Coluna Gazeta Nossa edição 170.
PT e PTB precisam entregar os cargos.
Após a entrega dos cargos que detinha no governo federal o PSB se desprendeu do PT para viabilizar a pré-candidatura de Eduardo Campos à presidência da república. Em Pernambuco já está cristalino como a água que o PSB terá candidato próprio a governador de Pernambuco, naturalmente mandando o senador Armando Monteiro e o PTB para a oposição, o mesmo ocorre com o PT. Em 2012 o partido dos trabalhadores detinha a prefeitura do Recife e acabou perdendo para o PSB. Mesmo assim preferiu continuar integrando o governo do PSB tanto na PCR quanto no nível estadual. PT e PTB já foram empurrados pra oposição e ainda não se deram conta. Os projetos deles são antagônicos ao projeto do PSB, o que justifica o rompimento imediato das duas siglas com Eduardo, sob pena de ficarem desmoralizados e carregarem a pecha de oportunistas e apegados a cargos em vez de detentores de projetos viáveis para desenvolver o estado de Pernambuco em faixa própria. A candidatura do senador Armando Monteiro a governador pelo PTB é praticamente fato consumado, e deve contar com o apoio do PT para tentar viabilizar este projeto. Além deles, devem seguí-los o PP do deputado Eduardo da Fonte, o PSC do deputado Silvio Costa e o PROS do deputado José Augusto Maia. Algumas legendas menores também podem embarcar neste projeto. Mas é preciso reiterar que ele só terá condições de fazer frente ao projeto do PSB estadual se a ruptura com os socialistas for imediata.
Fernando Bezerra Coelho – Mais uma vez o agora ex-ministro ganhou força pra ser o candidato do PSB a governador. Largar a Integração Nacional, sobretudo no ritmo que FBC vinha, é um sinal claro que ele só fez isso pra disputar o governo de Pernambuco com o aval de Eduardo.
Chapas – Considerando o novo rearranjo político local, a frente liderada pelo PSB deve eleger 18 deputados federais, já a liderada pelo PTB deve emplacar 6. Vale lembrar que serão apenas 24 deputados federais eleitos em 2014. Os números podem mudar de acordo com as alianças que podem ser celebradas daqui pra junho do ano que vem.
PSB – A aliança celebrada entre Eduardo Campos e Marina Silva visando 2014 surpreendeu a todos. Foi uma das jogadas mais inteligentes da história da política brasileira. Marina não viabilizou a Rede e poderia migrar pra uma sigla pouco representativa, com pouco tempo de televisão iria desidratar e sair menor do que entrou.
PSDB – Conforme antecipado nesta coluna o PSDB deve mesmo integrar a coligação que sustentará a candidatura do PSB a governador. Resta saber como ficarão os deputados Daniel Coelho, Betinho Gomes e Terezinha Nunes que fazem dura oposição ao PSB na Alepe.
O mote da chapa Eduardo e Marina.
Após a decisão da ex-senadora Marina Silva se filiar ao PSB, muitos atores políticos ficaram atônitos e uma série de especulações surgiram sobre quem encabeçaria a chapa presidencial. Alguns fomentam a tese de que Eduardo Campos abdicará da candidatura para que o PSB lançasse a ex-senadora como candidata a presidente, outros questionam as razões da ex-senadora se filiar ao PSB que já possuía um pré-candidato em vez de migrar para o PPS ou o PEN, partidos que ofereceram legenda para ela disputar em 2014.
O fato é que o PPS é um partido que tem atacado sistematicamente o PT e os governos Lula e Dilma. Marina foi ministra de Meio Ambiente de Lula, assinar a ficha de filiação ao PPS seria afrontar o seu histórico político, além do mais, o PPS é uma legenda considerada nanica, sem grande representatividade no país.
O PEN não teria a mesma problemática do PPS, mas é de até menor tamanho do que a sigla pós-comunista, o que daria pouco tempo de televisão e pouca musculatura a uma eventual candidatura de Marina pela sigla. Além do mais, em ambos os casos, se não conseguisse ampliar o leque de alianças, estaria fadada a uma desidradação que poderia deixar-lhe menor do que entrou.
A aliança com Eduardo Campos dentro do PSB pode atrair uma série de partidos simpáticos aos dois líderes políticos. Uma vez que o DEM e o PPS, parceiros inseparáveis do PSDB de Aécio Neves, em 2014 pretendem seguir um novo rumo e podem desembocar na candidatura do PSB. Enquanto os partidos da base governista podem migrar para um novo projeto e tentar maior espaço num eventual governo do PSB.
Por fim, o principal mote. Em 2010 ele até chegou a ser ensaiado pelo PSDB mas houve recuo. Naquela eleição o PSDB pretendia colocar José Serra na presidência e Aécio Neves na vice-presidência, que acabou não se consumando, então decidiu colocar o senador Alvaro Dias como vice de Serra, que também não se consumou numa chapa puro-sangue e acabou tendo o desconhecidíssimo Indio da Costa (DEM) que em nada agregou ao projeto do PSDB.
Qual seria o mote? Com 32 siglas partidárias, a população está cada vez mais personificando o voto, em vez de partidarizá-lo, então é muito mais interessante um projeto com presidente e vice-presidente conhecidos e tarimbados do que um presidente conhecido e um vice que ninguém sabe de onde veio.
O PSB pode muito bem utilizar o mote de ter Eduardo Campos presidente e Marina Silva vice-presidente como algo diferenciado na política. Ter uma chapa com nomes conhecidos da política nacional traz credibilidade, e na ausência do titular, o povo brasileiro saberá que o país está em boas mãos sendo assumido pela vice. Vale salientar que em menos de 30 anos já tivemos dois vice-presidentes que acabaram assumindo o governo, o primeiro foi José Sarney com o falecimento de Tancredo Neves e o segundo foi Itamar Franco com o impeachment de Fernando Collor.
Na atual conjuntura, a linha sucessória brasileira está da seguinte forma: Dilma Rousseff, depois Michel Temer, depois Henrique Eduardo Alves, depois Renan Calheiros, por fim Joaquim Barbosa. Qual brasileiro gostaria de dar o comando dos seus rumos para pessoas como Michel Temer, Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves?
Então, além do charme de ter uma mulher com a história de Marina Silva na chapa, oa parte dos seus 20 milhões de votos lhe acompanhando e uma cara nova como Eduardo Campos disputando a presidência da República, a chapa do PSB ganha mais um mote para se diferenciar dos demais projetos, principalmente o do PT.
Eduardo e Marina: A aliança de 40 milhões de votos.
Hoje o governador Eduardo Campos e a ex-senadora Marina Silva anunciaram uma decisão que tem reflexo impactante nas eleições de 2014. Como sabemos, Marina não conseguiu viabilizar a sua Rede Sustentabilidade e tinha a opção de se filiar a alguma legenda para ser candidata à presidência da República no ano que vem. Mesmo diante da possibilidade de optar por uma legenda e disputar de certeza, ela optou pelo caminho de se filiar ao PSB, que já possui um pré-candidato colocado, que é o governador de Pernambuco.
Tal decisão, apesar de ser surpreendente, mostra a visão sistemática de uma eleição presidencial da parte de Eduardo Campos e também de Marina Silva. Se Marina anunciasse hoje que estaria fora do pleito presidencial o jogo iria zerar e Dilma Rousseff voltaria ao status de favorita à reeleição. Se optasse por um partido sem candidato teria que justificar sua ida a todo momento e consequentemente prejudicaria seu voo.
Era previsível que tendo quatro candidaturas colocadas alguém teria que desidratar e a mais propensa a isso era a própria Marina, que novamente disputaria a presidência e naturalmente deixava de ser o fato novo da eleição. Sem uma estrutura de palanques e tempo escasso de televisão ela corria riscos de ceder terreno para os outros três candidatos.
O grande fato novo da eleição já tinha nome e sobrenome: Eduardo Campos. Certamente Marina se deu conta disso quando tomou essa decisão. Sua saída do jogo e consequente colocação de apoio ao projeto do PSB aglutina parte consideravel do seu eleitorado para o projeto do PSB, o inverso não ocorreria.
Muitos perguntarão como alguém com 26% de intenções de voto abre para alguém que possui apenas 8%? Certamente é porque ela sabe que existe um recall para ela e que dificilmente existiria um potencial de crescimento para a mesma, tendo grandes chances de desidratação quando o jogo começasse pra valer. O nome que possui apenas 8% pode chegar a 26% quando se tornar conhecido, principalmente se houver uma campanha competente.
Hoje, Marina e Eduardo possuem juntos 34% das intenções de voto, considerando o cenário do último Datafolha que dá um total de 85% de intenções de voto e um universo de 15% de indecisos, brancos e nulos, chegamos a conclusão que Eduardo e Marina juntos têm uma partida de 40 milhões de votos, que nas primeiras sondagens tendem a diminuir, porque o voto de Marina deve se pulverizar um pouco, mas como ela continuará no projeto, boa parte deve migrar para Eduardo. Se ela conseguir levar metade das suas intenções de voto pro governador do PSB, a candidatura já apareceria com 21% das intenções de voto e desbancaria Aécio Neves, candidato do PSDB.
A união de Eduardo e Marina é uma espécie de aliança estratégica que consolida uma alternativa de poder à dicotomia PT x PSDB que se instaurou nas últimas cinco eleições presidenciais.
Está criada a Frente Sustentável Brasileira, que pode atrair os insatisfeitos da base governista e os que não acreditam no projeto do PSDB como oposição. Eduardo jogou sua rede e pescou uma sereia que pode lhe dar a presidência da República.
Tadeu Alencar deve ser o escolhido.
Rola um zum zum zum nos bastidores do PSB e da política local que o governador Eduardo Campos já escolheu o nome para a sua sucessão. Apesar de nos últimos dias o ministro Fernando Bezerra Coelho ter ganhado força, há quem diga que o governador já bateu o martelo e trata-se do secretário da Casa Civil Tadeu Alencar.
A jogada de Eduardo parece-me arriscada, pois, precisará fortalecer a gestão de Geraldo Julio no Recife, que não vai bem, para poder justificar o lançamento de mais um técnico no ringue eleitoral. Tudo que Geraldo havia feito até 2012 terá que mudar de executor e ser Tadeu Alencar.
Quem acompanha a política local sabe que Tadeu é qualificado para o cargo, conhece bem a gestão por ter feito parte dela nos dois mandatos de Eduardo Campos, mas é uma tremenda de uma incógnita eleitoral.
Sobretudo diante da cada vez mais factível candidatura do governador a presidente. Para bancar Tadeu aqui em Pernambuco e evitar qualquer surpresa desagradável, Eduardo poderia ser obrigado a disputar o Senado.
Com Fernando Bezerra Coelho como nome do PSB, ele não teria essa preocupação, pois, se trata de alguém tarimbado politica e eleitoralmente. Ficaria mais livre para disputar o Palácio do Planalto sem grandes riscos locais.
O senador de Eduardo.
Quem acompanha o governador Eduardo Campos já deve ter percebido uma presença frequente em seus atos públicos e privados. Trata-se do empresário Janguiê Diniz, presidente do grupo Ser Educacional.
Certamente essa parceria não deve se restringir apenas a um governante e um empresário de sucesso. Com certeza transcende essa questão e descamba para a política. Até agora o governador Eduardo Campos não tem um candidato natural a senador a não ser ele próprio, caso não dispute a presidência.
Existem nomes como o ministro Fernando Bezerra Coelho que tende a ser o escolhido de Eduardo para ser o nome para o governo, o deputado Raul Henry que deve ser o nome escolhido pra vice-governador e o senador Jarbas Vasconcelos que não deve ter a benção do governador para ser o seu escolhido para a disputa. Correndo por fora está o presidente da Assembleia Guilherme Uchôa para ser senador, mas é visto por muitos como carta fora do baralho.
A estratégia de inovar lançando empresários de sucesso em chapas majoritárias não é bem uma inovação. Em 2002, o empresário João Carlos Paes Mendonça foi cotado para ser candidato a governador caso Jarbas fosse o vice de José Serra naquela eleição.
Janguiê traz o establishment que a chapa de Eduardo precisa numa disputa em que ele terá que percorrer o Brasil. Nomes de chapas contrárias ficarão receosos de disputar o Senado contra um nome de peso como Janguiê Diniz.
Janguiê tem até o dia 5 de outubro para entrar numa sigla da Frente Popular e se tornar apto para a disputa.
Eduardo lança programa que combate violência contra a mulher.
O governador Eduardo Campos participa, nesta segunda-feira (23/09), do lançamento do programa Justiça para as Mulheres: Agora e Sempre, às 10 horas, no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções. Parceria entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o programa prevê a realização de ações que vão desde um mutirão para acelerar o julgamento dos processos em trâmite nas varas de violência e familiar contra a mulher até a adoção de equipamentos eletrônicos (tornozeleiras) para monitorar os homens agressores.
O lançamento, que ocorre dentro das atividades comemorativas ao sétimo ano de vigor da Lei 11.340/2006 (a Lei Maria da Penha), contará também com as presenças do presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargador Jovaldo Nunes; do procurador-geral da Justiça, Aguinaldo Fenelon; e da secretária da Mulher, Cristina Buarque.
O programa Justiça para as Mulheres: Agora e Sempre vem reforçar as estratégias adotadas no Plano Estadual para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra as Mulheres. As ações envolvem a criação de delegacias, instalação de centros de referências especializados no atendimento à mulher, casas-abrigo, varas de violência doméstica e familiar contra a mulher e implantação de iniciativas inovadoras.
Em Belo Jardim, começa a construção da 4ª UPAe do Agreste.
Em seis meses a Unidade Pernambucana de Atendimento Especializado (UPAe) de Belo Jardim estará pronta para atender à população. Nesta sexta-feira (20/09), o governador Eduardo Campos assinou a Ordem de Serviço para construção da 4ª unidade situada no Agreste pernambucano, do total de 15 unidades que estão sendo erguidas em todo o Estado. O evento foi realizado às margens da BR-232, Km 180, onde será construída a nova unidade de saúde. Na ocasião, o governador ainda liberou R$ 750 milhões para execução do primeiro projeto de esgotamento sanitário da cidade.
Com investimentos de quase R$ 13 milhões, a UPAe Belo Jardim se soma as de Limoeiro, Caruaru e Garanhuns, essa última já em funcionamento. “Aqui nesta unidade serão beneficiados oito municípios e mais de 270 mil pessoas que moram nesta região”, detalhou o governador, ressaltando que as UPAEs são ferramentas fundamentais para solucionar um dos principais “calos” da saúde pública, que é a baixa oferta de consultas e exames especializados.
A unidade de Belo Jardim contará com ambulatório de especialidades médicas, com consultas em diversas áreas e um moderno centro de exames e diagnósticos. O secretário de Saúde, Antônio Figueira, creditou a interiorização da assistência pública de saúde à nova política de redistribuição do ICMS instituída na atual gestão. “Foi através desse pacto pela saúde de todos os pernambucanos, do Litoral ao Sertão, que conseguimos realizar o maior investimento simultâneo na área. São R$ 200 milhões para construir 15 UPAEs iguais a estas”, informou Figueira.
Prefeito de Belo Jardim, João Mendonça, agradeceu as importantes obras que estão sendo tocadas no município com a parceria do Governo do Estado, a exemplo da Escola Técnica Estadual e da UPAE. “Do FEM (Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal) estão aflorando todas as obras e os empregos também. E o nosso desenvolvimento e do nosso País só será possível por meio do investimento e não mais pelo consumo”, reconheceu Mendonça. O FEM foi anunciado pelo governador Eduardo Campos no encontro entre o Governo do Estado e Prefeituras, no Juntos por Pernambuco, realizado nos dias 21 e 22 de fevereiro deste ano. O total do repasse é de R$ 228 milhões.
SANEAMENTO – Ainda em Belo Jardim, o governador assinou o primeiro contrato para tratamento sanitário do município. Orçado em R$ 750 milhões, o projeto faz parte do Programa de Saneamento Ambiental da bacia do rio Ipojuca (PSA-Ipojuca), que conta com recursos da ordem de US$ 330 milhões (cerca de R$ 757 milhões), oriundos de um empréstimo do Governo do Estado junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“Para cada um real investido no esgotamento sanitário, economizamos quatro reais no tratamento de doenças. A economia sobe para R$ 20 se levarmos em conta a baixa de produtividade das pessoas que deixam de trabalhar por doenças transmitidas, sobretudo, pela falta de tratamento da água”, destacou o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos, Almir Cirilo.
O projeto de Esgotamento Sanitário de Belo Jardim deve estar pronto em 60 dias, quando será lançado o edital de licitação. O prazo de conclusão da obra, que beneficiará cerca de 60 mil pessoas, está previsto para o final de 2014. “Essa não é uma obra de um governo, mas desta geração e das outras que virão”, cravou Eduardo.
PT e PSB prontos para o embate.
Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB
Embora o governador Eduardo Campos não tenha ainda assumido a candidatura a presidente da República apesar da entrega de cargos desta semana, nove entre dez socialistas afirmam que, confirmando-se a candidatura da presidente Dilma à reeleição, Eduardo entra na disputa.
Interlocutores mais próximos do governador e da presidente chegam a adiantar, a boca pequena, que até os adjetivos que cada um deles usa em privado referindo-se ao outro denotam a inviabilidade de uma aliança futura.
Isto se confirmando, e há grandes evidências de que pode acontecer, Pernambuco tende a ter uma das campanhas mais acirradas de sua história, servindo para dar o tom do que vai ocorrer a nível nacional entre dois aliados históricos: o PT e o PSB.
Há mais de 10 anos juntos no estado e demonstrando, de forma pública, que a união das duas siglas seria fundamental para a população – o que explica as vitórias seguidas que tiveram quase esmagando a oposição – petistas e socialistas tendem a medir forças querendo, cada um, tirar proveito do bom momento econômico vivido pelo estado nos últimos anos.
A seu modo, o PT já começou a cutucar o leão com vara curta. Está no ar uma propaganda do Governo Federal referindo-se às obras de mobilidade na Região Metropolitana que o estado toca mas que são realizadas com quase 90% de recursos federais.
Em outros tempos, o PT engoliu a esperteza do PSB que apresentou todas as obras em parceria como se fossem feitas com o dinheiro exclusivamente estadual. Era tempo de cortejar Eduardo e ninguém reclamou.
Bastaram as primeiras escaramuças e gestos de independência do governador e o caldo entornou.
Daqui pra frente novas propagandas deverão surgir com o mesmo objetivo.
Nessa guerra pela paternidade, a balança tende a favorecer momentaneamente um ou outro partido mas, no frigir dos ovos, os dois tendem a sair arranhados.
O PT querendo demonstrar, como já andou ensaiando algumas vezes o senador Humberto Costa, que Pernambuco só cresceu por conta dos recursos e investimentos produzidos via ministérios e órgãos federais e o PSB fortalecendo a sua tese de que Eduardo é um gestor e que foi ele o real condutor de tudo que acontece por aqui.
O embate promete e pode regredir, como já estimam alguns petistas, ao governo do pemedebista Jarbas Vasconcelos que foi governador já com Lula presidente durante cujo mandato foram consolidados os dois maiores investimentos que o estado tem hoje: a Refinaria e o Estaleiro Atlântico Sul.
Mesmo outro grande investimentos – a fábrica da Fiat – este garantido no governo Eduardo Campos, o próprio Humberto já se apressou a esclarecer que ele próprio se empenhou pelo projeto e que foi o Governo Federal o real condutor das negociações para que o grupo italiano se estabelecesse em Pernambuco.
Por enquanto, a guerra de bastidores tem chegado de forma tímida ao grande público mas tende a se aguçar, apesar dos panos mornos que alguns petistas nacionais e pernambucanos têm usado para abrandar a fervura, acreditando que o governador ainda pode desistir do embate e subir no palanque de Dilma no primeiro turno.
Curtas
Felicidade – É patente o semblante de alegria dos petebistas na Assembléia Legislativa depois que o PSB entregou os cargos à presidente Dilma. Dá-se como certa uma aliança do PT com o PTB no estado em torno da candidatura a governador do senador Armando Monteiro Neto.
Chapinhas – Dá-se como certo nos meios políticos que os pequenos partidos não vão reunir condições para formar chapas próprias nessas eleições. Na eleição passada eles abocanharam mais de seis vagas na Assembléia, em detrimento das grandes legendas.
Dança – O pastor Cleiton Collins, recordista de votos na Alepe, decidiu – depois de muita especulação – se filiar ao PP. Mas garante que não aceita entrar em chapinha. Teria recebido garantia de que o PP vai para um chapão. Tudo indica que será o chapão do PT e PTB. Antes Cleiton dizia quem iria para uma legenda que ficasse no chapão do governador Eduardo Campos.
Eduardo acompanha em Suape o desembarque das primeiras máquinas da fábrica da Fiat.
O governador Eduardo Campos vai nesta sexta-feira (20/09), ao Porto de Suape acompanhar o desembarque das primeiras máquinas que formarão a linha de montagem da fábrica da Fiat. O equipamento – duas linhas de prensa – que foi produzido pela empresa japonesa Komatsu, passará pelos trâmites de alfândega nos próximos dias e deve iniciar sua transferência para a planta da Fiat no dia 7 de outubro. Será uma operação logística de grande porte, que envolverá cerca de 300 viagens rodoviárias, das quais 80 utilizando veículos especiais de transporte.
A prensa Komatsu HTL é um equipamento de alto desempenho e potência, capaz de produzir até 16 golpes por minuto, com um impacto de 2,5 mil toneladas. É definido pelos técnicos como o coração de uma fábrica de automóveis. É utilizado para transformar chapas de aço planas em peças de um automóvel, começando pela lataria.
O equipamento será montado por técnicos do fornecedor e da Fiat. Nos próximos meses, chegará ao mesmo Porto de Suape a segunda linha de prensas.
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