Por Paulo Farias do Monte
Em fim, o teatro de Elias Gomes chega a última cena, com o seu isolamento no Partido e o recebimento do motivo que ele implorava para deixar a legenda, sem denotar o seu oportunismo. Explicarei a abaixo.
É claro que quem quer e sonha presidir um partido trabalha para seu engredecimento. Elias Gomes nunca trabalhou por partido algum. Sempre trabalhou para seu grupo que é compõe-se dele e de um dos filhos. Os demais servem apenas para balançar bandeira.
Em 1996, Elias Gomes elegeu-se Prefeito do Cabo com o apoio de Arraes e Eduardo. Logo, que assumiu começou a trair o partido, pois como águia já via a derrocada de Arraes e a ascensão de Jarbas. Daí, aproximou-se de Bayron Sarinho e Roberto Freire e elevou o primeiro a Secretário-mor do Cabo. Queria o comando do PPS para aliar-se ao Poder de plantão. Foi então para o PPS.
Lançou Bayron Sarinho seu candidato a Deputado Estadual em 1998 e mesmo com o “apoio da máquina, o resultado foi um resultado humilhante para Bayron: 3 mil votos, no Cabo, ante os 28 mil votos obtidos por Lula Cabral, que saíra eleito do Município.
Elias que só é capaz de apoiar ele mesmo e o filho Betinho Gomes deixou Bayron entregue às moscas. Ele sabe usar bem as legendas e até hoje, o PPS do Cabo serve de sublegenda para Elias e Betinho, vez que sequer apoiam Jugman. O PPS definhou sob o comando de Elias Gomes, que mais tarde migrou para o PSDB.
Na legenda tucana Elias aproximou-se de Sérgio Guerra para tentar perpetrar seu projeto pessoal: ele Prefeito de Jaboatão e Betinho Gomes, do Cabo.
Em Jaboatão deu certo. No Cabo, como diria Drumond “tinha uma pedra no meio do caminho.” E que pedra!
Sendo Prefeito da segunda cidade mais importante do Estado, Elias Gomes chegou a ser vice presidente Estadual da legenda tucana com o compromisso de assumir a presidência.
Esqueceu Elias que compromisso só se cumpre com quem tem compromisso. E qual o com o compromisso de Elias Gomes com o fortalecimento do PSDB?
Na campanha presidencial, enquanto Aécio estava bem situado nas pesquisas, trouxe o mineiro-carioca para Jaboatão, fez festa numa Casa de Recepção, em Piedade e auto nomeou-se coordenador da campanha tucana. Bastou o incidente trágico que vitimou Eduardo catapultar Marina Silva, que ele e o filho, então candidato à Federal, passasse a apoiar Marina Silva.
Ao final, com o soerguimento de Aécio, lá nas últimas horas do primeiro turno, eles correram para recolher a propaganda vinculado à Marina para recolocar a de Aécio Neves. Esforço em vão. Pois o resultado das urnas foi do tamanho do empenho da dupla Elias e Betinho Gomes: 5% dos votos em Jaboatão e 5 % dos votos, no Cabo.
Porém, a maior traição à legenda tucana ocorreu em 2016, quando a todo custo Elias Gomes atrapalhou à candidatura de Daniel Coelho para beneficiar Geraldo Julio(PSB) querendo em troca que os socialistas negassem legenda no Cabo a Lula Cabral. Mais uma vez havia uma Pedra no meio do Caminho. Não havia como o PSB negar legenda a Lula Cabral.
É impensável que um Prefeito que pretenda assumir à presidência Estadual de partido apresente o candidato ânsia sucessão de outro partido. Foi assim que Elias Gomes agiu. Uma traição aos tucanos sem tamanho, pois apresentou o socialista Heraldo Selva como candidato em detrimento do PSDB.
Elias Gomes sabe da debilidade e da fraqueza de seu filho Betinho Gomes que não possui qualquer vocação para política e que é fruto da vaidade do pai, que impôs suas candidaturas sempre estofada no uso da máquina. Sem o respaldo de uma Prefeitura em 2006 perderam pai e filho.
Eis que agora, Elias Gomes vinha cobrando do PSDB à entrega do Comando Estadual a ele.
Por tudo que ele fez contrário ao fortalecimento do Partido, ele merece? Claro que não.
O que queria Elias Gomes com essa cobrança era arrumar um motivo para deixar o Partido e buscar de forma oportunista uma sigla onde o seu moribundo filho Betinho Gomes possa disputar a reeleição e ele disputar a eleição para Deputado Estadual.
Elias Gomes vive seu ocaso. Seu filho Betinho Gomes não une, não tem o apoio sequer do irmão Elias Gomes Filho e deverá ser derrotado em 2018, mesmo com a manobra oportunista de buscar abrigo numa legenda menor.
Com a união de todas as forças do PSDB em torno de Bruno Araújo, Elias Gomes recebeu o motivo que esperava. Ele está clamando como Tim Maia: “me dê motivos pra ir embora”.