Armando Monteiro representa maior coligação oposicionista dos últimos tempos
Pré-candidato a governador de Pernambuco, o senador Armando Monteiro será oficializado no próximo sábado como candidato de uma coligação que possui garantidos pelo menos doze partidos, configurando-se na maior frente política de um projeto oposicionista da história recente. Além do mais, serão dois senadores, uma dezena de deputados federais, quase quinze deputados estaduais, e dezenas de prefeitos de todo o estado.
No que diz respeito aos prefeitos, é importante frisar que Armando Monteiro será apoiado pelos prefeitos de Jaboatão dos Guararapes, Camaragibe, Garanhuns, São Lourenço da Mata, Igarassu, Belo Jardim, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Petrolina e Araripina, que juntos representam parte significativa do eleitorado, e que terão papel imprescindível na eleição deste ano.
Diferentemente de 2014 quando foi colocado como candidato de mudança num forte sentimento de continuidade, Armando será novamente candidato num quadro em que o eleitor sinaliza pelo desejo de mudança. Essa frente política montada em torno de Armando, diga-se de passagem, com muita harmonia entre os aliados, foi construída sem qualquer tipo de imposição da parte do petebista, que acabou sendo ungido como candidato sem ter qualquer aresta.
Armando que já foi três vezes deputado federal, presidente da CNI, ministro e senador, tem envergadura suficiente para exercer o cargo de governador, que há anos é o seu maior desejo. Se em 2014 ele teve Eduardo Campos como um grande óbice ao seu projeto, em 2018 ele dependerá exclusivamente dele para chegar ao segundo turno e tentar quebrar uma hegemonia que já dura doze anos.
Como candidato de uma ampla frente política, o senador Armando Monteiro conta com importantes apoios na politica, como o do senador Fernando Bezerra Coelho, que já prometeu ser um leão-de-chácara na tentativa de levá-lo ao Palácio do Campo das Princesas em 2019. Armando é definitivamente o candidato da mudança em Pernambuco, mas não uma mudança para caminhos incertos, pelo seu perfil, pela sua história e sobretudo pela sua experiência, ele é a mudança mais segura que será ofertada a Pernambuco nestas eleições.
Vice – Um nome muito palatável para o cargo de vice-governador na Frente Popular é o ex-prefeito de Caruaru José Queiroz, que governou a capital do agreste por quatro ocasiões e deixou a prefeitura pela porta da frente e de cabeça erguida. Se optar por Queiroz, Paulo Câmara estará respeitando o peso de Caruaru na equação eleitoral e ainda reeditará a dobradinha PSB/PDT que levou Eduardo Campos ao Palácio do Campo das Princesas em 2006.
Questionamento – Um deputado em reserva questiona se Eriberto Medeiros será mesmo candidato a deputado federal caso seja eleito presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco. O parlamentar acredita que seria pertinente que a eleição fosse após as convenções ou que Eriberto diga publicamente que será mesmo candidato a federal antes de assumir o comando da Casa Joaquim Nabuco.
Priscila Krause – Nome levantado para ser a vice de Armando Monteiro, Priscila Krause está no seu primeiro mandato de deputada estadual, tendo sido três vezes vereadora do Recife. Em 2016 foi candidata a prefeita do Recife ficando em quarto lugar com 5% dos votos. Caso se confirme a escolha, Armando terá uma ótima companheira de chapa para contribuir com o seu projeto.
Geraldo Julio – O prefeito Geraldo Julio, assim como em 2014, desempenhará um importante papel na campanha de Paulo Câmara. Por governar a capital do estado e ser bem-avaliado, Geraldo será um grande cabo eleitoral do governador, além disso deverá ficar responsável pela execução da campanha, pois já saiu vitorioso em três ocasiões, duas como prefeito e uma como coordenador de Paulo Câmara.
RÁPIDAS
Força – O ato de lançamento da pré-candidatura de Fabiola Cabral a deputada estadual serviu para evidenciar o motivo de seu projeto ser considerado o majoritário do Cabo de Santo Agostinho. Em plena terça-feira, num dia de muita chuva, Fabíola reuniu mais de duas mil pessoas no evento que contou com o governador Paulo Câmara, o deputado federal Eduardo da Fonte, o prefeito Lula Cabral e lideranças políticas do Cabo e de todo o estado.
Descolamento – Preocupado com o rótulo que seus aliados receberão, o deputado federal Daniel Coelho já dá sinais de que não quer ter sua imagem atrelada aos candidatos que receberão seu apoio. Novamente Daniel utilizará uma campanha independente em relação aos nomes da majoritária porque foi assim que ele deixou de ser vereador e chegou a deputado federal, portanto, não vai querer mexer em time que está ganhando.
Inocente quer saber – Se Marília Arraes for rifada pelo PT, qual será seu caminho na eleição deste ano?