O deputado federal Kaio Maniçoba, que está filiado ao MDB, e ainda é secretário de Habitação, deverá oficializar sua filiação ao Solidariedade nos próximos dias e assim como João Fernando é mais um deputado a disputar as eleições deste ano pela chapinha composta por PP, Solidariedade, PDT, PCdoB e PROS. Com a confirmação de João e Maniçoba, a chapa elegerá seis deputados e lutará pela sétima vaga.
Coluna do blog desta terça-feira
Os argumentos para a construção da chapinha de federal
O deputado federal Eduardo da Fonte, um dos idealizadores da chapinha formada por PP, PDT, PCdoB e Solidariedade, utiliza uma série de argumentos para construir uma chapinha nas eleições deste ano para deputado federal. Ele se articula no sentido de mobilizar parlamentares e convencer o governador a aceitar a formação de uma chapinha em vez de impor um chapão para deputado federal.
Puxador de votos com potencial para mais de 250 mil votos, Eduardo da Fonte estaria eleito em qualquer cenário, porém entende que com a construção da chapinha, a coligação do governador Paulo Câmara poderá eleger até 19 parlamentares, sendo até doze pelo chapão e até sete pela chapinha. Enquanto coligando de cabo a rabo, ele chegaria a 15 federais, estourando 16, sendo que os últimos se elegeriam com votações entre 90 e 95 mil votos, o que evidentemente desestimularia nomes que têm potencial de votos para 60 a 70 mil votos e que não teriam a menor chance no chapão.
Numa conta preliminar, a chapinha liderada por Eduardo poderia chegar a 850 mil votos, o que elegeria 4 diretamente e encaminharia o quinto na sobra. Enquanto o chapão poderia fazer por volta de 2,1 milhões e eleger 11 federais e um na sobra. É pertinente considerar que o décimo segundo entraria com pelo menos 100 mil votos, nada muito diferente do que no cenário que fizesse dezesseis todo mundo junto. Além disso, com a nova legislação dando direito às coligações que não atingirem o quociente eleitoral disputar as sobras, a Frente Popular estaria habilitada a disputar duas sobras, enquanto no chapão só teria chance de tentar uma sobra na conta dele.
Além de poder eleger 17 federais no pior cenário em vez de 16 no chapão, a Frente Popular seria beneficiada por ter duas coligações com candidatos disputando vagas em condição de igualdade com o entusiasmo de pedir votos para o governador Paulo Câmara, o que dificilmente ocorreria no cenário de um único chapão que corria riscos de haver uma série de desistências. A chapa que tem Augusto Coutinho, Eduardo da Fonte e Wolney Queiroz, poderia receber o reforço de Kaio Maniçoba, Marinaldo Rosendo, Eriberto Medeiros, Luciana Santos, Renildo Calheiros, Cadoca, Ninho e outros nomes com potencial de disputa, todos eles com chances reais de brigar para ter 60 a 70 mil votos e garantir a quinta vaga, além do mais eles com melhores chances poderiam ter votações ainda maiores e ampliar a possibilidade de vagas. A chapinha, na ótica de Eduardo da Fonte, é a melhor alternativa para fortalecer a reeleição do governador Paulo Câmara, que é o principal projeto da Frente Popular nas eleições deste ano.
Reforço – O vereador do Recife Davi Muniz, pré-candidato a deputado estadual pelo Patriota, ganhou mais um reforço para a sua candidatura a uma vaga na Alepe. Ele recebeu o apoio dos vereadores Ana Neri, Mano de Etiene, a suplente Cicinha e o ex-vereador Natal, todos de Bom Jardim. A expectativa é que ele possa construir uma expressiva votação no município nas eleições de outubro.
Vicência – A falta de água nas torneiras da população de Vicência motivou o deputado estadual José Humberto (PTB) a cobrar da COMPESA a regularidade no abastecimento. “Nos últimos dias fui procurado por vereadores e representantes da sociedade civil de Vicência que denunciam que os serviços prestados pela Companhia Pernambucana de Saneamento não estaria correspondendo à necessidade da população”, alertou o parlamentar.
Compromisso – O deputado federal Silvio Costa, pré-candidato a senador pelo Avante, refutou qualquer possibilidade de apoiar Mendonça Filho para governador. Ele diz que seu compromisso é com a candidatura de Armando Monteiro, que será candidato a governador e foi o único pré-candidato a se posicionar contrariamente ao impeachment de Dilma Rousseff.
Judicialização – Um advogado com experiência nesta questão partidária e eleitoral, acredita que Marília Arraes poderá judicializar a situação do PT tentando viabilizar sua candidatura ao governo. Além de ter a opção de conseguir ser candidata, ela atrapalharia a vida da Frente Popular, pois a participação do PT na conta do guia eleitoral ficaria comprometida e poderia criar um imbróglio jurídico difícil de resolver. Resta saber se Marília terá coragem para levar a tese a diante.
RÁPIDAS
Guinada – O ex-Procurador Geral de Justiça, Aguinaldo Fenelon de Barros se afastou do Procurador Geral de Justiça, Francisco Dirceu Barros, e já ensaia acordo com a oposição e o presidente da AMPPE, Roberto Breyner, para se lançar candidato ao cargo máximo do Ministério Público na próxima eleição. A briga promete ser grande.
Bocão – Ontem passamos a integrar o time de comentaristas do Programa do Bocão, na Rádio Clube. O programa que é sucesso de audiência em todas as regiões do estado é comandado por um dos mais conceituados radialistas de Pernambuco, Tarcisio Regueira, o Bocão. Agradeço a ele e a todos que fazem a Rádio Clube pelo espaço para falar de política.
Inocente quer saber – Raul Henry conseguirá uma liminar contra o novo pedido de dissolução do MDB de Pernambuco?
PRTB fecha chapinha com PSL para federal
O presidente estadual do PRTB, Edinazio Silva, esteve reunido com o deputado federal Luciano Bivar, o prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, o deputado estadual Beto Accioly e decidiu que haverá a retomada do G6 para deputado federal que elegeu Kaio Maniçoba com 28.585 votos. Ficou acertado que PRTB, PSL, PV, PHS, PSDC e PRP estarão coligados para deputado federal e deverão alinhar da melhor maneira possível para eleger uma boa quantidade de deputados estaduais, separados em 2014 em três chapinhas o grupo elegeu cinco deputados. Agora a meta é eleger uma quantidade maior.
“Ô mainha, só vou com Paulo se tiver minha chapinha”
Um deputado disse que é ridícula a hipótese de por conta de João Campos ou Felipe Carreras retirarem as candidaturas a chapinha ser desmontada. Ela é prego batido e ponta virada. Outro parlamentar fez a seguinte observação fazendo uma paródia: “Ô mainha, só vou com Paulo se tiver minha chapinha…” deixando em aberto a possibilidade de apoiar outro candidato se o governo impuser a formação do chapão.
“Tirem João Campos ou Felipe Carreras que não tem chapinha”
Um deputado federal que está sonhando em se reeleger fez uma conta muito simples para resolver a situação da chapinha, se o governador tirar João Campos ou Felipe Carreras e distribuir os votos com os deputados da chapinha, não tem motivos para mantê-la existindo. Resta saber se o governo tirará João Campos, o herdeiro de Eduardo, ou tirará Felipe Carreras, que tem estrutura para ser secretário sem precisar do mandato.
Deputados de Paulo Câmara querem implodir chapinha
A confusão não parece ter fim, deputados do PSB e partidos ligados decidiram pressionar o governador para que ele imploda a chapinha montada ontem, pois chegaram à conclusão que o maior prejudicado é o governo com o risco de eleger somente dez deputados federais. Caberá ao governador Paulo Câmara muita habilidade neste caso, pois qualquer que seja o resultado não tem a menor hipótese de todo mundo ficar satisfeito.
Coluna do blog desta terça-feira
Se Temer não tiver 172 votos, pode terminar o governo
O Procurador Geral da República Rodrigo Janot ofereceu denúncia por corrupção passiva ao Supremo Tribunal Federal, que acionará a Câmara dos Deputados para decidir se abre ou não inquérito contra o presidente Michel Temer. Num processo parecido com o impeachment, o presidente precisará levantar 172 votos para derrubar a abertura de inquérito, são necessários 342 para que o Supremo abra investigação contra Temer por conta de Rodrigo Rocha Loures ter recebido R$ 500 mil da JBS que supostamente seriam destinados ao presidente toda semana.
Assim como Dilma em 2016, Temer precisará salvar seu mandato, pois ainda que não esteja em curso um processo de impeachment, caso a abertura de inquérito seja aprovada, será um sinal inequívoco de que o governo Michel Temer definitivamente acabou. Pela sua interlocução com o Congresso que ainda existe e principalmente pelo fato de ser uma espécie de escudo para a classe política, é possível que o presidente consiga barrar a investigação.
Mas é preciso considerar a forte pressão popular que deverá ocorrer sobre o Congresso Nacional, e isso poderá ser determinante em desfavor do presdente Michel Temer. Se o presidente pôde comemorar a absolvição no TSE, agora terá que se preocupar com a denúncia de Janot, pois se não conseguir mobilizar sua base que beira os 400 deputados, pode colocar o pijama porque o governo acabou.
Faltando um ano e meio para findar o seu mandato, Michel Temer só permanece no cargo por força de não ter um substituto que unifique a classe política. Mas a bem da verdade é que ainda que escape da abertura de inquérito, ele não terá mais nenhuma condição política, ética ou moral para propor qualquer projeto importante para o país, enquanto isso o Brasil agoniza numa crise jamais vista em toda sua história.
Sinal – Muitos deputados e prefeitos que estão insatisfeitos com o Palácio do Campo das Princesas aguardam um sinal inequívoco de que o senador Fernando Bezerra Coelho será candidato a governador de Pernambuco em 2018. Eles dizem que se o senador fizer um movimento mais claro a respeito da sua postulação, a debandada será geral.
Possibilidade – O sinal esperado não precisa ser o de declarar publicamente que é candidato, basta oficializar a saída do PSB. Como ele tem um mandato de senador, diferentemente dos deputados federais, poderá trocar de partido a hora que achar melhor. Se antecipar a decisão, já deixará claro a postulação e mobilizará com mais força a tropa que está ávida por uma alternativa consistente à hegemonia do PSB no estado.
Federal – O empresário Guilherme Uchoa Júnior se filiará ao PR, a convite do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Anderson Ferreira, do mesmo partido, para ser candidato a deputado federal em 2018. Herdeiro político do presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, o empresário tem plenas chances de sair vitorioso na disputa.
Cinco – O deputado estadual André Ferreira, presidente estadual do PSC, está montando uma chapinha ainda mais atrativa que a do PP. Segundo ele, um candidato poderá se eleger na chapinha do partido com apenas 20 mil votos. A sigla poderá eleger cinco deputados estaduais em 2018. Nas eleições de 2016, o PSC emplacou três vereadores no Recife, surpreendendo todos os prognósticos.
RÁPIDAS
Herdeiro – O mandato do vereador Romero Albuquerque, já cassado pela Justiça Eleitoral, não será herdado pelo suplente Wilton Brito (PP). É que os 5.613 votos dele seriam anulados, então na conta o PP baixaria para 46.557 votos, e perderia a terceira vaga na sobra para o PEN que atingiu 51.210 votos. O mandato seria herdado por Júnior de Cleto, que teve 3.620 votos.
Veto – Setores do PT não aceitam de jeito nenhum a candidatura de Marília Arraes a governadora em 2018. O veto ao seu nome se dá pelo motivo de ela não ter nenhum histórico no partido e que se for pra mandar alguém pro sacrifício não será ela. O veto a Marília é uma imbecilidade, pois ela tinha plenas condições de defender as bandeiras do PT no estado mesmo não sendo uma petista de raiz.
Inocente quer saber – Joaquim Neto perderá o mandato de prefeito de Gravatá no julgamento do TSE marcado pra hoje?