Políticos já falam em abertura do comércio em maio
A crise do coronavírus que tem quase 40 mil infectados e quase 2.500 óbitos segue na sua crescente sem ter um freio, porém há especialistas que apontam que os casos no Brasil são menores que os países mais afetados e que as projeções desanimadoras de 1 milhão de mortes não serão cumpridas.
Diante deste cenário, onde 0,0002% da população brasileira foi infectada com a Covid-19, e o número de mortes comparado ao número de habitantes no país é de 0,0000125%, há quem defenda a retomada do comércio, com a reabertura dos shoppings, restaurantes, lojas de maneira geral, bem como as aulas tanto na rede privada quanto na rede pública de ensino.
Os defensores da reabertura alegam que não há mais condições financeiras de tudo ficar paralisado, devido à perda de arrecadação dos governos e a falência de empresas que precisam abrir para seguirem existindo. Neste contexto, aqueles que são adeptos da reabertura propõem uma série de recomendações que permitam de forma gradual a retomada da normalidade, como por exemplo, todos os estabelecimentos funcionarem com capacidade e horário reduzidos, bem como adotar práticas sanitárias no sentido de coibir a proliferação do vírus.
Aqueles que comungam da ideia acreditam que o tempo de acontecer isso seria por volta do dia 15 de maio, o que configuraria dois meses de fechamento total das atividades comerciais iniciado em março, e enquanto se reabre o comércio, amplia-se também o número de leitos hospitalares para que a cadeia econômica consiga ajudar a bancar os gastos que municípios, estados e a União estão tendo na luta contra a Covid-19. No Espírito Santo, por exemplo, o governador Renato Casagrande (PSB) não esperou até maio e decidiu liberar nesta segunda-feira a abertura do comércio em cidades que tiveram poucos casos de contaminação.
Equívoco – O presidente Jair Bolsonaro comete mais um erro político ao participar de manifestações que defendem o fechamento do STF e do Congresso Nacional. Ele reforça a desarmonia entre os poderes e prejudica o seu próprio governo.
Salários – O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a Medida Provisória 936/2020 que autoriza a redução da jornada e do salário por meio de acordos individuais, independentemente da anuência dos sindicatos. Prevaleceu a divergência de Alexandre de Moraes, pela qual, em razão do momento excepcional da pandemia, é razoável a redução.
Biológica – O governador Paulo Câmara (PSB) encaminhou a Mensagem 25 ao presidente da Assembleia, Eriberto Medeiros (PP), comunicando que alterou o decreto de calamidade pública do Estado, para declarar “desastre de natureza biológica” o enfrentamento da pandemia. A mudança foi uma exigência formal do Ministério do Desenvolvimento Regional para a implantação de ações de defesa civil em Pernambuco.
Subnotificação – A subnotificação de casos do covid-19 é uma preocupação do Ministério Público. “O Brasil teve mais de três mil casos de covid-19 de quinta para sexta, mesmo com insuficiência e demora dos testes. Há enorme subnotificação. Acredite nos especialistas, não em opiniões irresponsáveis, sem base. A covid-19 mata e pode deixar sequelas respiratórias”, alertou o procurador eleitoral de Pernambuco, Wellington Saraiva.
Inocente quer saber – É mesmo possível projetar uma reabertura das atividades em meados de maio?