Bastou findar o recesso da Câmara dos Deputados, do Senado e da Assembleia Legislativa que os pré-candidatos a governador de Pernambuco já começaram a se movimentar. Estão no páreo dentro do PSB os secretários Tadeu Alencar, Paulo Câmara, Antônio Figueira e Danilo Cabral, além do ministro Fernando Bezerra Coelho e do vice-governador João Lyra Neto (filiado ao PDT que pode virar socialista em breve).
O senador Armando Monteiro e seu PTB estão com a candidatura consolidada e colocada no jogo. Enquanto no PT o deputado João Paulo, também bem posicionado nas pesquisas, aguarda uma sinalização nacional para viabilizar seu projeto.
Por fim, Daniel Coelho, deputado estadual e candidato a prefeito do Recife na eleição passada quando ficou em segundo lugar, pode ser o nome do PSDB para a disputa.
Correndo por fora das articulações partidárias está o ministro do TCU José Múcio Monteiro que volta e meia é lembrado como o nome ideal para ser apoiado por Eduardo Campos no ano que vem. Consequentemente teria que se filiar ao PSB para viabilizar o projeto.
As pesquisas corroboram a força do senador Armando Monteiro e do deputado João Paulo. Enquanto Daniel Coelho aparece pontuando relativamente bem pra quem há três anos atrás era apenas vereador do Recife. No PSB o melhor nome ainda é o do ministro Fernando Bezerra Coelho mas encontra resistências dentro do seu próprio partido pela boa relação que mantém com a presidente Dilma Rousseff.
No âmbito das alianças está aparentemente clara a relação PSB/PMDB entre o governador Eduardo Campos e o senador Jarbas Vasconcelos que devem reeditar o projeto que elegeu Geraldo Julio no Recife nas eleições do ano passado. O PT tem grandes chances de se aliar ao PP de Eduardo da Fonte para lançar a candidatura de João Paulo a governador, mas pode se aliar a Armando Monteiro ou optar pelo projeto de Fernando Bezerra Coelho, desde que este migre para o petismo ou para alguma legenda próxima de Dilma Rousseff.
O PSDB pode marchar com o PSB, pode marchar com o PTB ou até mesmo lançar a candidatura própria. Enquanto o DEM deve marchar com o PTB ou com o PSB dada a sua fragilidade eleitoral e política, sua moeda de troca é apenas o tempo de televisão que ainda é bom.
O que podemos concluir no momento é que o senador Armando Monteiro parece estar na melhor situação porque não há restrições de alianças (pode ser apoiado por PT, PSDB, PSB e DEM, não necessariamente por todos ao mesmo tempo) e ainda se situa bem posicionado nas pesquisas. Mas daqui pra lá o cenário pode mudar.