Escassez de líderes dificulta renovação em Pernambuco
A política pernambucana forjou muitas lideranças que fizeram história no estado nos mais variados cargos. Tivemos nomes como Agamenon Magalhães, Miguel Arraes, Nilo Coelho, Moura Cavalcanti e Marco Maciel, mais recentemente Eduardo Campos, Jarbas Vasconcelos, Sergio Guerra e Guilherme Uchoa fizeram história nos cargos que ocuparam, porém a partida repentina de Eduardo, atrelada a sua forte capacidade de liderança, deixou Pernambuco com a sensação de ausência de líderes políticos arrojados.
O governador Paulo Câmara foi ungido por Eduardo Campos para ocupar o Palácio do Campo das Princesas, porém nunca passou pela sua cabeça ser governador de Pernambuco. Era um técnico competente, que por onde passou realizou trabalhos acima da média, e acabou sendo escolhido para a sucessão daquele que foi o maior governador da história de Pernambuco. Como se não bastasse, Paulo Câmara chegou ao Palácio do Campo das Princesas sem contar com o seu padrinho político, que faleceu num trágico acidente aéreo, no auge da sua carreira política.
Passados quase cinco anos da morte de Eduardo Campos, ainda que tenhamos nomes qualificados como os senadores Fernando Bezerra Coelho, Jarbas Vasconcelos e Humberto Costa, e os prefeitos Geraldo Julio, Miguel Coelho e Anderson Ferreira como expoentes da política atual, é indiscutível que exceto Jarbas Vasconcelos, que já ocupou o Palácio do Campo das Princesas, falta a eles o cargo de governador, mais do que isso, realizar uma gestão exitosa no cargo que possa ter uma desenvoltura parecida com a de Eduardo para serem alçados à condição de líderes completos.
Se há este sentimento na classe política a respeito dos nomes citados, ainda é latente a falta de novos nomes que possam apontar para um caminho tal como Arraes, Agamenon, Eduardo, Nilo, Maciel e tantos outros conseguiram, uma vez que há um desgaste generalizado da classe política perante a sociedade. Se antigamente havia o desejo de pessoas bem-sucedidas na vida empresarial de ingressar na política, hoje a criminalização constante da atividade tem afastado pessoas que têm visão estratégica e que possam pensar a política de forma global e efetiva. Portanto, quem já é político que aprende o caminho das pedras, apesar das críticas que recebe, permanece na atividade, e quem pode representar uma efetiva mudança não quer a exposição de uma candidatura ou de um mandato porque ainda que tenha boas intenções e bons projetos, está fadado a ser levado para a vala comum e ser atacado constantemente porque a atividade política foi completamente criminalizada pela sociedade.
Limoeiro – Após 11 anos de espera, o Centro de Artesanato Vale do Capibaribe, em Limoeiro, vai ser reformado. “Quando o prefeito Joãozinho veio a mim para falar da demora, não medi esforços para assegurar a melhoria do espaço voltado ao trabalho dos artesãos”, explicou o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e deputado licenciado, Aluisio Lessa. Lessa articulou reunião com o secretário estadual de Turismo, Rodrigo Novaes, para escutar a demanda e entender a necessidade da reestruturação do Centro. Em pouco tempo, os recursos de R$ 541 mil, fruto de convênio da secretaria com a União, foram liberados. “Agora, a obra tem prazo de seis meses para ser concluída. Fico feliz em participar em uma ação de preservação da nossa cultura”, finaliza o secretário.
Saneamento – Diante do impasse para aprovação da Medida Provisória 868, bem como do relatório oferecido pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), o deputado Fernando Monteiro (PP) apresentou um Projeto de Lei que pretende contribuir para levar saneamento básico à população. O projeto toma como base o relatório de Jereissati, que não teve consenso na Câmara e, na opinião de Fernando Monteiro, não contemplou pontos importantes levantados na discussão. O projeto procura dar mais segurança aos municípios para expandir os serviços.
Destaque – O deputado estadual Antonio Coelho (DEM) destacou as medidas anunciadas pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, em visita a Pernambuco, na última semana. O parlamentar acompanhou a programação feita pelo chefe do Executivo nacional no Recife e em Petrolina. Na tribuna da Assembleia Legislativa, Coelho afirmou que a primeira agenda de Bolsonaro no Nordeste sinaliza a prioridade que será dada à região pelo governo federal.
Homenagem – O deputado estadual Romero Albuquerque, que solicitou a troca do seu nome parlamentar para Romero da Fonte, afirmou que fez uma justa homenagem ao deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do seu partido, o PP. De acordo com Romero, sua atitude simboliza gratidão ao amigo e aliado Eduardo da Fonte.
Posse – O pernambucano Gilson Machado Neto assumirá nesta quarta-feira a presidência da Embratur. A posse dele ocorrerá a partir das 18 horas na sede da estatal, e deverá ser bastante prestigiada pela classe política pernambucana. Gilson é o pernambucano mais próximo do presidente Jair Bolsonaro.
RÁPIDAS
Pacote – Em debate na rádio, nesta terça-feira (28), o procurador Cristiano Pimentel, do Ministério Público de Contas de Pernambuco (MPCO), criticou o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro, proposto na mesma semana da reforma da previdência, estar parado na Câmara dos Deputados. Ainda não foi instalada a comissão especial para analisar os projetos. O procurador lembrou que o pacote tem medidas importantes contra a corrupção, que precisam ser debatidas pelo Congresso.
Cidadão – O deputado estadual Marco Aurélio (PRTB) viajou à Brasília para tratar dos últimos detalhes da cerimônia do título de cidadão recifense ao vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, marcado para o dia 5 de junho na Câmara Municipal do Recife. Marco fez a proposição quando era vereador do Recife.
Inocente quer saber – A homenagem do deputado Romero da Fonte poderá ser repetida entre os seus pares a outros políticos importantes?