Por Arthur Virgílio*
O governo Dilma perdeu, em apenas treze meses, nove Ministros: sete sob pesadas suspeitas de corrupção; um, Nelson Jobim, por discordância da orientação oficial, e a Ministra das Mulheres, cujo nome não decorei, por incompetência. Recorde mundial, se falamos de país sério. Números “normais”, se nos referirmos a ditaduras ou a países sem nenhuma estabilidade política.
Diz o ingênuo: “Mas a Presidente demitiu quem errou”. Responde o realista: “ela fez tudo para não demitir nenhum dos acusados de malversar a coisa pública. Terminou, isto sim, capitulando diante da pressão da imprensa e da sociedade. E ainda insiste em manter os dois Fernandos: Bezerra, por temer o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e Pimentel, amigo que mantém desde os tempos da luta armada contra a ditadura de 1964.
Na verdade, o placar será bem mais elástico, quando ela não mais tiver condições de “segurar” Fernando Bezerra e Fernando Pimentel, o amigão do peito. Serão então nove os demitidos por corrupção.