Desde que a Frente Popular emplacou o segundo mandato de Eduardo Campos e as vitórias de Humberto Costa e Armando Monteiro para o Senado que o PSB tem se distanciado do PT nas três esferas. O primeiro momento foi quando o PSB não delimitou o espaço que o PT teria direito nas prefeituras ao lançar candidaturas. Nas eleições de 2012 o PT não emplacou nem dez prefeituras.
A principal que tinha, Recife, perdeu para o próprio PSB que se reaglutinou ao PMDB do senador Jarbas Vasconcelos na eleição que indicou Geraldo Julio na capital. O PT, isolado, acabou em terceiro lugar com a candidatura de Humberto Costa. Recentemente Eduardo começou a alimentar a possibilidade de ser candidato a presidente da República. Isso naturalmente o afastou do PT nacional.
O PT local, em vez de imediatamente entregar os cargos, tentou postergar ao máximo, trazendo os maiores transtornos possíveis para o partido. Mostrando mais uma vez a sua divisão interna que rendeu uma derrota para a prefeitura do Recife após governar a capital por doze anos. Alheio a isso tudo, Eduardo seguiu semeando a discórdia nas hostes petistas, levando para o seu partido nomes como André Campos, Isaltino Nascimento e Maurício Rands, outrora expoentes do petismo em Pernambuco.
A discórdia levou o PT ao precipício. Saindo da aba do PSB, o partido não vê outro caminho a não ser se contrapor ao projeto de Eduardo. O partido segue dividido e enfraquecido, nem parece que ocupa o governo federal. João Paulo, Humberto Costa, Pedro Eugênio e outros estão sem muitas saídas.
O caminho para o partido tende a ser apoiar Armando Monteiro, que mesmo vindo a vencer a eleição, hipótese pouco provável, deixará o partido no papel de coadjuvante. A autofagia dos petistas inviabilizou qualquer perspectiva de poder como protagonista em Pernambuco. Muito pouco pra quem se diz tão grande.
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