Os prefeitos do Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, e de Moreno, Vavá Rufino, se reuniram, nesta quarta-feira(17), com o diretor de Gestão Corporativa da Compesa, Décio Padilha, para tratar da construção da Barragem do Engenho Pereira. Os trabalhos foram iniciados em 2013, mas estão paralisados há três anos. No encontro, Anderson e Vavá ressaltaram a importância da obra, principalmente para evitar enchentes nos períodos de chuva. E como a barragem terá capacidade de acumular 25 milhões de metros cúbicos de água, também poderá beneficiar a população com a ampliação do abastecimento nas residências.
O Governo do Estado já investiu cerca de R$ 50 milhões com as desapropriações e terraplanagem do terreno, porém, alega falta de recursos para dar continuidade ao projeto. Há emendas já aprovadas no Orçamento da União, mas a verba federal, no valor de R$ 6 milhões, é insuficiente para reiniciar a construção da barragem, já que são necessários mais R$ 54 milhões para a conclusão.
Anderson Ferreira ressaltou justamente que já foram gastos 50% do investimento total, e que, no entanto, Jaboatão e Moreno continuam sofrendo com enchentes. “É importante essa união de forças, independentemente de questões partidárias. Nossa preocupação é com a população. Por isso é fundamental discutir tecnicamente com a Compesa, por ser uma companhia que busca soluções e age com zelo pelo bem das pessoas”, ressaltou o prefeito de Jaboatão.
Vavá Rufino também considera que o reinício das obras da Barragem do Engenho Pereira depende de uma grande articulação política, como a que vem fazendo com Anderson Ferreira. “Não se faz uma obra dessa sem o Governo Federal, que tem os recursos, nem sem o Governo do Estado. Agora é unir forças para encontrar soluções e garantir que a construção aconteça efetivamente”, disse o gestor de Moreno.
O diretor Décio Padilha explicou que, após os trabalhos terem sido paralisados, em 2014, verificou-se a necessidade de ajustes. “Hoje nós temos um projeto atualizado, mas que agora carece de recursos. O caminho é o Ministério das Cidades, onde o presidente da Compesa, Roberto Tavares, está buscando recursos. Para nós, a Barragem do Engenho Pereira é uma prioridade e temos de construí-la. O desafio é conseguir o dinheiro”, admitiu.
Segundo ele, se forem liberados pelo menos R$ 12 milhões através de emendas parlamentares no Orçamento da União, a Compesa tem como avançar na construção ainda este ano. “Nós vamos atrás dos recursos necessários, mas com essa união de nossas lideranças políticas, teremos muito mais força”, assegurou.
Na próxima terça-feira (23), haverá uma audiência pública, no Sesi de Moreno, quando estarão reunidos representantes dos dois municípios e de vários setores para cobrar do estado a conclusão da Barragem do Engenho Pereira.