Nascido em 1850 na cidade de Bom Conselho, Emygdio Dantas Barreto iniciou sua trajetória aos 15 anos como voluntário na Guerra do Paraguai, sendo promovido a alferes, um ano antes do final da guerra em 1869. Durante sua carreira militar fez cursos de artilharia, cavalaria e infantaria, sendo promovido a tentente em 1879 e a capitão em 1882.
Dantas Barreto, já com novas patentes, teve atuação destacada na Revolta Armada de 1894 e na Guerra de Canudos em 1897. Durante o governo do Marechal Hermes da Fonseca, no período republicano, foi nomeado ministro da Guerra em 1910, ficando no cargo até 1911, quando decidiu ser candidato a “presidente” de Pernambuco, cargo que equivalia a governador na época, na sucessão de Herculano Bandeira de Melo.
Apoiado pelos militares, Dantas Barreto enfrentou um importante político da época, Francisco de Assis Rosa e Silva, que chegara a ser vice-presidente, presidente do Senado, e conhecido por todos nós como Conselheiro Rosa e Silva, que dá nome a uma das principais vias do bairro dos Aflitos.
A disputa foi bastante contestada, com brigas entre os dantistas e rosistas, mas acabou que Dantas Barreto foi oficializado vencedor, após uma intervenção de Estácio Coimbra, e tomou posse em 21 de novembro de 1911. Seu governo ficou marcado pelo forte combate ao cangaço, enviando forças militares ao interior do estado.
Em 1915 passa o governo para Manuel Antônio Pereira Borba, e elegeu-se senador da República. Em março de 1921 torna-se deputado federal, ficando no cargo até 1923. Por ser o Rio de Janeiro a capital federal na época, mudou-se para a cidade maravilhosa, quando tornou-se marechal.
Dantas Barreto faleceu em 8 de março de 1931, formando uma carreira como militar, político e escritor, chegando a integrar a Academia Brasileira de Letras na cadeira de número 27, substituindo Joaquim Nabuco, falecido em 1910.