Bolsonaro não pode romper com Sérgio Moro
Na formatação do governo, o presidente Jair Bolsonaro surpreendeu ao convencer Sérgio Moro deixar anos de magistratura para assumir o ministério da Justiça. O ministro também surpreendeu em aceitar a missão, uma vez que figurava-se numa situação bastante confortável de juiz responsável pela Lava-Jato, atender a convocação de Bolsonaro foi um ato de coragem e desprendimento de Moro.
Já na execução do governo, ficou decidido que Moro ficaria responsável por um ministério da Justiça que responderia também pela Segurança Pública, pasta criada por Michel Temer para apresentar políticas públicas mais efetivas para o combate à violência. Em pouco mais de um ano à frente da segurança pública, Moro conseguiu um resultado significativo ao reduzir em 22% o número de homicídios no Brasil. Esses números mostram que o time está ganhando e como todos sabem, não se pode mexer em time que está ganhando. Tirar a segurança pública de Moro é contraproducente para o governo.
O presidente Jair Bolsonaro precisa entender que apesar de Moro ser uma figura popular, foi em Bolsonaro que o eleitorado escolheu, e o sucesso de Moro é o sucesso do seu governo. Praticar hostilidades contra um de seus melhores ministros poderá fazer de Moro um candidato muito forte para enfrentá-lo em 2022 e dará uma narrativa que não é necessária ao ministro da Justiça. Outra coisa, é óbvio que Bolsonaro não pode descartar a ida de Moro para o STF, se assim fizer, estará indo de encontro com o seu eleitorado que gosta de Moro e quer vê-lo na Suprema Côrte brasileira.
Bolsonaro tem a faca e o queijo para vencer 2022, pois seu governo é exitoso com resultados na economia e na segurança, passando pela infraestrutura e outras áreas que estão caminhando de vento em popa. Portanto não se justifica que o presidente arrume confusão com aqueles que possam ter papel determinante na sua reeleição, como o próprio Sérgio Moro, que é uma das maiores estrelas brasileiras.
Desenvoltura – A delegada Patrícia Domingos, cada vez mais pré-candidata a prefeita do Recife vem agindo com grande desenvoltura nas entrevistas que está concedendo. Apesar de ser neófita na política, a postura é de quem parece ter traquejo para o negócio.
Caged – O Brasil encerrou 2019 com a criação de 644.079 vagas de emprego formal, configurando-se no melhor resultado desde 2013. Em relação a 2018, o Brasil criou 115 mil postos de trabalho a mais do que o ano anterior.
Humberto Arraes – Filho da deputada estadual Roberta Arraes, o empresário Humberto Arraes anunciou a sua pré-candidatura a vereador do Recife pelo PP. Humberto será uma das principais apostas do partido na disputa de outubro com boas chances de vitória.
Abreu e Lima – O prefeito de Abreu e Lima, Pastor Marcos, decidiu que o nome apoiado para a sua sucessão será o da secretária de Finanças Cristiane Moneta. A pré-candidata já circula com desenvoltura na cidade.
RÁPIDAS
Garanhuns – O corregedor-geral do Ministério Público de Pernambuco, Alexandre Bezerra bateu o martelo e será mesmo candidato a prefeito de Garanhuns em outubro. Ele ainda não decidiu por qual partido ingressará na disputa, mas deverá oficializar a decisão em breve.
Caciques – O deputado federal Eduardo da Fonte não acredita na unidade da oposição no Recife, pois avalia que lá tem muito cacique pra pouco índio, o que deverá contribuir para o desentendimento do grupo e consequentemente mais uma derrota para o PSB em outubro.
Inocente quer saber – A quem interessa o tiroteio da família Campos que vem acontecendo nos últimos dias?