Bruno Martiniano tem dificuldades para se reeleger em Gravatá
Eleito em 2012 com o apoio do então governador Eduardo Campos, Bruno Martiniano enfrentou o ex-prefeito Joaquim Neto. Governar Gravatá era um sonho acalentado por Bruno Martiniano há muito tempo e sua vitória foi sacramentada com quase 58% dos votos válidos. Sucedendo Ozano Britto, afilhado político de Joaquim, Bruno Martiniano prometeu fazer uma gestão eficiente para a cidade de Gravatá.
Passados quase três anos do início da sua gestão, Bruno é um prefeito reprovado por quase 70% da população. A maioria das pessoas que residem em Gravatá está desapontada com sua gestão, que prometeu muito e não fez quase nada. Além disso, no campo político Bruno era filiado ao PTB do ministro Armando Monteiro, que disputou o governo de Pernambuco, mas preferiu apoiar a candidatura de Paulo Câmara no ano passado. Colocando a coerência completamente de lado.
Rompido com vice-prefeito Rafael Prequé (PSB), Bruno está impossibilitado até de falar nas rádios do município, seja para evitar ouvir críticas da população ou também por não ter o que falar do desastre que é sua gestão. Recentemente se desfiliou do PTB e almeja entrar num partido da Frente Popular para tentar a reeleição. Seu caminho pode ser o PMDB do deputado Jarbas Vasconcelos, mas há quem diga que nem o próprio PMDB está disposto a recebê-lo tamanha sua falta de capacidade de gestão e sobretudo a sua incoerência política.
Além disso, o PSB estaria interessado em lançar o deputado estadual Waldemar Borges na disputa pela prefeitura do município nas eleições do ano que vem. Waldemar possui excelente trânsito com o Palácio, afinal é o líder do governo na Alepe, mas sobretudo com os partidos que integram a Frente Popular que estariam animados com a sua candidatura.
A situação de Bruno Martiniano em Gravatá não é nada animadora. Tem o repúdio do grupo do ministro Armando Monteiro, a desconfiança do governador Paulo Câmara e principalmente a rejeição da população que está arrependida de ter lhe elegido para o posto de chefe do executivo municipal em 2012. Talvez o melhor caminho seja desistir de disputar a reeleição no ano que vem para não passar um vexame ainda maior do que é a sua gestão.
Resposta – “Caro Edmar Lyra, de fato conquistei espaços em Brasília, mas,diante desse céu de brigadeiro que estou vivendo, como foi bem colocado na coluna do seu blog, não terei como recuar da decisão de concorrer à Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, no próximo ano. Os apoios e incentivos que estou recebendo apontam para um cenário favorável a uma candidatura que represente a mudança e o novo. Os incentivos partem de populares, no dia a dia, e também de lideranças políticas de peso de Pernambuco. Em tempos de dificuldades, é preciso ter um projeto de gestão que apresente alternativas e que atenda aos interesses da população. Assim, reitero que o céu de brigadeiro do momento político não pode ser motivo de acomodação, mas de motivação para buscarmos novos desafios.” , Anderson Ferreira (PR-PE).
Visita – O ministro da Integração Nacional Gilberto Occhi realiza hoje uma visita em Paulista. Na ocasião Occhi vai assinar Ordem de Serviço para as obras de dragagem do rio Paratibe. Os recursos e a visita do ministro foram articulados pelos deputados federais Ferando Monteiro e Eduardo da Fonte, ambos do PP, mesmo partido do ministro.
Mordaça – A ministra da Agricultura Katia Abreu (PMDB) baixou uma ordem no ministério para que qualquer funcionário da pasta, incluindo o pessoal do segundo escalão, só conceda entrevistas mediante autorização prévia da ministra. Não surpreende a postura de alguém que era crítica ferrenha do PT nos tempos do PFL e hoje é uma aliada muito próxima da presidente Dilma Rousseff.
Embarque – O governador Paulo Câmara fez questão de prestigiar ontem o embarque dos alunos da rede estadual de ensino para o exterior através do programa Ganhe o Mundo. O projeto foi idealizado pelo ex-governador Eduardo Campos e ontem levou quase cem estudantes para estudar no exterior.
RÁPIDAS
Desistiu – Após ensaiar a recriação da CPMF rebatizando-a de CIS, o Palácio do Planalto recuou da ideia. É que essa medida reduziria a pó a já combalida popularidade do governo, além disso recebeu um veto imediato do vice-presidente Michel Temer e dos presidentes da Câmara Eduardo Cunha e do Senado Renan Calheiros.
Pressão – Pivô dos maiores problemas que o Planalto possui com a Câmara e o Senado, o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante virou persona non grata até do ex-presidente Lula. Todos querem sua saída, exceto Dilma que ainda não entendeu que cortar a cabeça de Mercadante pode melhorar sua relação com o Congresso.
Inocente quer saber – Vicente André Gomes desistiu de construir uma nova sede para a Câmara do Recife como havia prometido?