
Sergio Moro expressou preocupação com a “discrepância” entre as decisões judiciais no Brasil, trazendo à tona o caso de uma cabeleireira que pode ser condenada a 14 anos de prisão por vandalismo por ter escrito “perdeu mané” na estátua na frente do Supremo Tribunal Federal (STF), com um batom.
“O próprio Supremo Tribunal deveria fazer um recuo, e jogar essa pena lá para baixo.” Ele comparou essa sentença severa com a situação de políticos envolvidos em corrupção que, em muitos casos, foram liberados. Essa comparação serviu como base para sua crítica à anulação de provas da Operação Lava Jato, um movimento que, segundo ele, impactou negativamente a imagem do Brasil no cenário internacional.
O senador defendeu que o STF deveria reconsiderar as penas impostas aos manifestantes do dia 8 de Janeiro, sugerindo alternativas mais brandas, como serviços comunitários, em vez de longas sentenças de prisão.
Em suas declarações, o ex-juiz também abordou a situação política e judicial do país, destacando que a imagem do Brasil em rankings de transparência internacional tem piorado.
Ele enfatizou que o Brasil não deveria ser visto como um país que pune severamente crimes menores enquanto políticos corruptos permanecem impunes. Para ele, o STF deveria reavaliar suas decisões para evitar desgastes à sua imagem e promover justiça de forma equilibrada.
O senador sugeriu que o tribunal poderia utilizar dispositivos legais para reduzir penas, especialmente para aqueles cuja participação em crimes foi de menor importância.
Além disso, Moro falou doo julgamento de manifestantes e a politização de casos judiciais, como o do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“A melhor coisa que o Supremo pode fazer é mandar o caso para primeira instância.”
O senador destacou a importância de garantir um julgamento justo e criticou a politização do sistema judicial, que, segundo ele, compromete a integridade das decisões judiciais. Ele também mencionou a necessidade de retomar a agenda anticorrupção no Brasil, que, em sua visão, foi deixada de lado nos últimos anos.
Por fim, o ele fez um apelo para que o sistema judicial brasileiro se alinhe com práticas que promovam a justiça de maneira justa e equilibrada. Ele acredita que, ao fazer isso, o Brasil poderá melhorar sua imagem internacional e garantir que todos os cidadãos, independentemente de sua posição social ou política, sejam tratados de forma justa perante a lei.
Moro concluiu suas observações enfatizando a importância de um sistema judicial que não apenas puna, mas que também reabilite e promova a justiça social.
*Com informações da Jovem Pan
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