Os riscos da guerra institucional que se estabeleceu no país
A ascensão de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto em 2018 quebrou uma polarização que havia desde 1994 entre PT e PSDB, quando os dois partidos venceram seis eleições presidenciais consecutivas. A eleição do atual presidente por si só é um fato atípico, uma vez que ele conseguiu a vitória sem a lógica tradicional dos robustos guias eleitorais nem dos palanques estaduais.
Talvez por não ter amarras, o presidente decidiu adotar uma postura de muita independência, o que não agradou muito o Congresso Nacional e muito menos o Supremo Tribunal Federal. O primeiro, a medida que o presidente sofreu abalos de popularidade, acabou aderindo ao governo através do centrão, que para garantir a governabilidade adquiriu espaços significativos no governo, que perdeu o caráter ideológico e adotou uma postura mais fisiológica.
Com o Congresso Nacional garantindo sua governabilidade, Bolsonaro então partiu para um enfrentamento ao Supremo Tribunal Federal após o mesmo tomar decisões que fragilizaram seu governo, a despeito da reabilitação jurídica do ex-presidente Lula e de decisões durante a pandemia que foram de encontro ao que pregava o presidente.
Nos últimos meses, aliados de Bolsonaro decidiram bater de frente com o STF, e o presidente, por sua vez, ao perceber as movimentações que culminaram na prisão de aliados, vide Daniel Silveira, Sara Winter, Oswaldo Eustáquio, e mais recentemente Roberto Jefferson, decidiu então ingressar pessoalmente com um inédito pedido de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes.
O precedente aberto por Bolsonaro, que decidiu contra-atacar após as sucessivas decisões de ministros do STF, deixa as instituições e os poderes constituídos no país, em situação de guerra institucional, onde a cada passo dado por um dos envolvidos será cada vez mais duro e de difícil conciliação. É preciso um freio de arrumação e a busca pelo diálogo para que os desdobramentos destas decisões não sejam ainda mais devastadores para o nosso país.
Canhotinho – O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, pré-candidato a governador de Pernambuco pelo PL, começou a se movimentar em algumas regiões do estado. Ao lado do deputado estadual Alvaro Porto (PTB), Anderson fez sua primeira movimentação em Canhotinho no sentido de fortalecer seu projeto rumo ao Palácio do Campo das Princesas.
Dobradinha – O presidente da Assembleia Legislativa, Eriberto Medeiros, e o deputado federal Daniel Coelho, cumpriram agenda no final de semana em São José da Coroa Grande ao lado do prefeito Pel Lages. Eles serão apoiados pelo gestor em 2022.
Disposição – Pré-candidato a deputado federal, o ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, tem se dedicado a cuidar da saúde para estar pronto para a disputa do próximo ano, onde deverá ser candidato a deputado federal pelo PSB. O socialista frequentemente posta em sua redes sociais a realização de exercícios físicos. A deputada estadual Fabíola Cabral se prepara para tentar a reeleição numa dobradinha com o pai.
Inocente quer saber – Como se daria a regulamentação da mídia proposta pelo ex-presidente Lula?