Com variada programação, 1º evento da Aliança para Descarbonização dos Portos será realizado nos dias 18 e 19 de novembro, no auditório do centro administrativo da estatal
É preciso discutir sobre a descarbonização do setor portuário. O ramo de transporte marítimo desempenha papel fundamental no comércio global e é uma fonte significativa de emissões de gases de efeito estufa (GEE), com cerca de 3% do total mundial, segundo a Organização Marítima Internacional (IMO), que estabeleceu metas para reverter esse quadro. O objetivo da IMO é reduzir essas emissões gradativamente até alcançar o emissões líquidas zero em 2050.
O 1º Encontro Anual da Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos (ABDP) reunirá especialistas, gestores, formuladores de políticas e outros stakeholders relevantes para debater sobre esse importante tema da descarbonização, nos dias 18 e 19 de novembro, no centro administrativo do Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado em Ipojuca, em Pernambuco.
Com as inscrições presenciais encerradas e a transmissão online gratuita, o evento terá diversos painéis temáticos, um demoday com apresentações de soluções e um encontro de CEOs para os executivos do setor discutirem soluções práticas para a descarbonização portuária. A programação detalhada do evento pode ser conferida no seguinte linK: www.encontro2024alianca.com. Para acompanhar a transmissão online gratuita, acesse o www.youtube.com/@descarbonizacaoportos.
O painel do Grupo de Trabalho (GT) Regulatório abordará um tema essencial para o futuro da sustentabilidade: as regulamentações da IMO para a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Luciana Suman, CEO da MarMec Engenharia, Consultoria e Treinamento, e Eduardo Mota, diretor de Relações Institucionais da FS Fueling Sustainability, apresentarão conceitos valiosos sobre as regulamentações internacionais e os caminhos para reduzir as emissões nos portos brasileiros. A mediação será realizada por Gabriela Costa, diretora da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).
“Queremos transformar as diretrizes da descarbonização de portos em ações concretas. Assim, o encontro responde às demandas urgentes de mitigação climática e contribui para a construção de um futuro portuário resiliente, competitivo e alinhado com os princípios da sustentabilidade global”, afirma Luane Lemos, coordenadora geral da ABDP.
No evento, também haverá a entrega do Selo Pró-Clima em reconhecimento aos portos membros da aliança que estão na vanguarda da sustentabilidade, demonstrando compromisso com a redução de emissões e práticas ambientais responsáveis. Nove empresas vão ser premiadas.
O diretor-presidente do Complexo de Suape, Marcio Guiot, comenta que é uma honra para a estatal pernambucana sediar o primeiro encontro da aliança e que o porto já deu a largada para a descarbonização com o programa Suape Carbono Neutro 2038. “Além da atração de novos empreendimentos com foco na pesquisa e produção de energias renováveis, a exemplo da instalação da primeira fábrica de e-metanol do Brasil no complexo – do grupo European Energy, já temos parte das instalações portuárias alimentada por energia renovável e a frota de veículos movida a biocombustíveis”, revela o gestor.
SOBRE A ALIANÇA
É uma iniciativa brasileira que reúne portos de todo o mundo com o objetivo de reduzir as emissões de carbono e promover práticas sustentáveis. A Aliança facilita a troca de conhecimento e tecnologia, além de fomentar a implementação de soluções inovadoras para descarbonizar as operações portuárias. Atualmente, fazem parte da Aliança 55 membros, entre terminais, empresas, associações e startup.
SOBRE SUAPE
Fundado há 46 anos, no Litoral Sul de Pernambuco, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santos Agostinho, o Complexo Industrial Portuário de Suape é considerado uma das locomotivas do desenvolvimento econômico de Pernambuco e do Nordeste, atraindo importantes empreendimento. Situado a apenas 40 quilômetros da capital, está instalado em uma área de 17,3 mil hectares, dos quais 59% estão inseridos na Zona de Preservação Ecológica. O complexo soma investimentos privados de R$ 74,5 bilhões desde a sua inauguração, com mais de 80 empresas em funcionamento, que geram mais de 20 mil postos de trabalho.
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