A maioria da base aliada na Câmara se prepara para dar o troco nos petistas nas votações das MPs 664 e 665. Ela não engoliu ser apontada como adversária dos trabalhadores no debate da terceirização. Nem gostou da hostilidade da CUT. Agora, quando estará em jogo o ajuste fiscal (que muda a pensão por morte, o seguro-desemprego, o auxílio-doença e o abono salarial), ela pretende carimbar no PT a pecha de quem tira direitos dos trabalhadores.
E, para garantir a plateia para ouvir esse discurso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), anunciou que abrirá as galerias do plenário para os militantes das centrais sindicais.
Os petistas voltaram a repetir na semana passada, depois do piti do presidente do Senado, Renan Calheiros, que o governo cometeu um erro na montagem do Ministério. Menosprezou o PMDB. E valorizou demais o PROS, o PSD, o PP e o PR. (Ilimar Franco – O Globo)