Nascido em 1802 no Cabo de Santo Agostinho, Francisco do Rego Barros iniciou sua vida no Engenho Trapiche, de propriedade de sua família, que era muito tradicional na época. Seus estudos foram com professores particulares no engenho onde morava e aos 15 anos, em 1817, iniciou sua carreira militar no Regimento de Artilharia do Recife.
Em 1821 recebeu o título de alferes, e após atuar na Revolução de Goiana, Francisco acaba indo para Lisboa, ficando preso na fortaleza de São João da Barra. Em 1823, muda-se para Paris onde conclui o curso de Matemático. Já de volta a Pernambuco, Francisco do Rego Barros é eleito deputado geral e aos 35 anos é nomeado presidente da província de Pernambuco, cargo que equivalia ao de governador na época. Ele fica no posto entre 1837 e 1844, com pequenas interrupções de mandato.
Como presidente da província, Francisco realizou uma série de intervenções que tiveram papel importante no que conhecemos em Pernambuco e no Recife, como a construção de estradas que ligavam a área açucareira à zona portuária do Recife. Foi responsável pela construção de uma ponte pênsil sobre o Rio Capibaribe, na Caxangá, sendo a primeira do Brasil.
Ele ainda reconstruiu a Ponte Santa Isabel, a Ponte Maurício de Nassau e a Ponte da Boa Vista, responsável pela ligação entre o aterro da Boa Vista, hoje Rua da Imperatriz, e a Rua Nova.
No Largo do Erário construiu o Palácio do Governo, que depois receberia nova reforma e hoje é o Palácio do Campo das Princesas, ainda foi responsável pela construção do Edifício da Alfândega, do Teatro Santa Isabel e da Casa de Detenção, hoje Casa da Cultura de Pernambuco, do Cemitério de Santo Amaro e de uma rua que dava continuidade à Rua da Aurora, a princípio era chamada de Rua Formosa, mas depois se tornaria Avenida Conde da Boa Vista.
Em 18 de de junho de 1841 foi agraciado com o título de barão, tornando-se visconde em 1858 e chegando ao posto de conde em 28 de agosto de 1860. Francisco chegou a ser também senador do Império entre 1850 e 1870 e presidente da província do Rio Grande do Sul, tendo participado como comandante de armas da Guerra do Paraguai.
No início de 1870 retornou ao Recife e acabou falecendo em sua residência, na Rua da Aurora, número 405, hoje sede da Polícia Civil de Pernambuco. A morte de Francisco do Rego Barros encerrou sua trajetória como importante homem público, mas sua história continuará na mente dos pernambucanos nas obras e benfeitorias que realizou quando comandou o estado de Pernambuco.
A Avenida Conde da Boa Vista o imortalizou e traz para para os pernambucanos a lembrança de alguém que muito contribuiu para a trajetória do nosso estado e os dias que vivenciamos atualmente.