Túlio Gadêlha foi desrespeitoso com PDT e Adriana Rocha
O deputado federal Túlio Gadêlha convocou uma coletiva ontem para anunciar a desistência da disputa pela prefeitura do Recife. No PDT havia o sentimento de que a advogada Adriana Rocha era tida como a escolha ideal para a vice de João Campos, numa construção conjunta com o PDT nacional.
Túlio Gadêlha, cujo predicado nas eleições de 2018 foi ser namorado de uma global, demonstrou imaturidade junto ao comando nacional do partido, ao decidir indicar um ilustre desconhecido que não tinha nenhuma afinidade política com o PSB. Quis jogar para a plateia a sua mágoa com Carlos Lupi por não ter bancado seu projeto pessoal.
Olhando pelo retrovisor, Túlio perdeu uma grande oportunidade de demonstrar largura política e sinalizar capacidade de diálogo com outras forças políticas e garantir uma trajetória mais longa na política, uma vez que até o presente momento, não conseguiu dizer a quê veio em seu mandato na Câmara dos Deputados.
A própria escolha do PDT do Recife, que se dividiu entre o proposto por Túlio, Adriana Rocha e Isabella de Roldão, que juntas tiveram mais votos que o indicado por Túlio, evidenciou que o parlamentar saiu menor do processo. A escolha de Adriana Rocha seria algo que pacificaria o PDT, teria boa receptividade na Frente Popular e demonstraria a largura política de Túlio, que acabou chamuscado do processo na confiança do seu próprio partido.
Dialogando – O PDT nacional também não aceitou a indicação do deputado Túlio Gadêlha para a vice de João Campos e decidiu que dialogará com o PSB e com outros partidos da Frente Popular para anunciar o nome que irá compor a chapa majoritária.
Depoimento – O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou ao presidente da República a prerrogativa de depor por escrito no inquérito que investiga a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal. Esta investigação foi aberta após denúncia do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, ao deixar o governo. Agora, o depoimento terá que ser pessoal, perante um delegado.
Prisão – Após o afastamento do governador do Estado, o novo episódio no Rio de Janeiro foi a prisão do secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes. Por ter apresentado um exame positivo para covid-19, o secretário teve a prisão preventiva convertida em domiciliar. Na mesma operação, a Polícia Civil tinha ainda um mandado de prisão contra a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB), filha do também ex-deputado Roberto Jefferson.
Celso Muniz Filho – O empresário Celso Muniz Filho será oficializado pelo MDB no próximo dia 15 como candidato a prefeito de Olinda. Com uma bem-sucedida trajetória empresarial, Celso poderá apresentar a Olinda um novo jeito de governar, que poderá tirar a cidade da letargia administrativa das últimas gestões.
Anderson Ferreira – O prefeito Anderson Ferreira (PL) marcou sua convenção para a próxima segunda-feira (14) no Colégio Elo a partir das 14 horas em Jaboatão dos Guararapes. Anderson montou a maior coligação da disputa, recebendo apoios importantes que não marcharam com ele em 2016.
Inocente quer saber – Teremos alguma reviravolta nas candidaturas postas até a próxima quarta no Recife?