O SESI Pernambuco, em parceria com o Sistema FIEPE (Federação das Indústrias, CIEPE, SENAI e IEL), lança nesta semana, campanha estadual contra o mosquito Aedes Aegypti, principal transmissor de doenças como a Dengue e os vírus Zika e da febre Chikungunya. O SESI será o responsável por levar gratuitamente aos trabalhadores da indústria pernambucana e seus familiares orientações sobre a adoção de medidas simples, mas efetivas, para a prevenção de doenças transmitidas pelo mosquito. A entidade prestará esclarecimentos sobre o assunto, levando para dentro das fábricas 25 mil panfletos e 2 mil cartazes explicativos sobre a importância do combate e os sintomas das doenças. A expectativa é atingir 100 mil pessoas no Estado e cerca de mil indústrias.
A entidade iniciou a campanha no ano passado, na Região Metropolitana do Recife, juntamente com a Secretaria de Saúde da capital pernambucana, agora o SESI expande a campanha para todo o Estado. As empresas interessadas em receber a campanha devem entrar em contato com a unidade do SESI mais próxima. Confira os endereços e telefones no site www.pe.sesi.org.br/unidades.
O Ministério da Saúde ainda não terminou de compilar todos os casos de dengue registrados em 2015, mas até 5 de dezembro o número de vítimas do vírus havia chegado a 1,59 millhão de brasileiros. O Ministério ainda não conseguiu concluir os números de 2015 sobre chikungunya e zika, outros dois vírus transmitidos pelo Aedes Aegypti, mas confirmou a gravidade das endemias. O mosquito espalhou vírus chikungunya por 10 estados e zika por 19.
Em Pernambuco, desde o início deste ano, foram notificados 923 casos de dengue, o que representa um aumento de 40,92% em comparação com o mesmo período do ano passado. Três mortes que teriam sido provocadas pela doença estão sendo investigadas. Já entre os dias 3 e 9 de janeiro, foram notificados 255 casos suspeitos de chikungunya e 200 de zika vírus. No ano passado, houve ao todo 2.605 ocorrências da primeira doença. Quanto ao zika, foram registrados 1.386 casos desde o dia 12 de dezembro de 2015, quando as notificações da doença passaram a ser obrigatórias.
Microcefalia – O Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), fez ainda testes em 38 bebês com microcefalia buscando relacionar os casos ao vírus da zika. Destes, 34 bebês tiveram o anticorpo IgM no líquido cefalorraquidiano detectado – correlacionando assim com o zika. Outros três casos deram negativo e um teve o resultado inconclusivo. Os reagentes para realização do exame foram fornecidos pelo Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC).