Os deputados estaduais Daniel Coelho, líder da oposição, Terezinha Nunes, Betinho Gomes e Severino Ramos foram até a Zona da Mata para a realização de mais uma blitz oposicionista. O local escolhido foi a PE 45, que liga os municípios de Escada a Vitória de Santo Antão. O governo estadual anunciou em 2011 a recuperação da rodovia, com promessa para entrega-la em setembro de 2012. Embora alguns trechos tenham sido parcialmente recuperados, o serviço foi mal feito e os buracos tomam conta de praticamente todos os 33 quilômetros de extensão. Na entrada do município de Escada, uma placa do governo do Estado anuncia os prazos e o valor orçado da obra – R$ 23 milhões.
À tarde, na sessão na Alepe, Daniel Coelho fez cobranças ao governo do Estado. Questionou que empresa ficou responsável pelo serviço, quanto foi gasto e o porquê do estado em que se encontra a PE 45 – também foi feito um pedido de informação, protocolado junto à Casa, para ser entregue ao secretário de Transportes.
“Logo na entrada da PE 45, fica evidente a falta de manutenção e os estragos na rodovia, proporcionando constantes perigos aos motoristas. Observamos diversas situações de risco. Mas o que torna a situação mais grave é que a PE 45 não é mais uma das rodovias estaduais. É uma rodovia que teve intervenção estadual, com investimento de R$ 23 milhões. Protocolamos hoje um pedido de informação junto ao governo estadual para saber quais recursos foram pagos e a que empresas, e quando essa obra vai ficar pronta”, questionou Daniel, que complementou: “A população de Escada está revoltada, evitando a estrada e acaba sobrecarregando a BR-101. O que fica é a indignação do povo pernambucano. Não me lembro de um governo tão ruim com estradas como o atual”.
Em aparte, a deputada Terezinha Nunes endossou o discurso de Daniel, também questionando como uma obra pode ter sido tão mal-feita. “A impressão que dá é de que parece que vimos uma ‘obra sonrisal’, que desmancha na primeira chuva. Existe um buraco tão grande, que já chamam de ‘buraco da morte’. A empresa que fez esse trabalho precisa ser punida”.
Severino Ramos, por sua vez, cobrou uma “atitude emergencial” do governo do Estado. “Se não for tomada uma providência rapidamente, a rodovia vai ficar conhecida como ‘BR da Morte’. Gastaram milhões e nada foi feito. É necessário responsabilidade com a vida humana”, finalizou.