Nascido no Recife em 1857, Francisco de Assis Rosa e Silva bacharelou-se na Faculdade de Direito do Recife em 1878, e no ano seguinte conquistou o título de Doutor pela mesma instituição.
Ainda no período imperial, filiou-se ao Partido Conservador, e destacou-se como jornalista, sendo colaborador do jornal O Tempo. Tornou-se deputado provincial, ficando no cargo por três legislaturas consecutivas de 1882 a 1887. Em 1889 virou ministro da Justiça na gestão do conselheiro João Alfredo.
Em 1890, Rosa e Silva vira deputado constituinte e assinou a Constituição, que foi promulgada em 24 de fevereiro de 1891, em 15 de novembro daquele ano seria proclamada a República, e Rosa e Silva daria apoio ao novo regime. Em 1894 ajudou a fundar o Partido Republicano Federal (PRF), liderado pelo deputado paulista Francisco Glicério.
No ano de 1894, o PRF lança Prudente de Morais, que derrotou Afonso Pena, enquanto Rosa e Silva é eleito deputado federal e também presidente da Câmara dos Deputados. Em 1896 deixou a Câmara dos Deputados para substituir Joaquim Correia de Araújo, eleito para o governo de Pernambuco, no Senado Federal, seu mandato iria até 1902, mas foi convidado para ser candidato a vice-presidente na chapa de Campos Sales, que foi eleito.
Rosa e Silva, primeiro pernambucano eleito para a vice-presidência da República, renunciou seu mandato no Senado mas a Constituição da época permitia que o vice-presidente fosse o presidente da Casa. Em novembro de 1900, durante viagem do presidente Campos Sales à Argentina, Rosa e Silva assumiu a presidência da República por vinte dias.
Com o término do mandato do presidente Campos Sales, Rosa e Silva é novamente eleito para o Senado Federal, desta vez para um mandato de nove anos. Antes, adquire o Diário de Pernambuco em 1901. Ao longo deste período, como um dos principais líderes políticos de Pernambuco, Rosa e Silva teve governadores aliados, além de Correia de Araújo, Sigismundo Gonçalves por duas vezes, Antônio Gonçalves Ferreira e Herculano Bandeira de Melo, mantendo uma hegemonia política de quase duas décadas em Pernambuco, como o principal líder do estado.
Em 1911, na sucessão de Herculano Bandeira, Rosa e Silva decide então ser candidato ao governo de Pernambuco, e enfrenta Emygdio Dantas Barreto. Numa dura disputa, que teve seu resultado contestado e somente validado pelo presidente da Assembleia, Estácio Coimbra, Dantas Barreto acaba eleito. A eleição ficou marcada pelos rosistas e dantistas, configurando-se em uma das disputas mais acirradas da história de Pernambuco.
Pelo vínculo com Rosa e Silva, o Diário de Pernambuco teve sua sede apedrejada e invadida, ficando sem circular por 14 dias. Nas eleições de 1915, Rosa e Silva é novamente eleito senador da República, ficando até 1º de julho de 1929, quando faleceu no Rio de Janeiro, então capital federal.
Quando ministro da Justiça no período imperial, Rosa e Silva recebeu o título de conselheiro, e por isso um dos logradouros mais importantes dos Aflitos, a Avenida Conselheiro Rosa e Silva, leva seu nome.
Com 71 anos de idade, Rosa e Silva construiu uma brilhante trajetória na política pernambucana e nacional, sendo ministro, senador e até mesmo vice-presidente da República, faltou-lhe o cargo de governador de Pernambuco nas eleições de 1911, mas a sua trajetória tem imprescindível contribuição para Pernambuco e para o Brasil.