A deputada estadual Priscila Krause (DEM) questionou representantes do governo estadual, na manhã desta terça-feira (17), no plenário da Assembleia Legislativa, sobre a viabilidade econômico-financeira da construção do Miniarco Metropolitano, via que tem como objetivo desviar o fluxo da BR-101 do trânsito de Abreu e Lima. De acordo com a parlamentar, é preciso ficar atento para que não se construa uma “nova Arena Pernambuco”. “Eu acho que Pernambuco não pode desistir da obra fundamental que é o Arco Metropolitano e minha inquietação é que, com a futura construção do projeto completo, como deve ser feito, se esvazie o Miniarco, se torne um negócio inviável. Me parecem ações concorrentes”, registrou.
Diferente do projeto original do Arco, o Miniarco atende a uma demanda específica e limitada, que se restringe a servir como rodovia de contorno do trecho central de Abreu e Lima. “O problema é que para ter viabilidade para a iniciativa privada, alongaram o Miniarco para quatorze quilômetros, mas para o que se destina bastaria fazer um contorno de pouco mais de quatro quilômetros entre o Hospital Miguel Arraes e o Rio do Desterro”, propôs Priscila.
A parlamentar também acredita que a nova conjuntura nacional pode ser decisiva na condução do processo do Arco Metropolitano, essa sim solução definitiva para a qualificação da logística entre os polos das regiões metropolitanas Norte e Sul. “O Arco Metropolitano passou para o âmbito do governo federal a partir de uma movimentação política que não obedece mais à conjuntura atual. O governo de Pernambuco não deve desistir do Arco Metropolitano”, opinou.
Proposta pela parlamentar, a audiência pública ocorreu no âmbito da Comissão de Negócios Municipais da Assembleia Legislativa e foi presidida pelo deputado estadual Rogério Leão (PR). O governo de Pernambuco foi representado pelo secretário-executivo de Transportes, Antônio Junior, pelo representante do Departamento de Estradas de Rodagem de Pernambuco (DER-PE), Luiz Alberto de Araújo, e pela presidente da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), Simone Souza. O deputado Sílvio Costa Filho (PRB) também participou das discussões.