O Estado de S. Paulo
O advogado Luiz Edson Fachin é o mais novo ministro do Supremo Tribunal Federal. Com 79 dos 81 senadores presentes, o plenário do Senado aprovou por 52 votos a favor e 27 contra a indicação de Fachin para a vaga ocupada até o ano passado por Joaquim Barbosa. A votação foi secreta.
Fachin tem 57 anos, é gaúcho e fez carreira no Paraná. Foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para assumir a vaga deixada por Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho do ano passado.
Após a indicação, Fachin trabalhou para contornar polêmicas em relação a posições que havia externado a respeito de temas ligados à família, à propriedade e à política. Para isso, contratou uma equipe de assessoria de imprensa e lançou uma campanha nas redes sociais para tentar esclarecer, com vídeos, essas polêmicas.
Antes da votação no plenário do Senado, o novo ministro enfrentou uma sabatina de 11 horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Na mais longa sabatina a um pretendente ao cargo de mnistro do Supremo já registrada no Senado, o advogado tentou se descolar das polêmicas ligadas a seu nome e do suposto vínculo com o PT.
Ao responder a quesationamentos dos senadores, Fachin afirmou que não teria dificuldade em julgar nenhum partido caso se torne ministro do STF. Na CCJ, o nome do jurista foi aprovado por 20 votos a 7.