Miguel Coelho se prepara para a reeleição
Eleito em 2016 com 60.509 votos, o prefeito Miguel Coelho chegou ao cargo com apenas 26 anos de idade, antes sua experiência tinha sido um mandato de deputado estadual, também eleito com uma expressiva votação em 2014. No exercício da prefeitura a partir de 2017, Miguel tinha dois desafios, o primeiro era a comparação inevitável com o seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho que foi prefeito por três ocasiões, o segundo desafio foi substituir um prefeito bem-avaliado como Julio Lossio que saiu com uma expressiva aprovação da prefeitura.
Nos dois primeiros anos, Miguel enfrentou o rompimento com o PSB, partido por onde foi eleito em 2016 e uma crise política e financeira que atingiu todos os municípios, e em Petrolina não foi diferente. Era preciso ter criatividade e articulação para angariar recursos que significassem obras para a população. Na metade do seu mandato, Miguel entregou uma obra arrojada e estruturadora que foi a duplicação da Avenida Sete de Setembro, que é uma das principais vias da cidade.
Além desta obra estruturadora, Miguel garantiu alguns milhões em investimentos que fizeram de Petrolina um grande canteiro de obras, graças aos recursos obtidos pelo senador Fernando Bezerra Coelho e pelo deputado federal Fernando Filho, este que foi ministro de Minas e Energia, junto ao governo federal. Miguel entra no seu terceiro ano de gestão com o desafio de concluir obras de mobilidade, infraestrutura, sociais, e consequentemente fortalecer a marca do trabalho e dos resultados alcançados pela sua gestão.
Bem-avaliado, o prefeito terá mais um fator para se preocupar, uma vez que em 2020 a cidade de Petrolina poderá existir segundo turno. Se em 2016 ele foi eleito com menos de 40% dos votos válidos, em 2020 repetindo o percentual de votos será obrigado a disputar uma segunda etapa com o adversário mais votado do primeiro turno, como a eleição de segundo turno passa pelo imponderável, é fundamental que o prefeito busque cada vez mais apresentar suas realizações para a população de Petrolina para tentar liquidar a fatura logo no primeiro turno, o que não será tarefa muito difícil, pois ele tem o que mostrar para o eleitor.
Anderson Ferreira – O prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, segue numa situação bastante confortável para a reeleição. Além de ter obras para mostrar, ainda não se tem um nome natural para enfrentá-lo em 2020, uma vez que seus adversários de 2016 foram dizimados das urnas em 2018.
Geraldo Julio – Na sua sucessão, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, pretende contar com PSB, PSD, PP, PDT, PT, PCdoB, MDB e Solidariedade. Se garantir todos estes partidos, o candidato apresentado por Geraldo Julio terá folgadamente o maior tempo de televisão para tentar sucedê-lo. Além do mais, Geraldo aposta na boa avaliação que possui do eleitorado recifense.
Clodoaldo Magalhães – Candidato a primeiro-secretário, o deputado Clodoaldo Magalhães tem intensificado conversas com os colegas da Assembleia Legislativa de Pernambuco. Ele possui bom trânsito na Casa e aposta nisso para desbancar Francismar Pontes e Isaltino Nascimento, que também estão de olho na chave do cofre do poder legislativo estadual.
Sem interesse – O senador Renan Calheiros deu uma declaração de que não necessariamente entrará na disputa pela presidência do Senado. Afirmou que os eleitores de Alagoas lhe deram o mandato para ser senador e não presidente do Senado. A afirmação chamou atenção da mídia nacional, uma vez que o senador é tido como favoritíssimo para o cargo.
RÁPIDAS
Adeus – Encerram o mandato na Câmara Federal no próximo dia 31 os deputados não reeleitos João Fernando Coutinho, Adalberto Cavalcanti, Marinaldo Rosendo, Kaio Maniçoba, Betinho Gomes e Zeca Cavalcanti. Tentaram o mandato no Senado, Mendonça Filho, Silvio Costa, Bruno Araújo e Jorge Corte Real. Além deles teremos o senador eleito Jarbas Vasconcelos e a vice-governadora Luciana Santos, que já renunciou ao mandato.
Suplentes – Nas eleições de 2014, Augusto Coutinho e Fernando Monteiro ficaram na suplência da Frente Popular, porém exerceram o mandato quase em sua totalidade. Augusto assumiu logo em 2015 e em 2017 herdou o mandato em definitivo de Anderson Ferreira que elegeu-se prefeito de Jaboatão. Já Fernando Monteiro só veio assumir em definitivo agora em janeiro com a renúncia de Luciana Santos. Nas eleições do ano passado, tanto Augusto quanto Fernando foram eleitos para a Câmara Federal.
Inocente quer saber – O presidente Jair Bolsonaro está perdendo a batalha da comunicação para os grandes veículos do país?