Empatado tecnicamente com Paulo Câmara em duas pesquisas, Datafolha e Real Time Big Data, Armando Monteiro foi ao debate da TV Jornal jogando a responsabilidade para o seu adversário. Frente a frente com Paulo Câmara, Armando esteve muito sereno, incisivo nas críticas e com um semblante de que estava com a situação sob controle. O atual governador, por sua vez, pareceu nervoso, em alguns momentos precisando ler os textos repassados pela sua assessoria, o que fez com que muitos considerassem que seu adversário foi vitorioso no debate, inclusive o levantamento do Sistema Jornal do Commercio apontou que a maioria dos leitores apontaram Armando como vencedor do debate.
O exterminador de empregos
No debate da TV Jornal, Armando Monteiro ao responder a pergunta de Paulo Câmara sobre a reforma trabalhista, afirmou que o maior direito trabalhista que existe é o emprego, e que Paulo Câmara é um exterminador de empregos.
Daniel faz críticas à gestão na FDR.
O deputado estadual Daniel Coelho, candidato do PSDB a prefeito do Recife, foi um dos três participantes do debate promovido pelo Diretório Acadêmico da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, na noite de terça-feira. Na ocasião, Daniel teve a oportunidade de apresentar diversos pontos de seu programa de governo, bem como indicar muitas das áreas onde a gestão petista apresenta diversas falhas.
Daniel iniciou com uma apresentação rápida das ideias expostas em seu programa de governo, mas logo começou a responder às perguntas dos alunos da faculdade e iniciou suas críticas à gestão PT/PSB. O primeiro tema polêmico foi referente à prática da gestão municipal de efetuar dispensas de licitação, como no caso das merendas para as escolas municipais.
“Tiver a oportunidade de ser vereador por seis anos, quatro deles como líder da oposição e pude observar que o excesso de dispensas de licitação por parte da prefeitura é um grande problema”, constatou. “Em 2005, por exemplo, a secretaria contratou todas as bancas escolares sem licitação, com a desculpa de que era um caso de calamidade ou emergência. Qual a calamidade, se todo mundo sabe que em janeiro se começa o ano letivo?”.
Respondendo a outras perguntas efetuadas, Daniel falou ainda sobre a questão da saúde no Recife – “que virou um concurso de promessas, é 20 UPAs, 15 postos de saúde, quando o mais importante é um sistema mais eficiente e moderno” –, sobre o sentimento de abandono da população em relação à política e sobre as ações sociais – enfatizando o abandono dos sete Centros Sociais Urbanos existentes no município. Daniel terminou a participação sendo bastante aplaudido pelos presentes.
Daniel Coelho é aplaudido em debate.
O deputado estadual Daniel Coelho (PSDB) foi bastante aplaudido por boa parte do público presente no auditório da Faculdade de Ciências Humanas de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, onde foi realizado debate promovido pelo Instituto de Estudos em Saúde do Trabalhador (Inest). Durante mais de duas horas, Daniel mostrou firmeza, desenvoltura e acabou conquistando o público – a ponto de estudantes, após o evento, terem procurado o candidato interessados em fazer parte de sua militância.
No primeiro bloco, Daniel fez um resumo de seu programa de governo, enfatizando a importância de incluir a sustentabilidade em todas as decisões do governo. “A gente só consegue ser sustentável se consegue balancear a questão social, a econômica e a social, todas em conjunto”, destacou.
Ao longo do debate, Daniel Coelho apontou uma série de problemas da atual gestão municipal, incluindo as questões do saneamento básico e do excesso de cargos comissionados. “Hoje, fazer qualquer tipo de intervenção ou trabalho nas ruas do Recife é um risco à saúde por conta da falta de saneamento. Resolvi entrar na política, em 2003, quando observei um esgoto a céu aberto na praia de Boa Viagem. Achei que não bastava reclamar, era preciso também fazer algo. Pois aquele esgoto a céu aberto continua da mesma forma atualmente”.
Em relação aos cargos da PCR, em resposta a Humberto – que afirmou que antigamente a prefeitura só trabalhava com terceirizados –, Daniel lembrou que atualmente são mais de 7 mil cargos comissionados – contra pouco mais de 3 mil em 2004 – e que os terceirizados também correspondem um problema na gestão do PT. “A prefeitura responde a processo pela contratação de uma consultoria, a Finatec, com um custo superior a R$ 300 milhões”, relembrou.
Por fim, Daniel Coelho reiterou a importância de não se repetir nesta eleição o “equívoco” de 2008. “O PT e o governador Eduardo Campos apresentaram um candidato desconhecido, sem história política, e a gente viu no que deu. João da Costa é o primeiro prefeito mal avaliado da recente história política do Recife. Não podemos deixar que isso se repita”.
Mendonça desafia Humberto sobre lixo do Recife.
O debate entre os candidatos a prefeito do Recife promovido pelo Inest, agora à noite, foi marcado por um desafio de Mendonça a Humberto Costa (PT): mostrar dados relativos à coleta do lixo nas últimas gestões da cidade. A proposta foi motivada por um comentário do petista sobre um pretenso lapso de 40% na coleta de lixo do Recife durante a gestão Roberto Magalhães (1997-2000). “Eu desafio Humberto a me mostrar que áreas da cidade eram essas que não tinham coleta, pois isso de forma alguma corresponde à verdade. Se quase metade do lixo da cidade não fosse coletado isso seria visível e haveria o caos nas ruas. Isso nunca aconteceu, diferentemente do que foi visto no auge da crise do lixo do início do governo João da Costa, quando a cidade foi tomada por todo tipo de dejetos e sujeira”, disse Mendonça, propondo para que Humberto entregue os dados até 10h de amanhã.
Mendonça ainda lembrou que durante os últimos quatro anos da gestão PT-PSB o valor do contrato do lixo foi aumentado em 80% enquanto a coleta teve redução em vários bairros, passando a não ser mais diária. “Ao contrário do que falou Humberto, o contrato não está nos conformes: foi feito com dispensa de licitação e está sendo questionado pelo Tribunal de Contas. Existem inclusive muitas coisas que nunca foram explicadas à sociedade nesse episódio, e que seria interessante que viessem à tona. A minha gestão vai começar com uma total revisão da política de resíduos: desde os contratos, passando pela coleta e chegando à destinação do lixo”, completou.
A ausência do candidato do PSB, Geraldo Júlio, foi comentada por Mendonça. “Tenho divergências sérias com Humberto, mas o respeito porque ele está aqui e estamos debatendo democraticamente. O que a gente não pode aceitar é a ausência de alguém sem qualquer história política e que, sacado de um colete, quer vencer a eleição na base do poder econômico e do apadrinhamento. O Recife já passou por isso quatro anos atrás e a gente sabe no que deu”.