João Campos se beneficia pela fragmentação oposicionista
Em pouco mais de quinze dias do início da campanha eleitoral propriamente dita, o sentimento no meio político é o de que o deputado federal João Campos deverá ampliar sua perspectiva de crescimento no decorrer da campanha. Além da força motriz da Frente Popular que conta com mais de 30 vereadores de mandato lhe apoiando, o socialista está sendo beneficiado pela fragmentação oposicionista, e mais do que isso, pela autofagia entre os principais nomes.
A campanha mal começou e o que se observa é a briga entre Marília Arraes e a Delegada Patricia pelo voto feminino, bem como entre a Delegada e Mendonça Filho pelo voto de direita, que também está sendo buscado por nomes como Coronel Feitosa, Marco Aurélio, Charbel Maroun e Carlos Andrade Lima. Com muita gente falando praticamente as mesmas coisas, o eleitor acaba não identificando muito bem quem pode representar determinado projeto e faz a opção por quem tem maiores chances de vencer, através do chamado voto útil.
João Campos, assim como os demais candidatos apoiados por grandes coligações em pleitos anteriores, já começa a se descolar de seus adversários e com o início do guia eleitoral, que lhe garante a maior exposição na TV e no rádio, há quem aposte na possibilidade, hoje ainda distante, de o socialista liquidar a fatura no dia 15 de novembro. A fragmentação oposicionista, da forma como aconteceu, já dá sinais de que foi um equívoco e que o melhor caminho era a unidade em torno de um único nome que demonstrasse mais competitividade, como Daniel Coelho, por exemplo, que ficou de fora da disputa após ser sabotado pelos seus próprios aliados.
Sem relevância – Uma aposta dos candidatos oposicionistas seria o fator Jair Bolsonaro na disputa pela prefeitura do Recife. Porém, o peso do presidente no processo eleitoral aparenta ser cada vez mais reduzido, ora pela sua baixa aprovação na cidade, ora pela falta de um nome que tenha efetivamente alguma identificação com ele.
Camaragibe – O candidato a prefeito Gustavo Matos (MDB) está apresentando uma campanha leve e propositiva de olho nos eleitores da cidade que não querem os políticos tradicionais. A cúpula do MDB está satisfeita com o início da campanha do seu candidato em Camaragibe.
Ipojuca – A disputa em Ipojuca está bastante acirrada, com destaque para Albérico da Cobal (PP), Carlos Santana (PSB) e a atual prefeita Célia Sales (PTB), que nos últimos meses cresceu de forma significativa sua aprovação na cidade e voltou forte para o jogo em busca da reeleição.
Bruno Covas – Em São Paulo, o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) começou muito atrás de Celso Russomanno (Republicanos), porém o sentimento é que será questão de tempo o tucano assumir a liderança nas pesquisas. Russomanno sempre começa liderando mas no decorrer da disputa perde o fôlego e acaba derrotado.
Inocente quer saber – A Covid-19 não contagia quem está nas ruas fazendo campanhas eleitorais?