O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, tomou a decisão de suspender os salários do ex-ministro Braga Netto e do ex-assessor pessoal de Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara, dentro da legenda. Essa medida foi tomada desde que Costa Neto foi proibido de se comunicar com ambos, devido às investigações conduzidas pela Polícia Federal.
De acordo com informações divulgadas pelo blog de Andréia Sadi para o G1, Braga Netto recebia aproximadamente R$ 40 mil mensais, enquanto Marcelo Câmara tinha um salário em torno de R$ 20 mil, pagos pelo partido. A suspensão dos pagamentos ocorreu em meio às investigações no âmbito do inquérito do roteiro do golpe.
Braga Netto, que atua no PL como responsável por logística e organização de palanques eleitorais, sempre foi elogiado por Costa Neto. No entanto, o nível de envolvimento do ex-ministro com o roteiro do golpe, revelado pelas investigações policiais, surpreendeu até mesmo o presidente do partido.
Recentemente, Valdemar Costa Neto foi ouvido pela Polícia Federal, respondendo a uma série de perguntas sobre seu conhecimento de pessoas envolvidas com o roteiro do golpe. Seu advogado, Marcelo Bessa, afirmou ao blog do G1 que Costa Neto respondeu a uma “bateria de perguntas” durante aproximadamente três horas.
No ambiente político do PL, há uma percepção de que não há retorno para Bolsonaro à medida que as investigações avançam. Os aliados do presidente acreditam que, ao término das apurações, ele poderá ser preso, o que pode ter implicações significativas para o quadro eleitoral, já que Bolsonaro é considerado o principal cabo eleitoral do PL.
Deixe um comentário