No domingo (16 de julho de 2023), o ex-deputado Deltan Dallagnol, do Podemos-PR, fez uma declaração acusando o ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de ofender cristãos e cometer um ato de “intolerância religiosa”. Isso ocorreu após o ministro fazer um comentário sobre as doações recebidas por Dallagnol de apoiadores da Lava Jato.
Durante um programa do grupo Prerrogativas, Gilmar Mendes afirmou que Dallagnol recebeu uma “chuva de Pix” ao deixar a Câmara dos Deputados após perder seu mandato. Em resposta, Dallagnol compartilhou uma notícia sobre a fala do ministro em seu perfil no Twitter, afirmando: “Eu prefiro fundar uma igreja do que fundar um clube de proteção aos mais corruptos e criminosos do Brasil”.
Dallagnol classificou o comentário de Gilmar Mendes como uma “tosca provocação” e um ataque à fé das pessoas. Ele afirmou que o ministro ofendeu não apenas os cristãos e as igrejas, mas também os brasileiros que apoiam o combate à corrupção. Dallagnol considerou o ato de intolerância religiosa como desprezível.
Vale ressaltar que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, em 16 de maio, cassar o registro de candidatura de Dallagnol. Essa decisão foi referendada pela Mesa Diretora da Câmara em junho. Posteriormente, Dallagnol declarou, em 11 de junho, que recebeu “mais de 12.000 Pix em menos de 36 horas” como uma demonstração de amor, fé e compaixão dos milhares de brasileiros que foram solidários em ajudá-lo a ressarcir os gastos em diárias e passagens durante sua atuação na operação Lava Jato.
Essa troca de declarações entre Deltan Dallagnol e Gilmar Mendes ressalta a polarização política e a tensão em torno dos temas relacionados à Lava Jato e ao combate à corrupção no Brasil. A discussão também levanta questões sobre liberdade de expressão, intolerância religiosa e o papel dos líderes políticos e judiciários na manutenção do respeito mútuo e do debate saudável.
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