraldo Júlio 33%, Humberto Costa 25%, Daniel Coelho 15% e Mendonça Filho 8%.
Nesta última pesquisa tivemos uma discrepância de 1 ponto a mais pra Geraldo, 1 ponto a mais pra Humberto, 3 pontos a menos pra Daniel e 1 ponto a mais pra Mendonça. A soma deles aponta 6 pontos de discrepância de um instituto pra outro.
Conforme podemos observar, em todas as sondagens o candidato Geraldo Júlio sempre surgiu com uma pontuação a mais do Instituto Maurício de Nassau do que no Ibope, enquanto o candidato Daniel Coelho sempre surgiu com uma pontuação a menos do que no Ibope. Os candidatos Humberto Costa e Mendonça Filho tiveram oscilações positivas e negativas em ambos os institutos.
Outro dado a ser ressaltado é que todas as rodadas do Instituto Maurício de Nassau sempre foram anunciados depois do Ibope. Se compararmos com outros institutos como o Datafolha por exemplo, iremos comprovar com mais força a discrepância entre as pesquisas, porém, as sondagens do Datafolha foram em menor frequência que o IPMN, por isso não dá pra comparar muito bem.
Este post foi originalmente escrito às 18:34 do dia 9 de setembro. Vejam a continuidade agora dos institutos.
Enquanto o respeitadíssimo Datafolha apresentou Geraldo Júlio 34%, Humberto Costa 23%, Daniel Coelho 19% e Mendonça Filho 8%, os questionáveis Ipespe e Instituto Maurício de Nassau apontaram números discrepantes, em benefício do candidato Geraldo Júlio, vejamos.
No Ipespe Geraldo apareceu com 36%, dois pontos a mais do que tinha no Datafolha, Humberto apareceu com 21%, dois pontos a menos do que alcançou no Datafolha, Daniel obteve apenas 14%, simplesmente 5 pontos a menos do que o Datafolha, e Mendonça apareceu com 6%, dois pontos a menos.
Uma diferença que no Datafolha dá 34% Geraldo, 50% principais adversários, o que vira 16 pontos de vantagem em prol dos adversários, no Ipespe fica 36% x 41%, e a vantagem fica de apenas 5 pontos. Onde foi parar os 11 pontos?
No IPMN a discrepância é ainda maior, Geraldo surge com 39%, a soma dos principais adversários dá apenas 42%. Humberto 22%, Daniel 15% e Mendonça 5%. Onde foi parar 13 pontos?
O que está havendo?
Geraldo Júlio está sendo beneficiado pela margem de erro, enquanto os adversários prejudicados pela mesma. Fizeram duas pesquisas para descredenciar o Datafolha que mostra a situação real da disputa no Recife.
No mais é conversa fiada de quem quer ganhar a eleição na marra se sobrepondo à vontade soberana do povo.
Ibope mostra dianteira de Geraldo.
A Folha de Pernambuco em parceria com a Rede Globo divulgará nesta segunda-feira os números da nova rodada da pesquisa sobre a sucessão no Recife.
Quem me acompanha no Twitter sabe que coloquei uma estimativa do que achava sobre esta pesquisa. Meu palpite foi de Geraldo 32%, Humberto 25%, Daniel 15%, Mendonça 8%. Por pouco não acertei completamente.
Os números foram: Geraldo 33%, Humberto 25%, Daniel 15%, Mendonça 8%.
Em relação ao levantamento anterior, Geraldo cresceu 17 pontos, bem como Daniel cresceu 5. Já Humberto caiu 7 pontos e Mendonça reduziu pela metade as suas intenções de voto.
Nos votos válidos, Geraldo Júlio teria 39%, seguido de Humberto com 30%, Daniel 18% e Mendonça 10%. Demais candidatos teriam 3%. A Margem de Erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
A eleição mostra uma queda vertiginosa de Mendonça Filho, bem como uma queda considerável de Humberto Costa, além do crescimento respeitável de Daniel Coelho e o consistente crescimento de Geraldo Júlio.
A eleição está entre ser definida no primeiro turno pelo socialista ou de ter um segundo entre ele e o tucano Daniel Coelho. Vamos aguardar as próximas pesquisas.