Durante sua estadia na Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trouxe à tona um debate inflamado ao comparar a situação em Gaza com o Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial. Suas declarações foram elogiadas pelo grupo Hamas, mas desencadearam uma crise diplomática com Israel.
As afirmações de Lula foram feitas em meio à tensão entre Israel e Palestina, reacendendo uma questão delicada. Ele descreveu a situação em Gaza como um “genocídio” e comparou os eventos aos horrores do Holocausto, o que foi visto como antissemitismo por muitas entidades judaicas e israelitas.
As palavras de Lula provocaram uma reação imediata de Israel, com o primeiro-ministro Netanyahu chamando a comparação de vergonhosa e ultrapassando uma “linha vermelha”. O governo israelense planeja convocar o embaixador brasileiro para uma conversa de reprimenda, sinalizando uma tensão diplomática.
O grupo terrorista Hamas afirmou, sobre as declarações de Lula, que ele descreveu com precisão a situação na Palestina. Já ao abordar outras questões delicadas como a expulsão de funcionários da ONU por Maduro na Venezuela e a morte de Alexei Navalny, o principal opositor de Putin na Rússia, Lula teve uma postura diferente.
Sobre a situação na Venezuela, ele expressou que “não tem informações do que está acontecendo”. Quanto à morte de Navalny, ele criticou a precipitação em apontar culpados, destacando a importância de uma investigação completa antes de fazer acusações.