O vice-governador Raul Henry participou, na tarde de hoje (14), de um debate na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Pernambuco, a convite do deputado Romário Dias. Na ocasião, Henry falou sobre a construção do estádio, os investimentos públicos que foram atraídos para o Estado e a decisão do Governo Paulo Câmara de contratar consultoria especializada para fazer um estudo de readequação do contrato de concessão, o que deve acontecer na próxima semana.
“Em 2007, quando o Brasil ganhou a condição de sede da Copa, o país vivia um momento de euforia. Todos os estados brasileiros queriam ser sedes da Copa. Hoje, a situação econômica do país é completamente diferente. Vivemos uma crise que o Governo Federal escondeu da sociedade brasileira, durante a campanha eleitoral”, comentou.
Henry destacou que Pernambuco atraiu aproximadamente R$ 2 bilhões de investimentos públicos em mobilidade urbana, graças ao PAC Copa e PAC Mobilidade. “Nós não poderíamos perder essa oportunidade”, disse, enumerando algumas obras, a exemplo da duplicação da BR-408, Terminal Marítimo de Passageiros, Corredor Leste/Oeste, Corredor Norte/Sul, Via Mangue, Viaduto da Av. Pan Nordestina, a Estrada da Batalha e o Centro Integrado de Comando da Secretaria de Defesa Social.
O vice-governador também esclareceu os números da obra. “O parceiro privado ganhou a concorrência com o valor de R$ 479 milhões, em maio de 2009. Em dezembro de 2013, o Estado pagou R$ 388 milhões. Com as correções monetárias, faltava pagar mais R$ 130 milhões, dos quais pagamos, este ano, R$ 40 milhões, restando R$ 90 milhões a pagar. Esses valores representam a indenização de 75% do valor da obra”, explicou.
E acrescentou: “O parceiro privado pediu um reequilíbrio no valor de R$ 264 milhões, em virtude da aceleração da obra, novos itens da Fifa e ressarcimento de impostos. Mas o estudo contratado pelo Governo só reconhece uma dívida de R$ 23 milhões, mais R$ 7 milhões de ressarcimento de impostos”. Para dirimir esse impasse, deverá ser instalada uma Câmara de Arbitragem. “Isso está previsto em contrato”, salientou.
Sobre os custos operacionais, Raul Henry afirmou que, como as receitas projetadas não estão se confirmando, o Governo está contratando a Fundação Getúlio Vargas (FGV) para readequar o contrato. “O estudo da FGV deverá apontar redução de custos, ampliação de receitas e uma revisão do atual contrato de concessão”, disse.